Você não sabe o que eu posso fazer para você se sentir bem?
Não finja, eu acho que você sabe que sou muito preciosa
E inferno, sim, eu sou uma princesa filha da puta
Eu posso sentir que você também gosta de mim, você sabe que estou certa...(Girlfriend - Avril Lavigne)
— E que tal se eu interrompesse o seu ensaio e me declarasse? –Stuart lançou, pela milésima vez, uma sugestão para o seu pedido de namoro falso.
— Já fizeram isso no ano passado. –Respondi, rolando os olhos enquanto colocava um livro de volta no lugar.
Tínhamos um tempo vago antes de começar a primeira aula, então decidimos conversar na biblioteca, onde com certeza não teria ninguém à essa hora. Era fato que, Stuart e eu ainda não havíamos chegado à um consenso. É claro, eu já devia saber disso no momento em que entramos aqui.
Encostei-me na estante de livros, e olhei o garoto que não parava de falar. Não conseguia entender absolutamente nada do que ele dizia, até por que, depois de algum tempo, parei de prestar atenção. Era incrível como o dia mal havia começado e eu já estava entediada.
Piscava os olhos em um ritmo lento, me sentindo sonolenta. Aposto que estava com olheiras, e eu odiava isso.
Mal consegui pregar o olho ontem à noite. Estava ansiosa demais, tentando encontrar o pedido de namoro perfeito, algo inesquecível, que nunca foi feito antes pelos alunos da Bueller High. E é óbvio que eu não encontrei, para a minha frustração. Parece que o pessoal daqui é louco o suficiente para topar tudo por "amor".
— E aí, o que você acha? –Abri os olhos, e analisei Stuart, que me olhava com expectativa.
Eu iria dizer que não tinha entendido porcaria nenhuma do que ele havia falado, mas isso significaria que ele iria começar à explicar tudo novamente, e eu não estava com muita paciência em ouvi-lo. Então, dei de ombros, concordando.
— Por mim, parece bom.
Céus, só espero que eu não me arrependa depois.
— Sério? –Ele parecia surpreso.
— Sim. –Respondi incerta, porém, não demonstrei. Qual é! Stuart não aprontaria comigo, ele sabe do que eu sou capaz. E além do mais, talvez eu deva dar um voto de confiança à ele.
— Tudo bem, nos vemos na hora do almoço então. –Ele sorriu e acenou, se afastando. O observei virar as costas e caminhar para fora da biblioteca, notando seu estilo despojado.
Assim que bateu o sinal, o que não demorou muito, caminhei sem pressa para a aula de literatura. Estava me sentindo pouco produtiva hoje, e só de pensar que mais tarde teriam as audições para a equipe de torcida, eu sentia vontade de morrer.
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O Plano de Summer - LIVRO 1
Teen FictionSummer Woodsen odeia clichês. E, ironicamente, ela acaba vivendo um. No topo da pirâmide social escolar, sendo considerada por uns, a rainha da Bueller High School, e para outros, a personificação do mal, a garota aparenta ter a vida perfeita, e de...