Malditamente Apaixonados

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Era noite quando Vlad decidiu acompanhá-la em direção a residência Black. Natasha sentia sua bochechas queimarem cada vez que ele pousava seus olhos sobre ela, mas era impossível parar de fitá-la.

Ela continua sendo a mesma Mirena. Pensou Vlad enquanto assistia o l rubor surgir nas bochechas da face dela. Ele conhecia todos os gostos, feições e detalhes da alma de Natasha.

Ambos caminharam por cima da calçada sob o céu azul preenchido por nuvens rosas e a lua crescente.

- A minha casa é esta. - ela disse parando em frente a casa dos Black's.

Vlad olhou para a residência e voltou a fitá-la com ternura. Ele tomou a mão esquerda de Natasha e beijou o dorso.

- Boa noite, pedacinho de céu.

Natasha assistiu ele abaixar a sua mão e soltá-la com um brilho nos olhos que ela nunca soube. Quando Vlad notou um sorriso formar-se nos lábios da jovem, sentiu a paixão renascer em seu peito como a ressurreição da fênix.

- Boa noite, Vlad.

Ele assistiu Natasha adentrar dentro da residência com um sorriso que conheceu há muito tempo atrás. Vlad colocou as mãos no bolso de sua calça de linho e caminhou para sua casa sentido-se mais vivo do que a jovem.

Era quase 07:19pm quando Vlad chegou a sua casa e ao fechar a porta atrás de si, retirou o sobretudo. Ele colocou o casaco pendurado em uma espécie de arara e caminhou em direção à escada.

- As vestimentas atuais lhe caem muito bem. - sussurrou uma voz masculina e rouca.

Vlad não deu mais nenhum passo, apenas virou-se para olhar àquele rosto familiar. Ele avistou o demônio sentado em sua poltrona vestindo um terno e sapatos de couro italiano.

Ele caminhou em direção ao sofá, sentou-se sobre o acolchoado móvel e disse:

- Vejo que agora consegue sair na luz luar, Baltazar.

- Você me libertou lembra? - perguntou. - Enfim, minha fraqueza ainda é a mesma que a sua...

- O que você quer?

- Por que acha que eu quero alguma coisa, Drácula? - o demônio perguntou ironicamente. - Estou apenas lhe observando como sempre fiz desde que você devolveu a minha liberdade. - concluiu.

- Se presa tanto por sua liberdade por que veio até mim?

O demônio levantou da poltrona, caminhou em direção a uma pequena estante de madeira presa na parade e retirou um copo de vidro e ao cortar o pulso com sua enorme garra afiada. Vlad assistiu ele despejar um pouco do próprio sangue no recipiente redondo e beber um pouco do conteúdo.

- Um morceguinho contou-me que uma certa moça de cabelos loiros está estudando na escola...

- Deixe a em paz. - Vlad o interrompeu.

- Então, ela está mesmo de volta. - o demônio comentou surpreso. - Como era o nome dela? - perguntou ironicamente.

Baltazar assistiu o rosto do vampiro se enfurecer, mas ele sabia que Vlad não iria pronunciar o nome dela.

- Acho que lembrei. - ele fez uma pausa. - Mirena. - acrescentou.

- Voce não tem nada relacionado com ela. - disse Vlad. - Ela está aqui por minha culpa. - concluiu.

- Ainda bem que reconhece o seu próprio erro.

O demônio tomou mais o um gole do sangue e assistiu o semblante confuso no rosto dele. Vlad voltou a sentar-se e relembrar do remorso que sentiu quando sugou toda a seiva das veias de Mirena.

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