Capitulo 38 - Nosso erro

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- ABAIXA A ARMA! - o delegado falou, apontando a sua para mim, assim como sua dezena de agentes. - Você ta cercada, abaixa a arma!

- Eu também estava cercada lá embaixo... debaixo dos nariz de vocês. DE TODOS VOCÊS! - gritei histérica.

- Onde? Lá embaixo, onde?

- Não se faça de idiota... - resmunguei entre dentes - Não querem realmente que eu acredite que a menos de 30 metros de distância tem um banker onde pessoas são torturadas e vocês não sabem!

- É um banker desativado, Ella. Foi construído na segunda guerra mundial. Não tem utilidade.

- TEM UM LABORATÓRIO LÁ EMBAIXO, SALAS DE TORTURA, AGENTES ARMADOS... QUER ME DIZER QUE NÃO OUVIRAM AS SIRENES? - engatilhei a arma, sentindo o sangue ferver em minhas veias. - TODOS VOCÊS SÃO CÚMPLICES...como então... que você sabe meu nome?

- Nós estavamos atrás de você, o governo queria o escudo do capitão america e você e o senhor Barnes tinham matado pessoas...

- Eu pedi permissão pra atirar...

- Não foi bem vista pela população, óbvio que eles iriam querer alguém pra culpar mas nunca, NUNCA, torturaríamos você.

- Como se prender alguém injustamente fosse diferente disso.

- Você chegou em Nova York a dias, Ella, e eu nunca mandei meus agentes atrás de você. Eu posterguei o meu trabalho até podermos encontrar uma solução. Fomos atrás do Barnes, por ter quebrado o acordo de perdão judicial mas, tortura, não... não é isso que nós fazemos!

- Pode não ser isso o que você faz, mas isso é o que a sua corporação esta fazendo bem na sua cara! OLHA PRA MIM! - exigi, com lagrima nos olhos - OLHA BEM PRA MIM, PORQUE CADA MARCA EM MEU ROSTO É O QUE VOCÊS FAZEM!

- Quem fez isso? Me dê um nome, Ella, podemos te ajudar. Eu só preciso que você abaixe as armas!

- Ninguém pode me ajudar... - deixei o choro cair livremente. - Eu não quero ser ajudada.

- Já chega! - ouvi uma voz sair do meio do motim, no exato momento que o bolinho de pessoas se espalhou. Revelando o homem alto e loiro entre eles. - Por favor, Ella... - Steve pediu, esticando as mãos.

Em um ato impulsivo e impensado puxei o gatilho, fechando os olhos enquanto sentia o tranco da pistola e ouvia o som estridente das balas contra o vibranium de seu escudo.

Quando a ultima bala saiu, senti suas mãos em meu rosto.

- Ta tudo bem...

- NÃO.TA.NADA.BEM! - falei pausadamente, deferindo socos contra o seu peito.

- Calma, calma...calma... - forçou meu rosto contra o seu corpo - Eu to aqui agora, eu juro, vai ficar tudo bem.

- Eu quero todos eles mortos! - segurei em seu rosto, em desespero, como se estivesse me afogando e implorasse por alguém que me salvasse. - Mata eles, Steve... - deixei um grito de dor escapar, enquanto me sufocava entre as lagrimas que antes saíam silenciosas.

- Não, vida, eu não posso fazer isso. Você não iria querer isso, eu sei que não iria... - Tirei as mãos de seu rosto, quando avistei Bucky sobre seus ombros.

- O QUE VOCÊ TA FAZENDO AQUI? - gritei assustada, correndo em sua direção. - VOCÊ PRECISA IR EMBORA. - empurrei-o ao mesmo tempo que o puxava para perto - POR QUE VOCÊ VEIO, SEU IDIOTA? - Dei um tapa em seu tronco - ELES VÃO TORTURAR VOCÊ, VAI EMBORA AGORA! - Puxei em sua jaqueta de couro, como uma criança que se agarra na barra da saia de sua mãe. - Vai embora Bucky... - respirei fundo quando me engasguei com meu próprio choro.

Ella - Agente Ella e o Super SoldadoOnde histórias criam vida. Descubra agora