Príncipes, Princesas, Mentirosos

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-Exército a frente!Lyarra levantou sua espada e deu suas palavras de comando ao exército

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-Exército a frente!
Lyarra levantou sua espada e deu suas palavras de comando ao exército.
-Homens do Norte, aqui estamos num momento decisivo. É a hora de lutar. Eu
Darei a cada um de vocês a chance de revanche contra o exército do rei menino. Vamos vingar o Norte, meu povo! Por Eddard Stark e pelo Norte!
-POR EDDARD STARK E PELO NORTE!
Foi uma luta sangrenta e seria apenas a primeira.
Lyarra, montada e sua loba, que já tinha crescido consideravelmente, era junto com Arya a mais temível no campo de batalha.
Roar (sua loba) saltava alto, e enquanto ela abocanhava, mordia e atingia os soldados inimigos com suas patas, Lyarra os atingia com suas flechas e cortava alguns pescoços com a espada curta.
O desejo do sangue de seus inimigos depois da morte de seu pai não ficaria satisfeito tão fácil.
Depois de horas de batalha, suja com o sangue dos inimigos, era uma visão e tanto em cima de Roar.
Sanguinária, assustadora.
Ela anunciou a primeira vitória.
-A Loba Feroz! -gritou seu exército.
-A Loba Feroz! A Loba Feroz! A Loba Feroz.
"Quem duvidou de mim agora vai ter que me aplaudir de pé!", pensou Lyarra, ouvindo os gritos.
E sorriu, um sorriso que prometia ainda mais sangue e vingança.

E sorriu, um sorriso que prometia ainda mais sangue e vingança

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Sansa precisava se manter informada. Tinha que estar de sobreaviso para as loucuras do irmão.
-Como assim perderam?
Infelizmente o exército não estava preparado para Lyarra Stark e os nortenhos.
-Vocês conseguiram perder para uma anã?
"Essa anã luta melhor que você e te mataria facilmente seu tolo.", pensou Sansa, sorrindo com a idiotice do irmão.
-Ainda temos uma vantagem, Vossa Graça, Myrcella Stark está conosco e o Vale não vai arriscar se rebelar com Jon Arryn aqui.
-Estou cansado de desculpas, saiam todos daqui. Baelish, você fica.
Ela se escondeu atrás de uma armadura bem grande. Felizmente todos passaram pelo lado oposto ao que ela se escondia e Sansa não foi notada.
-Você não disse que seria fácil?
-Eu disse que seria relativamente fácil, meu rei.
-Se quiser realmente que eu te dê a mão de Sansa como prêmio é melhor seus planos funcionarem.
"É o que?"
Sansa arregalou os olhos. Joffrey... Vai entregá-la a esse homem asqueroso?
Mas de jeito nenhum!
Sansa foi correndo para o quarto, pensando em maneiras de matar Petyr Baelish sem que ninguém percebesse.
E quando chegou lá, sua irmã estava chorando e outra bomba foi jogada em seu colo.
-Ele quer me forçar a casar com Robin Arryn para obrigar o Vale a ficar do lado dele.
Sansa fez uma expressão de desagrado.
Joffrey estava cada vez mais parecido com o Rei Louco.
-Eu não posso me casar Sansa!
Cassana não parava de chorar.
-Eu... Sansa, eu estou grávida
A ruiva quase caiu para trás.
-Como é que é?
-Eu estou grávida.
-Mas como isso aconteceu?
Cassana a olhou como se fosse idiota.
Sansa reformulou a pergunta.
-Quem é o pai?
-Jon Snow.
Sansa deu um tapa na própria testa.
-Como que você faz essa burrice Cassana? A gente mal visita o Norte e você engravida de um bastardo?
-Eu sei que perdi a cabeça. Mas eu tenho certeza, se Joffrey descobrir vai matar meu filho!
Sansa estava a beira de um colapso. Tinha que estar de olho nas loucuras de Joffrey e proteger Cassana e Steffon, mas agora ainda tinha um bebê ilegítimo na equação.
-Por que eu fui nascer nessa família?

-Por que eu fui nascer nessa família?

