Capítulo 30

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Uma semana se passou e eu estava estranhamente alegre durante todo esse tempo, Peter e eu saímos mais umas duas vezes e ele foi na minha casa ontem, tive que esconder os montes de armas e revistas +18 de Wade e o apartamento parecia normal.

- Loira!

Escuto Wade gritar atrás de mim, me viro e ele está vindo até mim. Eu estava olhamos a cidade e pensando em cima de um prédio.

- Wade, oi. Como é que você veio até aqui?

- Pela escada, óbvio.

- Wade Wilson... Você matou alguém lá subir aqui?

Falo me levantando e mudando de descontraída para preucupada de uma hora pra outra. Wade para onde está e ergue as mãos em rendição.

- Cadê aquela felicidade toda da semana em? Mas não, tá todo mundo vivo. Aliás, você tava toda felizinha por quê? E por que arrumou a casa ontem? Fui procurar minhas coisas hoje e não achei.

- Nada que te interessa, arrumei por que tava bagunçado.

- Aham, sei.

- E veio fazer o que aqui?

- Te vi lá de baixo.

- Hm, sério? Que pena, já tô de saída.

Falo me virando, é melhor sair antes que Wade pergunte de mais e descobre sobre Peter. Ele resolver castrar o coitado não seria uma surpresa.

- Tá fugindo do assunto, volta aqui.

- Tarde de mais, te vejo mais tarde.

Viro de frente para o tagarela e aceno com a mão, abro os braços e me deixo cair do prédio sentindo o vento passar pelo meu corpo, as reclamações de Wade ao fundo sumindo, fecho os olhos aproveitando a sensação que é estranhamente boa. Abro os olhos novamente e estou quase no chão, jogo uma teia com cada braço na direção de dois prédios e quando elas grudam me puxo pro alto fazendo com que eu fosse lançada no ar.

- Uuuhuuuuuuull!

Grito empolgada sentido o vento bater contra mim, lanço mais duas teias e me puxo, vou fazendo isso enquanto olhava ao redor. Fui fazendo essa patrulha até já estar escuro.

Acabou que resolvi cinco assaltos a mão armada e ajudei uma turista perdida na cidade. A moça quis até tirar uma selfie comigo e segui seu caminho com um sorriso estampado na cara.

- Hoje foi bom até.

Falo desativando o uniforme, ele cai aos meus pés e guardo ele no lugar. Como eu já estava com uma regata e uma legging por baixo fiquei com essa roupa mesmo, só coloquei um casaco por cima pelo frio e sai do quarto relembrando o "encontro" com Peter.

Eu coloquei uma camiseta e uma calça mas quando olhei lá fora e vi o frio que estava fazendo mudei de ideia. Vesti uma manga longa e um moletom por cima. Sai às pressas para não se atrasar e avistei o Parker me esperando na frente da sorveteria.

- Oi Gwen. Vamos entrar?

- O-oi Peter, é, vamos sim.

Ele abriu a porta pra mim e passei, fomos até o balcão e chamamos um atendente.

- Pode pedir primeiro.

Peter fala pra mim com um sorriso tímido.

- Err... Eu vou querer um sorvete de creme.

- Sorvete? Moça, estamos entrando no inverno, a loja só tem chocolate quente e outras bebidas quentes agora.

O atendente fala e aquilo só fez sentido quando escutei em voz alta, fim do ano, inverno chegando e nós dois indo tomar sorvete. Comecei a rir e Peter apesar de estar envergonhado pela confusão riu também.

- Tá, então pode ser um chocolate quente médio de baunilha e caramelo.

- Pra mim um de chocolate com chantilly extra.

O moço anota nossos pedidos e vai pra cozinha, nos sentamos em uma mesa ao lado da janela de frente um para o outro e nos olhamos.

- Como foi que nenhum de nós percebeu isso?

Peter fala rindo e eu me encosto na cadeira.

- Não sei... Sorvete no inverno.

Alguns minutos se passaram e os chocolates quentes chegaram. Peguei o meu com as duas mãos e dei um gole rápido, bem percebi que estava tão quente até queimar minha língua.

- Que foi? Veio errado?

- Não, queimei a língua.

Falo e o moreno ri de mim enquanto meche sua bebida com o canudo.

- Não ri!

- Você também tá rindo.

Realmente eu também estava rindo, bebemos o chocolate enquanto conversávamos e percebi que o garoto a minha frente começou a me encarar de mais, paro de falar imediatamente.

- Que foi? Eu tô falando de mais né? Você quase não falou nada até agora e...

- Não! Não, é só que... Tá sujo bem aqui, deixa que eu limpo.

Ele fala se aproximando e da um beijo na minha bochecha, assim que se afasta ele está com um sorrisinho no rosto.

- Peter, o meu não tem chantilly.

- Me pegou, que pena.

Fico vermelha com a resposta mas admito que não reclamaria se ele "limpasse" de novo.

Acordo dos meus pensamentos com Wade chegando em casa, nem percebi que fui pra cozinha e estava olhando o armário. Fecho ele rápido e vou até a sala onde Wade tira a máscara a vai em direção ao quarto. Sigo ele e fico encostada na porta vendo ele guardar os katanas no lugar.

- Ah não! Não não não não! Nem vem.

Ele fala assim que me vê e tira as pistolas do cinto.

- Agora eu percebi esse sorrisinho aí! Quem é? Pode abrir o bico.

Nem percebi que estava sorrindo relembrando aquele dia, mas agora Wade não ia ficar quieto até eu falar e se eu não falasse ele descobria sozinho e não iria terminar bem.

- Ferrou.

Spider Gwen - O ComeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora