Capitulo 12 - Testando Limites

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Tentando deixar o que passou, no passado, tomei um banho para me livrar de qualquer resquício de lembrança, como se a água pudesse apagar o toque que tinha sido gravado em mim. Mas cada vez que eu fechava meus olhos a imaginação fluía.

Eu me lembrava de cada sensação, de cada apalpar, de cada beijo, de cada som. Dos seus gemidos de prazer. Do seu olhar de desejo. Do gosto da sua boca...

Talvez fosse horrível o que eu pensava, era feio e injusto, mas inevitável a comparação: Bucky era muito melhor que o James.

Não que James não fosse bom, ele era incrível e tinha uma personalidade naqueles momentos bem parecida com a do Barnes. A diferença estava em como Bucky conseguia fazer com muito mais intensidade, mesmo fazendo da mesma forma.

Acredito seriamente que parte dessa influência estivesse relacionada com o fato de que eu senti algo que eu nunca havia sentido antes. As famosas borboletas. Não entendia como alguém podia simplesmente não gostar do nervosismo delicioso que elas proporcionam. Eu poderia facilmente me viciar nelas.

Percebendo que havia ficado tempo demais debaixo do chuveiro, tratei de sair logo e vestir a primeira roupa que vi na frente.

Como não estava a fim de usar sutiã optei por vestir a camisa do Bucky, que agora era minha.

Era um look simples, com uma calça preta e botas sem salto... mas ainda parecia estilosinho.

Terminei de me ajeitar e desci para o café.

Logo que passei pela sala ouvi barulhos vindo da cozinha, certamente Bucky preparava algo.

Ao chegar lá, constatei que eu tinha completa razão, ele passava o café, de costas para a porta. Mas o que mais me chamou atenção não foi isso e sim os seus cabelos que agora estavam curtos.

Se eu não conhecesse tão bem aquele corpo, mesmo de costas, eu me assustaria com a presença dele, parecia completamente uma outra pessoa.

Quando sentiu minha presença ele olhou sobre os ombros, revelando seu lindo rosto que agora não se escondia mais entre seus fios negros. Eu podia ver claramente seus olhos azuis agora.

Não imaginava que isso era possível, mas ele tinha conseguido ficar ainda mais lindo.

Pigarrei tentando desfazer a situação desconfortável em que me meti, quando percebi que o olhava por mais tempo do que o aceitável.

- Achei que eu faria isso... - apontei para seus fios, me aproximando.

- Quantas vezes você já cortou um cabelo na vida? - Perguntou, retoricamente.

- Não muito mais que você, acredito! - debochei

- O que você acha? Que levamos barbeiros para as trincheiras? - Devolveu o deboche, engoli a seco.

- Ficou bom! - me aproximei para tocar seus fios, mas antes que pudesse efetivamente faze-lo notei-o se esquivar, já prevendo, então me abstive. - Estamos bem? - Perguntei preocupada.

- Por que não estaríamos? - desviou o olhar.

- Bucky? - segurei em seu braço direito, forçando-o a voltar a me ver. - Não quero que voltemos para o ponto inicial. Quero fazer isso funcionar. Agora somos eu e você contra o mundo. Eu não posso me dar ao luxo de ser odiava pela única pessoa que eu ainda tenho.

- Porque foi o que te sobrou... - Sorriu fraco.

- Não foi isso que eu disse!

- FOI EXATAmente... - elevou a voz e tornou a baixa-la gradativamente - O que você disse!

Ella - Agente Ella e o Super SoldadoOnde histórias criam vida. Descubra agora