10. Aquele com a Música dos The Turtles

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Você não sabe o que eu posso fazer para você se sentir bem?
Não finja, eu acho que você sabe que sou muito preciosa
E inferno, sim, eu sou uma princesa filha da puta 
Eu posso sentir que você também gosta de mim, você sabe que estou certa...

(Girlfriend - Avril Lavigne)

— E que tal se eu interrompesse o seu ensaio e me declarasse?  –Stuart lançou, pela milésima vez, uma sugestão para o seu pedido de namoro falso

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— E que tal se eu interrompesse o seu ensaio e me declarasse?  –Stuart lançou, pela milésima vez, uma sugestão para o seu pedido de namoro falso.

— Já fizeram isso no ano passado.  –Respondi, rolando os olhos enquanto colocava um livro de volta no lugar.

Tínhamos um tempo vago antes de começar a primeira aula, então decidimos conversar na biblioteca, onde com certeza não teria ninguém à essa hora. Era fato que, Stuart e eu ainda não havíamos chegado à um consenso. É claro, eu já devia saber disso no momento em que entramos aqui. 

Encostei-me na estante de livros, e olhei o garoto que não parava de falar. Não conseguia entender absolutamente nada do que ele dizia, até por que, depois de algum tempo, parei de prestar atenção. Era incrível como o dia mal havia começado e eu já estava entediada.

Piscava os olhos em um ritmo lento, me sentindo sonolenta. Aposto que estava com olheiras, e eu odiava isso. 

Mal consegui pregar o olho ontem à noite. Estava ansiosa demais, tentando encontrar o pedido de namoro perfeito, algo inesquecível, que nunca foi feito antes pelos alunos da Bueller High. E é óbvio que eu não encontrei, para a minha frustração. Parece que o pessoal daqui é louco o suficiente para topar tudo por "amor".

— E aí, o que você acha?  –Abri os olhos, e analisei Stuart, que me olhava com expectativa.

Eu iria dizer que não tinha entendido porcaria nenhuma do que ele havia falado, mas isso significaria que ele iria começar à explicar tudo novamente, e eu não estava com muita paciência em ouvi-lo. Então, dei de ombros, concordando.

— Por mim, parece bom.

Céus, só espero que eu não me arrependa depois.

— Sério?  –Ele parecia surpreso. 

— Sim.  –Respondi incerta, porém, não demonstrei. Qual é! Stuart não aprontaria comigo, ele sabe do que eu sou capaz. E além do mais, talvez eu deva dar um voto de confiança à ele.

— Tudo bem, nos vemos na hora do almoço então.  –Ele sorriu e acenou, se afastando. O observei virar as costas e caminhar para fora da biblioteca, notando seu estilo despojado.

Assim que bateu o sinal, o que não demorou muito, caminhei sem pressa para a aula de literatura. Estava me sentindo pouco produtiva hoje, e só de pensar que mais tarde teriam as audições para a equipe de torcida, eu sentia vontade de morrer.

O Plano de Summer - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora