A Filha Da Rainha, O Bastardo Do Rei

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Os meses passavam, e a guerra não dava sinais de que iria acabar

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Os meses passavam, e a guerra não dava sinais de que iria acabar.
Ninguém sabia ainda sobre o casamento triplo ocorrido nas terras dos Tully, foi um bem guardado segredo de guerra.
Lysa infelizmente perdeu o bebê que esperava de Jon Arryn. Catelyn a poucos dias teve um menino, que chamou de Robb. Cersei sabia que logo seria a sua vez, se perguntou se o seu filho nasceria parecido com ela ou com o seu marido.
Quando as dores sobrevieram a ela, não se assustou muito, visto que os criados eram bem atentos, a vigiando já a espera que desse a luz a qualquer momento.
Horas e horas de dor mais tarde e exausta do trabalho de parto, colocaram em seu colo uma bebê loira, bem parecida com ela.
Cersei sorriu.
Queria um menino, mas não iria reclamar com os deuses por enviarem uma menina. Só lamentava o triste destino dela, não queria que a pequena fosse vendida como uma égua. Ela merecia um destino mais gentil.
–Myrcella. -ela disse, nomeando a filha.
–Myrcella Stark soa muito bem, senhora.
–Significa "Jovem Guerreira". Quero que ela seja forte. Ela precisará ser, nesse mundo tão difícil para as mulheres.
Ela mal conhecia a filha, mas sabia, no momento em que a puseram em seus braços, que não há nada que não fizesse por aquela pessoinha tão pequena.

Ela mal conhecia a filha, mas sabia, no momento em que a puseram em seus braços, que não há nada que não fizesse por aquela pessoinha tão pequena

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O alívio foi grande quando foi anunciado a vitória na guerra do lado dos rebeldes. 
Robert Baratheon matou Rhaegar e com isso foi selado a virada contra os Targaryen.
Ele voltou, junto com Jon Arryn. Mas não parecia um vencedor, sua expressão dura e fechada não indicava alguma felicidade. 
Ele levou Catelyn e Robb para a capital. Jon Arryn também levou Lysa para lá. Cersei via nos olhos de ambas a infelicidade por terem que seguir seus maridos.
C

ersei particularmente se recordava de quando flagrou Catelyn no jardim, chorando e implorando aos Sete para que Robert falhasse e morresse. Ela não sabia o que ele tinha feito para Catelyn nas noites de núpcias para deixar a ruiva com tanto ódio, tinha até medo do que ele fez.
Catelyn pegou o filho e olhava para o seu marido com desgosto. O seguia de longe, não querendo andar perto dele.
Quando eles se foram, ela ficou muito impaciente para que Eddard viesse logo. Sabia que foi atrás de pistas de sua irmã, mas estava ansiosa para ser coroada rainha e mostrar para ele a primeira filha de ambos.
Ela estava orgulhosa que seu primeiro bebê parecia tanto com ela. O que Myrcella mais tinha de parecido com o pai eram os olhos.
Os dias se passaram, e finalmente foi anunciado que Ned estava chegando para buscar as duas, e ir direto para o Norte.
Ela o esperou com ansiedade e sorriu ao ver a caravana se aproximando.
Ned desmontou e foi até ela.
–Essa é minha filha?
–Sim, marido. Sua primogênita.
Mas o sorriso de Cersei morreu ao ver uma mulher descer de uma das carruagens com um bebê.
Um bebê parecido com o seu marido.
Sua expressão travou.
–O que significa isso?
–Ela é a ama de leite...Ele é meu sangue. Não posso abandonar alguém que tem o meu sangue, Cersei.
–Vai levar ele com a gente? Vai criá-lo como um verdadeiro nascido ao lado da filha legítima que eu te dei?
Ela tentou controlar sua raiva para não atacar Ned ali mesmo, na frente de todo mundo.
Mas não iria fazer um escândalo ali.
Ah não, seu marido e o bastardo dele iriam sofrer em privado.
Cersei garantiria isso.

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