12. Aquele em que Todas as Cheerleaders Devem Morrer

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Sim, eu me fiz de boba, mas sempre soube que você falava com ela, talvez tenha feito ainda pior
Eu fiquei quieta para poder manter você
E não é engraçado como você correu para ela, no segundo em que terminamos?
E não é engraçado como você disse que eram amigos?
Agora com certeza não parece isso...

(Traitor - Olivia Rodrigo)

Às vezes eu odiava ser líder de torcida

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Às vezes eu odiava ser líder de torcida.

Era ótimo ter toda aquela glória quando se é capitã da equipe, claro, sentir que faz parte de algo importante, ser adorada por todos e invejada por muitos, ter cada garoto daquela maldita escola aos seus pés...

Mas era horrível ter que lidar com todas as responsabilidades que aquilo exigia de mim, principalmente quando chegava o período de audições. Fala sério! Eu tinha muita coisa importante para fazer, do que ficar sentada em uma cadeira, vendo garotas que acham que têm alguma chance de entrar na equipe.

— Finalmente acabou por hoje, já não aguentava mais! –Exclamei, jogando a minha agenda com uma certa força sobre a mesa, quando uma garota que dançava terrivelmente mal se retirou da quadra.

Bem, a parte boa era que esse tormento terminaria semana que vem, mas ainda assim, era bastante tempo para quem já estava extremamente estressada.

— Eu vou indo nessa, tchau pra vocês. –Susan anunciou, levantando apressadamente. A observei colocar um chiclete de menta na boca, o que só podia significar uma coisa: Ela com certeza iria se encontrar com algum cara, dentro da escola, ou não. Era um costume de Susan mascar um chiclete refrescante, antes de beijar alguém.

Dei de ombros, enquanto a garota de cabelos castanhos se afastava rapidamente, provavelmente atrasada para o seu compromisso.

Viram só?! Ser líder de torcida não é tão fácil quanto parece. Além de nos arriscarmos com movimentos ousados em busca da perfeição, também passamos horas do nosso dia ensaiando, ou no meu caso, recrutando e pegando no pé da equipe para que tudo fique perfeito. É exaustivo às vezes.

— Jennifer, estou com a garganta seca de tanto gritar com essas inúteis, será que pode comprar um suco para mim, enquanto organizo as minhas coisas? –Pedi calmamente, sabendo que não precisaria de muito esforço para que Jennifer cedesse às minhas vontades. Ela era tão previsível, afinal.

— Mas ainda tenho que passar na biblioteca e pegar um livro para a aula de literatura de amanhã. O Sr. Jones vai me matar se eu deixar outro trabalho dele pendente. –Ela argumentou, e senti seus grandes olhos azuis me encararem com um misto de indignação e desespero.

— E eu estou começando à ficar irritada, então será que pode parar de reclamar e fazer o que eu pedi?! –Sorri, a olhando calmamente, mesmo que aquela calma fosse só um disfarce. A loira piscou algumas vezes, e como eu já imaginava, balançou a cabeça e começou a caminhar em direção à saída da quadra.

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