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Brandon lia as cartas com avidez.
Todas as informações eram úteis, e ele queria chegar até Aegon preparado.
Brandon se sentiu horrível e culpado por deixar Myrcella para trás. Mas não teve tempo de pegar a irmã.
O príncipe do Norte desconfiava que Varys o fez deixar a irmã de propósito, por que sabia que ele voltaria por ela.
E ele voltaria, sem dúvida nenhuma, ele não vai deixar Myrcella ser forçada pelo falso rei a um casamento e a uma cama, sua irmã se mataria ou mataria o próprio Joffrey se chegasse a esse ponto.
Ele não deixaria de jeito nenhum chegar a esse ponto.
Céus, pensar que o herdeiro legítimo morreu e um bastardo está no trono!
Seu pai... Ele ainda não processara direito a ideia de que seu pai havia morrido, não parecia real.
Empurrou a dor aguda para o fundo de sua mente e se concentrou no que devia ser feito.
Disfarçado com roupas simples e com o rosto escondido por um capuz, ele foi até o lugar indicado.
Parecia que o rapaz estava com os dothraki, o povo nômade e saqueador que venerava cavalos.
Daenerys Targaryen estava casada com o Khal deles e tinha um filho nascido a pouco tempo, então fazia sentido ele visitar a tia e o primo antes de ir para Westeros em definitivo.
Quando avistou o homem de cabelos azuis, se aproximou com cautela.
Jon Connington com certeza não veria com bons olhos a aproximação de um Stark.
-Preciso falar com o senhor.
-E quem é você?
Brandon estendeu a carta de Varys para Jon.
Quando o homem terminou de ler, ficou pálido como um fantasma.
-Eu não esperava que Varys fosse incluir um Stark no plano.
-Eu não esperava ser incluído num plano para fazer com que os Targaryen reconquistassem o trono. Então creio que estamos empatados.
Jon mostrou pela sua expressão que tinha desgosto em ser obrigado a se aliar a alguém de uma das famílias que enfrentou seu amado príncipe de prata, mas era uma pílula que teria que engolir.
Um tempo depois, ele estava frente a frente com o jovem de aparência valiriana.
-Aegon, esse é Lord Brandon Stark.
-Príncipe Brandon Stark. -corrigiu o nortenho -O Norte é um reino independente desde antes de eu nascer, não sei se está informado.
A antipatia entre ele e Jon foi automática.
-Você vem aqui pedir minha ajuda mas ainda quer que o Norte não dobre os joelhos?
-Eu não vim para pedir caridade, vim oferecer uma parceria. -falou Brandon, cortante -Minha família não vai ficar quieta, parada. Se quiser algum apoio para subir ao trono vai precisar sim da ajuda dos que já estão lutando contra Joffrey. Ou você acha que não vamos o derrotar sem sua ajuda? Você até pode tentar depois, mas deveria aproveitar que eu estou aqui para tentar uma aliança que te beneficie. Por que quando Joffrey cair, melhor ter o filho de Ned Stark e Cersei Lannister do seu lado. O reinado do meu pai e da minha mãe fortaleceu o Norte de uma maneira que o trono de ferro nunca conseguiu.
Aegon refletiu um pouco sobre as palavras de Brandon.
-Eu vou precisar de garantias.
-É o que? Você não pode aceitar isso, Aegon, você é o legítimo rei dos Sete Reinos!
-Não Jon, eu não sou. Pare de se iludir. Meu pai e meu avô foram dois idiotas que perderam o trono da minha família e fizeram quase todos nós virarem as costas! Encare a realidade, Dorne só vai me ajudar por que sou filho de Elia, mas poucos vão me ajudar por ser filho do meu pai.
Jon Connington ficou com o olhar magoado, mas Aegon não recuou, ele tinha muito a dizer sobre os erros de sua família.
-É uma oportunidade e não vou desperdiçar por ganância. Seis reinos é melhor do que nenhum. Mas logicamente vou exigir garantias de sua parte.
-Quais?
-Para garantir a paz entre o Norte e os Seis Reinos, eu quero uma aliança de casamento. Uma Stark se casará comigo e uma Stark se casará com um dos meus primos Martell.
Era o melhor que ele iria conseguir.
-Feito!

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