Mortes E Não Mortes

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A derrocada de Joffrey foi selada por uma morte em específico

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A derrocada de Joffrey foi selada por uma morte em específico.
Tudo começou o mais normal que podia começar nos dias atuais para a família Baratheon.
Cassana desesperada, Sansa pensando em como se livrar de Petyr Baelish e o pequeno Steffon alheio a tudo e perguntando onde estava seu pai e sua mãe.
O menino era muito pequeno, não entendia o que estava acontecendo.
Felizmente Joffrey estava sendo frustrado a cada tentativa.
Sua exigência a que Tywin Lannister viesse mostrar obediência e fidelidade a Joffrey foi respondida com um bardo em sua porta cantando "As Chuvas de Castemere".
Seu irmão, furioso, mandou cortar a língua do bardo e enviar para Tywin em resposta.
-Alguma resposta dos Hightower?
-Nenhuma Vossa Graça.
-Então não temos Robin Arryn como refém?
-Não, senhor.
Sansa viu Varys dar um sorriso discreto.
Esse eunuco... Ele planeja algo!
O homem assumiu uma expressão solene para dar uma notícia que sabia que causaria uma explosão no menino-rei.
-Vossa Graça, os Tyrell se juntaram a causa Stark.
Aquilo não estava nos planos de Petyr Baelish, e sua expressão mostrava o seu desagrado.
Sansa sentiu um enorme prazer ao ver aquela doninha velha que se achava o homem mais esperto do mundo sendo derrubado do pedestal em que se colocou.
-A Campina não vai fazer isso de graça, não é?
-Óbvio que não.
-Eles prometeram algum casamento ou algo do tipo, não é? -indagou Mindinho.
-Correto, Lord Baelish. Lyarra Stark combinou um contrato com Olenna Tyrell, a mão de uma princesa Stark para sir Willas Tyrell para uma aliança mais imediata. Também a filha recém-nascida de sir Garlan Tyrell foi prometida ao príncipe Rickon Stark, que está no Norte com a mãe. E Talla Tarly, filha de Randyll Tarly, foi prometida a Pequeno Jon Umber, assim como Desmera Redwyne que é prima dos Tyrell foi prometida ao herdeiro de Rickard Kastark.
-Inteligente. Realmente alianças bem pensadas por Lyarra Stark.
-Alguém a orientou para essas alianças?
-Não, ela pensou em todas sozinhas, sem ajuda de ninguém pelo o que meus passarinhos disseram.
Os conselheiros, Mindinho em especial, tinham que dar a mão à palmatória para a anã de Winterfell.
Quem diria que ela iria tão longe?
Não só mostrou ser uma guerreira e líder formidável junto a sua irmã Arya como também era uma política muito astuta, fazendo alianças inteligentes e deixando homens com o triplo de sua idade e experiência beijando o chão com suas jogadas.
Sansa esperou a reação do seu irmão e não ficou desapontada com a sua explosão.
-BANDO DE IDIOTAS PARA O QUE VOCÊS SERVEM? UMA MERA ANÃ PASSOU A PERNA EM UM BANDO DE BODE VELHOS QUE FALAM, FALAM E NÃO FAZEM MERDA NENHUMA! AQUELA COISA DEFORMADA E ANORMAL ESTÁ VENCENDO E FAZENDO DO MEU NOME UMA PIADA! SUMAM DA MINHA FRENTE SEUS VERMES, SÓ VOLTEM AQUI QUANDO TIVEREM ALGO QUE PRESTE PRA FALAR!
Os homens fizeram uma reverência com expressões irritadas e em desagrado.
Sansa sentiu vontade de cair na gargalhada.
A cada dia Joffrey só afastava de si os poucos aliados que o mantinham no poder.
E quando você não tem aliados, você não tem quem estenda a mão para te salvar quando for necessário.
Até a criatura ranhosa e asquerosa do Baelish estava visivelmente prestes a pular do barco assim que tivesse a chance.
-Já resolveu aquele assunto que pedi ou até isso é difícil para você? -disse Joffrey com desprezo e arrogância.
-O acidente do príncipe Steffon será providenciado.
Sansa ficou paralisada, sem acreditar no que estava ouvindo.
-A culpa vai cair sobre Myrcella Stark e Vossa Graça pode pedir a anulação do noivado, talvez casando com Margaery Tyrell a Campina vire a casaca contra os Stark e ainda teremos Myrcella de refém.
-Excelente.
-Mas e minha recompensa?
-Vou anunciar seu noivado com a minha irmã em alguns dias se o plano der certo.
Ela primeiro saiu discretamente de seu esconderijo sem que eles percebessem.
Sansa disparou até o quarto do irmão caçula.
O desespero tomou conta de seu coração.
Quando chegou até o quarto ouviu gritos e sabia que era tarde demais.
-Alguém ajude! O menino engasgou com alguma coisa! Ajudem!
Steffon já estava roxo e mole.
Sansa o sacudiu.
-Não! Fala comigo! Steffon fala comigo!
Mas o menino estava imóvel.
-Steffon acorda! Não faz isso comigo! Acorda! Acorda!
As lágrimas desciam em seu rosto sem que ela sentisse, ou notasse.
Alguém pôs a mão no seu ombro.
-Ele se foi. Sinto muito princesa.

O choro e luto se espalhavam em Porto Real

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O choro e luto se espalhavam em Porto Real.
Um príncipe criança, quase bebê, morto engasgado com um brinquedo na garganta.
Mais uma tragédia na família Baratheon.
Mindinho se aproximou de Sansa.
-Meus pêsames, princesa.
Sansa o abraçou, pondo as mãos em sua nuca.
-Oh, meu Lord, o que eu faço, está doendo muito, não sei o que fazer.
-Pode contar com o meu apoio, estou do seu lado para o que precisar minha princesa.
"Desgraçado cínico, você me paga!"
-Muito obrigada, Lord. Me permite chamar o senhor de Petyr?
Ele sorriu.
-Claro, princesa.
-Petyr, não sabe como eu sou grata por sua ajuda nessa hora tão triste. Tudo o que você fez para mim e para minha família não será esquecido. Eu juro, é uma promessa.
Quando ele foi embora, Sansa deu um sorriso de satisfação.
Deu certo.
Puxou com cuidado a luva contaminada de sua mão, e com um lenço retirou a outra luva sem encostar nela diretamente.
Jogou o lenço e as duas luvas no fogo.
-Vamos ver como você planeja para se livrar da escamagris com que estou lhe dando de presente por tudo o que fez com minha família, Petyr Baelish.
Em meio a dor, ela sorri, olhando as chamas.

O homem com a máscara de ferro finalmente teve uma chance

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O homem com a máscara de ferro finalmente teve uma chance.
O guarda que lhe levou comida, sem perceber deixou a pequena chave da máscara cair no chão.
Quando ele saiu, agarrou a chave e arrancou a máscara, a jogando no chão.
Pôs a mão no rosto, sem acreditar que estava livre do objeto hediondo que o impedia de falar ou gritar.
Mas sabia que devia ser prudente, que se chamasse a atenção dos guardas podia ser morto, causar a morte de Jon Arryn ou serem ambos levados para celas ainda mais fundas e sujas.
-Jon. -ele sussurrou, com a voz rouca por falta de uso.
Jon Arryn se assustou ao ouvir a voz.
Era sua imaginação?
-Jon!
Quando ele se levantou e viu o prisioneiro, sem a máscara de ferro agora, quase caiu para trás.
-Ned!

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