Capitulo 34 - Adeus Madripoor

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- Onde a senhorita está? - Perguntou, a pessoa do outro lado da linha.

- Não estou no país. - Respondi com a voz tremula.

- Ta precisando de algo? - ela era doce e gentil, eu sabia que estavam ganhando tempo apenas para tentar me rastrear, mas nunca conseguiriam, Madripoor era preparada para esse tipo de situação.

- Vocês não vão conseguir me rastrear. - Funguei

- Você está bem? Queremos te ajudar! Você está com o senhor James Barnes?

- Não! - respondi, sem pensar duas vezes - Estou sozinha e quero me entregar. Mas quero um acordo.

- Claro. Estamos te ouvindo.

- A minha liberdade em troca da do Barnes. - falei, pois percebi que no momento que estivessem comigo, iriam atrás dele. E eu jamais lhe colocaria em risco daquela forma, apesar de tudo - Quero que ele possa voltar para os Estados Unidos como um cidadão americano livre.

- Infelizmente, senhor Barnes é um assassino e parte do acordo para o seu perdão eram as sessões da terapia que ele não compareceu.

- Mas ele vai, ele se compromete dessa vez. Você tem a minha palavra, e a minha vida.

- Vamos ver o que pode ser feito...

O telefone foi puxado violentamente das minhas mãos antes que eu pudesse terminar de ouvir o que aquela policial diria. Quando me virei, Zemo estava de pé, enrolado em um roupão de seda e com pantufas nos pés.

- O que você pensa que está fazendo?

- Algo que eu deveria ter feito a muito tempo. - respondi com lágrimas nos olhos - Eu não aguento mais...

- Não vai acabar com a sua vida por causa de homem. Achei que fosse feminista.

- Acha que tem a ver com eles? - sorri fraca - Eles foram apenas a gota que transbordou o rio. Eu to cansada a muito tempo.

- Então vai dormir e descansa.

- Cansada de viver!

- E vai desistir assim?

- Eu aguentei vinte e cinco anos...

- Eles vão te matar, Ella!

- Espero que sim! - sorri em meio as lágrimas.

- Eu não vou te deixar fazer isso! - Inesperadamente suas mãos me puxaram pelo pulso, passando os braços ao meu redor. - Você é uma criança mimada... isso porque é órfã, imagine se não fosse?! - deixou escapar uma risada, enquanto eu chorava.

- Não depende de você, Zemo! - falei, antes de deixar que as lágrimas caíssem livremente.

(...)

BUCKY BARNES

- Ouvi um pouco da gritaria. - Sam disse, escorado na porta do banheiro, onde eu lavava meu rosto.

- Steve ta na sala. - respondi seco, indo em direção a porta, para fecha-la em sua cara, não estava com saco para ouvir qualquer tipo de sermão que fosse, principalmente de mais uma pessoa que preferiria o Steve.

Então suas mãos seguraram a madeira, evitando que se fechasse. Finalmente olhei em seus olhos, intimidador e ameaçador, acreditando ser o suficiente para que me deixasse em paz.

- Ella ligou para FBI...

Congelei, naquele momento não consegui entender tudo o que estava acontecendo. Eu já não possuía espaço para novas emoções. Meu coração se apertou e o ar me entrou com dificuldades. Pensei que sufocaria. E por um momento eu só quis me desligar do mundo. Desejei do fundo da minha alma que aquelas dez palavras ainda tivessem algum efeito sobre mim. Nunca imaginei que sentiria falta do vazio existencial do soldado invernal. Só queria ser capaz de depois de tudo, não me afetar com suas escolhas.

Ella - Agente Ella e o Super SoldadoOnde histórias criam vida. Descubra agora