13. Aquele com o Encontro das Garotas

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Ultimamente eu tenho refletido desesperadamente 
Passei minhas noites acordada e fico imaginando o que eu poderia ter feito de outra maneira para fazê-lo ficar 
Razão não vai levar à uma solução, acabarei perdida em confusão 
Não me importo se você realmente se importa, desde que você não se vá
Então eu choro e rezo e imploro
Me ame, me ame, diga que você me ama...

(Lovefool - The Cardigans)

— Não, Susan! Tá maluca?  –Exclamei ao celular, pelo que parecia ser a quinta vez

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Não, Susan! Tá maluca?  Exclamei ao celular, pelo que parecia ser a quinta vez.  — Sim, eu fiz o convite para a Nancy, mas ela não vai entrar na equipe, ok?!

Desci as escadas lentamente, enquanto que, com a minha mão livre, massageava minha testa, ouvindo Susan resmungar do outro lado da linha.

— Tá, eu tenho que desligar.  Avisei, segundos antes de encerrar a chamada, ao ver o meu pai sentado no sofá, enquanto lia um livro qualquer.  — Oi, papai.

Ele levantou o olhar do seu livro, me dando um sorriso.

— Oi, querida.  –Retribuí o seu sorriso, e quando estava prestes à sair da sala, ouvi sua voz novamente.  — Então,  –Ele começou. Marcou a página de seu livro e o fechou, tirando os óculos de leitura em seguida.

Lá vem ele...

— Eu estava pensando, e acho que deveria convidar o seu namorado para jantar conosco.

Congelei diante do seu pedido e me forcei à olhá-lo, que esperava por uma resposta.

— Não sei, papai. Stuart é meio ocupado.  –Inventei, dando de ombros em um gesto despreocupado, mesmo que não estivesse gostando absolutamente nada da ideia de trazer o meu falso namorado aqui, de novo, pra variar.

— Que tal no domingo?  –Ele propôs, ignorando totalmente a minha desculpa esfarrapada.  — Quero conhecer o cara que faz bem à minha filha o quanto antes.

Franzi a testa, e acabei deixando escapar um sorriso enquanto o olhava.
 
— E como sabe que ele "me faz bem"?  –Fiz questão de enfatizar as três últimas palavras. "Me faz bem". Ai, fala sério! Eu poderia até rir com essa.

— Não sei, é só a minha intuição, mas imagino que não tenha a pretensão de dar ouvidos à um velho que nem eu.  – Meu pai sorriu, sabendo justamente o que eu pensava, e voltou à abrir o seu livro.

Ele tinha razão, pensei. Mas é óbvio que isso não se devia à Stuart. Na verdade, se tinha uma coisa que estava me fazendo bem, era a motivação. Afinal, a motivação era o combustível necessário para eu alcançar a minha vingança, que claro, não era tão simples como eu imaginei no começo.

Suspirei, e olhei para o meu pai.

— Tudo bem.  –Forcei um sorriso.  — Eu vou falar com ele.

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