Quando abri meus olhos, um clarão me fez sentir os olhos arderem e a cabeça latejar, como se alguém tivesse me dado uma surra.
Até que no mesmo instante me lembrei, sim, eu tinha levado uma surra.
Ótimo, isso explicava eu nunca ter sido agente de campo.
- Bem vinda de volta. - Uma voz distante me assustou.
Procurei pelo som, ainda com dificuldade de abrir os meus olhos, que doiam a medida que enviava informações ao meu cérebro.
Quando finalmente encontrei seus olhos negros na escuridão, saltei para o chão, na tentativa de fugir, mas ao invés disso, caí, como se não houvesse pernas.
O homem se aproximou, me segurando por debaixo das axilas com facilidade. Mesmo sendo magro, ele era bem forte.
Não ofereci resistência, minha mente girava sem parar e eu ainda não havia conseguido entender onde eu estava, ou o que estava acontecendo.
Quando se aproximou, percebi que seus olhos, na verdade, eram claros e eu logo reconheci aquela barba com um desenho cafona.
- O que você ta fazendo aqui? - perguntei, apoiando a cabeça em seu braço.
- Eu sou neurologista, esqueceu? - levantou meu rosto, me forçando a olha-lo.
- Não... - falei fraca - Mas também não esqueci que você largou a profissão porque tem Parkinson.
- Foi um acidente e eu não tenho parkinson. - revirou os olhos - Fico triste em saber que não teve o seu pessimo senso de humor afetado
- Onde eu to? - Perguntei, ignorando-o
- No hospital.
- Como cheguei até aqui? - pus as mãos na cabeça que doíam - Me sinto confusa.
- Você sofreu um acidente, Ella, bateu a cabeça e ficou desacordada.
- Hmm... - resmunguei, voltando a encostar a testa em seu braço. - Foi a Carly? - Perguntei retoricamente, enquanto meus olhos focavam um vaso de flores secas ao lado da cama. Corrigi minha postura, não prestando atenção em sua resposta- Quantos dias eu fiquei desacordada? - Apontei para as flores.
Stephen se afastou, me virando as costas enquanto fugia da minha pergunta.
- Strange? - pressionei
- Três anos!
Respondeu ainda de costas, fazendo meus olhos saltarem ao passo que meu queixo caira no chão. O aparelho que media os meus batimentos cardíacos se elevavam absurdamente, mas eu simplesmente passei a ignorar o apito ensurdecedor da maquina, assim como tudo ao meu redor. Tudo que eu sentia, era um calor subir pelo meu corpo e a minha visão ficar cada vez mais distante.
Meu peito se fechou e cada vez mais o meu pulmão se apertava em meu peito, como se a minha caixa torácica não tivesse espaço suficiente para abriga-lo.
Puxei o ar, mas era como se minha glote estivesse fechada, impedindo a entrada do oxigênio.
Uma gota de suor escorreu pela lateral do meu rosto e no mesmo instante precisei sacudir os meus braços implorando por ajuda.
Eu estava sufocando e se quer conseguia me mover, minhas pernas não tinham forças e tudo que eu ouvia era o som do meu coração martelando em minha garganta.
Então Strange se aproximou, abriu meu avental com violência e puxou os fios presos em meu peito, que eu se quer consegui sentir a dor ao serem arrancados.
Ele segurava em meu rosto, me apertando contra seus dedos enquanto gritava algo, que eu não era capaz de ouvir.
Cansado de falar ele cobriu meu nariz, colando sua boca na minha.
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Ella - Agente Ella e o Super Soldado
FanfictionBucky Barnes, junto de seu amigo Sam Wilson, herda o escudo de Steve Rogers, mas jamais a sociedade americana aceitaria o maior assassino da história portando o maior símbolo de justiça e coragem. Com o fim dos vingadores e novos ataques mundiais, o...