07. Aquele com o Primeiro Mês de Namoro

277 29 97
                                    


Passei por tanta coisa ruim, eu deveria ser uma vadia triste 
Quem diria que, ao invés disso, me tornaria feroz?
Prefiro estar presa por algemas do que por condições...

(7 Rings - Ariana Grande)

Retoquei o meu batom rosa, enquanto meu pai e eu estávamos parados no sinal vermelho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Retoquei o meu batom rosa, enquanto meu pai e eu estávamos parados no sinal vermelho. Não era a minha cor de batom preferida, mas acabei resolvendo usar hoje, ao lembrar de uma vez em que Edward havia me dito que aquela cor me trazia uma aparência angelical.

— Já que tirei o dia de folga do escritório hoje, o que acha de sairmos para comer alguma coisa depois da aula?  –Meu pai perguntou. Guardei o batom na minha bolsa e o olhei, ficando pensativa por alguns segundos.

— Puxa, pai, não vai dar.  –Disse, fazendo uma expressão triste.  — Que tal outro dia?

— Tudo bem.  –Ele suspirou, parecendo um pouco chateado, e então deu partida, assim que o sinal ficou verde.  — Mas posso saber o porquê?

— Tenho algumas atividades acumuladas da escola para fazer.  –Respondi simplesmente.

A verdade é que, eu sentia saudades de sair com o meu pai, de passar um tempo com ele. Mas só quando éramos apenas nós dois. Agora que Genevieve chegou, ele insist em incluir ela em tudo, sempre que tem algum tempo vago. Chega à ser irritante, porque graças à isso, nunca mais tivemos um momento apenas de pai e filha.

— Pode parar aqui.  –Avisei, quando ainda faltavam duas quadras para chegarmos na escola.

— Por que? Eu posso te deixar na porta.  –Ele argumentou, claramente confuso com o meu pedido.

— Pai!  –O repreendi.  — É vergonhoso alguém do último ano chegar na escola com os pais.

— Quando eu tinha a sua idade, ainda não tinha um carro, e ia para a escola de ônibus, sabia?!  –Ele reclamou, estacionando o carro, como eu havia pedido.

— Ok, pai.  –Falei, pegando a minha bolsa preta, com vários acessórios enfeitando ela, e me inclinei em sua direção, lhe dando um beijo na bochecha como despedida.  — Tchau.

— Tchau, tenha um bom dia.  –Acenei para ele, depois de sair do carro, e quando estava prestes à começar á caminhar, meu pai disse algo que me fez corar de vergonha, é, por incrível que pareça.  — Não se esqueça de comer, estou te achando um pouco magra.

– Pai.  –Falei entredentes, forçando um sorriso, e ao mesmo tempo torcendo para que ninguém tivesse ouvido aquilo. Meu pai sorriu também, e por um momento, achei que ele estivesse tentando me provocar, e então, acenou mais uma vez, finalmente dando partida.

Respirei fundo e olhei ao redor, me certificando se alguém viu aquela cena vergonhosa, e nisso, acabei me deparando com um garoto, que vinha de bicicleta á poucos metros. Nem sei se ele viu tudo, mas lhe lancei um olhar ameaçador, e não sei se foi por causa disso, mas o garoto de cabelos negros se desequilibrou da bicicleta e caiu.

O Plano de Summer - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora