- Tinha me esquecido como o Bucky pode ser mal humorado. - Me falou chateado, assim que o rapaz saiu - O que eu mais sentia falta daqui era dele e do Sam. Mas ele parace estranhamente insatisfeito com a minha chegada.
- Não tem nada a ver com você, meu amor! - levei as mãos até o seu rosto - As coisas estão... complicadas. Mas eu prometo que vou resolver!
- Ah é? - sorriu, me puxando pela cintura - E como a senhorita pretende resolver tudo, em?
- hmmm... - Fingi pensar - Será que um beijinho funciona? - me aproximei rápido e discretamente, deixando um beijo estalado em sua boca.
- Nao...- apertou forte os olhos quando me afastei, mantendo um bico em seus lábios- Vai ter que se esforçar mais!
- Prometo tentar.
- Ah mas ai vai ter que continuar tentando... - caminhou para frente, me empurrando pelos quadris - Tentando... - me encurralou contra a primeira parede que encontrou- E tentando... - Se aproximou do meu ouvido, o que fez um frio me percorrer por inteira - Até conseguir!
- Steve... - pus as mãos em seu peito, na tentativa de afasta-lo, mas eu estava mais sem força que o normal. - Os rapazes...
- Eu to com saudade... - passou seu rosto contra o meu, fazendo sua barba me arranhar.
- De que? - não contive uma gargalhada - Eu to aqui!
- Mas ta vestida... - fez uma expressão de sofrimento, que me fez rir. - Dorme comigo na sala?
- Você já viu o tamanho da cama do zemo? - abri os braços, como se fosse possível medi-la.
- Não é maior que o meu coração... - pos uma mexa atrás da minha orelha - E cabe você todinha dentro dele. - Sorri boba
- Ta mais fofo que o normal, o que houve?
- Nada... - negou com a cabeça, enquanto me admirava com os olhos brilhando.
(...)
Depois daquele momento, nos dispersamos cada um para o seu quarto, e Steve que inicialmente tinha insistido em ficar acordado na sala, foi o primeiro a dormir. Tirando eu, Zemo foi o último a ficar acordado, ele dizia que de nenhum modo fecharia os olhos enquanto os outros três ainda estivessem dispersos.
Deitada sobre aquele lençol de fios italianos, olhando para o teto branco do quarto, eu me vi em um buraco existencial. Por alguns minutos, talvez horas, a minha mente vagou, relembrando tudo que me fez chegar até ali. Se eu pensasse com cuidado e atenção eu percebia, inclusive, que Bucky e Steve eram os menores dos meus problemas, eu ainda precisava descobrir se nesse mundo eu também tinha algum tipo de relação com o tal nazista, além de descobrir quem sou, mas para isso, eu precisaria antes sair viva de toda aquela fuga. Buscar uma confusão romântica estava sendo a minha forma de escapar da minha terrível realidade.
Mas mesmo sabendo que tudo era absurdo e doloroso eu não conseguia sentir nada, tinha um vão em meu peito. E por alguns minutos eu questionei a minha existência.
Sentindo uma agonia me consumir, me levantei em um pulo, correndo até o bar a procura de uma bebida forte o suficiente para me arder a garganta e me fazer sentir qualquer coisa que fosse.
Pulei o Zemo, que dormia no tapete próximo ao pé da cama e fui ate a sala a procura de um pouco de tequila.
Será que fazia mal beber tao cedo? Porque pelo vidro da janela eu já via o sol brilhar.
- Que susto! - segurei a garrafa contra o peito, quando me deparei com Bucky parado atrás de mim.
Inevitavelmente não pude deixar de reparar em seu peito nu, que subia e descia com calma, apesar de seus dentes cerrados e seus punhos fechados indicarem uma tensão.
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Ella - Agente Ella e o Super Soldado
FanfictionBucky Barnes, junto de seu amigo Sam Wilson, herda o escudo de Steve Rogers, mas jamais a sociedade americana aceitaria o maior assassino da história portando o maior símbolo de justiça e coragem. Com o fim dos vingadores e novos ataques mundiais, o...