Ella - Agente Ella e o Super Soldado

Capitulo 15 - Pelos Ares

- Você fala alemão? - Perguntou, enquanto arrumávamos nossas coisas para seguir viagem.

- Não! - Me virei para olha-lo.

- E como pretende entrar em uma cadeia de segurança máxima na Alemanha sem falar alemão?

Hmmm... Talvez eu não tivesse pensado muito bem nessa parte.

- Você não vai, Ella. - Falou autoritário - Não vou te deixar fazer isso!

- Não estou te pedindo autorização. - Franzi as sobrancelhas, incomodada com o tom de voz.

- Só quero proteger você! - relaxou os ombros.

- Por que? - perguntei curiosa - Eu já te disse que não preciso ser protegida, Bucky!

- Eu sei... - Fitou o chão antes do seu olhar encontrar o meu, enquanto balançava negativamente a cabeça. - Desculpa estar sendo intrometido. - Deu um afago de mãos em meus ombros, antes de se afastar em direção a porta.

- Bucky? - chamei-o

Ele parou, mas não se virou.

- Eu só estou fazendo isso para te proteger daquelas pessoas... - Tentei alcançar suas mãos, ainda de costas, mas ele se afastou antes que eu a pudesse tocar. - Eu vi como aquelas lembranças te torturam. E se o Zemo tentar fazer de novo?

- Ele não vai... - Se virou finalmente para mim. - O Zemo não tem mais nenhum tipo de controle sobre mim!

- Promete?

Inesperadamente ele sorriu, antes de tocar minha bochecha em um rápido carinho.

- Prometo!

(...)

- Vocês demoraram! - Sharon disse enquanto terminava de colocar as coisas no carro. - Trouxeram so o básico?

Assentimos, colocando nossas mochilas na mala.

- O Sam conseguiu um avião de carga pra levar vocês até à Alemanha. - Falava enquanto se acomodava no banco carona e eu no banco traseiro, Bucky por sua vez dirigiria. - Só preciso que me deixem onde vão buscar o Sam, para o pegar o carro.

Sem obter respostas minha ou do Barnes seguimos caminho.

No fundo, ambos estávamos decepcionados com o posicionamento da Sharon. Quem fica em cima do muro sempre cai pra um lado.

É como dizem: Se você se cala diante da opressão, você escolheu o lado do opressor.

Queria ter coragem de lhe dizer isso, mas me calei por dois motivos, o primeiro deles por não querer parecer mal agradecida a respeito de tudo que no fim ela realmente tinha feito por nós, em segundo porque não confiava totalmente que ela não contaria nossos planos se estivesse magoada com um de nós a ponto de ter o seu orgulho ferido.

Era inacreditável que a meia hora atrás eu provavelmente confiaria cegamente nela...até ela vir com insinuações estranhas.

Ainda sem trocarmos uma única palavra seguimos até uma estrada próxima a cidade vizinha. Mais ou menos uma hora e meia andando lentamente como um turista, para não chamarmos atenção.

Sam nos esperava no acostamento. Bucky cambiou o farol e ele entendeu o errado, logo descendo do carro com sua mochila em mãos.

- Voltem vivos! - Sharon disse antes de descer.

Bucky desviou o olhar, prestando atenção na estrada a frente. Um nítido sinal de protesto. Mas injusto, Sharon havia se sacrificado por ele uma vez, e poderia ter sofrido as consequências por isso, agora ela estava se arriscando novamente. Eu podia ficar brava com ela, mas não admitia que ninguém ficasse. Principalmente porque uma semana antes eu era alguém que pensava exatamente como a Sharon.