Era outra manhã fria onde as nuvens cinza e o vento forte contemplava a tristeza que banhava as íris de Nastasha. Ela estava sentada em uma mesa da biblioteca próxima a janela lendo um livro de língua portuguesa.
Ela estava tão delisgada do mundo que não notou quando Vlad adentrou na biblioteca e caminhou em sua direção. Natasha sentiu um leve sopro em sua nuca e ao virar o rosto para o lado esquerdo suas íris azuis se conectaram com as dele.
Por que Vlad sempre tinha que hipnotiza-la com aquele olhar de homem apaixonado? Natasha não fazia ideia no quanto ele queria envolver suas mãos ao redor de sua cintura e beijá-la com toda a devoção que possuía em nome do amor deles.
Um barulho próximo a porta fez com que Vlad afastasse o seu rosto da jovem e olhasse para a recepção. Todos na sala avistaram a bibliotecária entregar alguns livros para um dos monges que sempre se espalhavam por Soneto Lincoln e desapareciam misteriosamente na capela. Natasha reconheceu aquele monge, fora ele quem chamou seu professor de demônio.
Vlad contornou a mesa em que ela se encontrava e sentou-se na cadeira da frente apenas para fitá-la por tempo necessário. Natasha se esforçou para prender um sorriso em seus lábios hidratados por um batom no tom nude claro, mas o olhar do vampiro a fez esboçar seu melhor sorriso.
- Você disse que estava com dificuldades em relação ao soneto. - ele disse ao notar alguns alunos por perto.
Natasha avistou o grupo de alunos conversando sobre algo na estante que ficava a suas costas e voltou a olhar para ele.
- Não sei por onde começar. - afirmou Natasha.
Vlad olhou para o grupo de alunos que se distanciaram e caminhavam em direção ao fundo da biblioteca com cigarros presos nos lábios.
- Passa em minha casa. - ele fez uma pausa. - Nós trabalharemos juntos no soneto. - acrescentou.
Natasha estranhou o momento em que ele saiu as pressas da biblioteca como se estivesse com medo ou preocupado com algo.
Não demorou muito para Julie passar pela porta e correr em direção a amiga.
- Advinha quem vai orgarnizar o baile da escola? - ela perguntou quase gritando.
Os alunos presentes na biblioteca viraram-se para olhá-las sussurrando:
- Sh.
Tudo o que Julie fez fora revirar os olhos e voltar a olhar para a amiga. Natasha permancia com as íris presas nas páginas do livro de língua portuguesa, então ela tomou o livro da mão da loura.
- Você tem que parar com isso, Naty. - disse Julie. - O que a bruxa da Carol pode encontrar em seu caderno? - ela fez uma pausa. - Seus desejos de fazer um ménage ou algo do tipo? - acrescentou.
Natasha olhou seriamente para a forma despojada que a amiga sentava-se sobre a cadeira e mastigava o chiclete em sua boca. Julie enrolava uma mecha de seu cabelo ondulado com a ajuda do dedo indicador e fazia cara feia para algumas meninas sentadas na mesa ao lado.
- Às vezes, pergunto-me se você é mesmo minha amiga? - disse Natasha.
Julie assistiu a amiga levantar-se da mesa e caminhar em direção a estante de livro de literatura. Enquanto Natasha procurava um lugar para guardar o livro sentiu a respiração da amiga contra sua orelha.
- Eu sou sua amiga. - afirmou Julie.
Natasha guardou o livro e virou-se para amiga. Julie assistiu os braços cruzados da loura e a sobrancelha arqueda.
- Eu até consegui que você me ajudasse no comitê organizador do baile.
- Não, obrigada. - ela fez uma pausa. - Já tenho muito que suportar em casa com os Black's. - acrescentou.
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Drácula - Soneto Da Morte
RomanceAlgumas histórias de terror são contadas para amedrontar as crianças mal comportadas, mas e se esses contos fosse reais? Você estaria pronto para encarar os monstros que se escondem entre as névoas da noite? Natasha cresceu em orfonato e fora adotad...