Capitulo 40 - Tudo que eu gosto em você

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STEVE ROGERS

- Não sei, Tony, ela enlouqueceu. - falava ao telefone - Deu um tiro no Bucky, me deu um soco no rosto...

- Olha, Steve, a Lizzie era bem maldosa no começo, mas era algo mais relacionado a manipulação, como uma sociopatia. Ela não saia avançando nas pessoas sem motivo. O único problema era que seus motivos eram questionáveis. Ela acreditava que precisava destruir algumas coisas e pessoas específicas e nada tirava da mente dela essa necessidade. Ela passou por um tratamento intenso até conseguir se livrar do efeito da manipulação mental que o caveira vermelha havia feito nela e nas outras garotas, mesmo depois de ter desaparecido por anos ela sempre relatava conseguir ouvi-lo. Mas até onde parece, a Ella não esta reagindo como a Lizzie. Provavelmente é apenas um surto pos traumático. Se preocupem com a possibilidade dela ter vivenciado a mesma experiência que a minha irmã, o dia que ela começar a tentar manipular vocês.

- Não sei... - toquei meu nariz, que doía. - Você não faz ideia da força do soco dela. Foi difícil para Bucky e eu a segurar. Tive medo de chegar um ponto em que eu precisasse ser agressivo para obriga-la parar.

- Tenta apagar ela, no início a gente aplicava sonífero na Lizzie, o sono funciona como uma reinicialização. Ou você pode só, não sei... abraçar ela. Os sentimentos contam muito. Funcionava com minha irmã deve funcionar com a Ella.

- Não acho que os sentimentos da Ella por mim sejam tão fortes quanto os da Lizzie...

- Eles pareciam bem fortes para mim, até você pisar na bola.

- É... decidimos nos afastar. - respirei fundo, totalmente chateado - Não consigo lidar com Bucky e ela e acredito que ela também não consiga lidar com a Peggy e eu.

- Vocês complicam algo que deveria ser simples.

- Acho que não era pra ser! - forcei um sorriso para esconder a magoa, como se fosse possível Tony me ver.

Nos despedimos e fui procurar entre as minhas coisas um pouco de calmante, que eu teria que faze-la engolir a força. Por sorte, encontrei um em gotas, que facilitaria o meu trabalho.

Quando voltei para sala, tudo parecia estranhamente silencioso. Estranhei, e temi que um deles tivesse matado o outro, ou talvez os dois. Mas quando me aproximei, Ella sentava sobre os joelhos enquanto Bucky a segurava pelos cabelos.

Não... não... não...

Eu não conseguia lidar com uma cena daquelas mais uma vez. Esperei para ver se algo aconteceria, mas Ella se afastava de seu rosto. Me perguntei se haviam se beijado. Porque claramente me parecia um beijo.

Eles estavam tão concentrados entre si que se quer haviam notado minha presença. Eu só desejei ter coragem suficiente para expulsa-los da minha casa. Mas eu sabia que se fizesse isso, era questão de minutos para eu ir atrás arrependido.

Como Bucky tinha coragem? Dela eu poderia esperar tudo, a conhecia a poucos meses. Mas ele, eu conhecia a mais de cem anos. Eu dei a minha vida várias e várias e vezes. E daria a minha por ela também. Quando abri mão de nós dois, não foi para que ela o escolhesse, foi para que ficássemos todos sozinhos, ou com outras pessoas que não incluísse dois dos três.

Que situação humilhante.

Dei as costas, indo para o quarto.

Coloquei o vidro de remédio sobre a cômoda, aparentemente ela não precisava mais dele, e me sentei na cama, repousando o braço nos joelhos.

"Tente abraça-la os sentimentos contam muito"

Fitei a janela a minha frente, pensando na possibilidade de ir para o apartamento do Sam e largar os dois aqui. Mas era a minha casa, eu não podia sair da minha própria casa.

Ella - Agente Ella e o Super SoldadoOnde histórias criam vida. Descubra agora