27. Aquele em que Todas Estão Contra Marcus

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AVISO: Contém menções à assédio sexual.

Karma ruim (Oh, yeah)
Você acreditando ou não, o universo vai te pegar
Você vai estar coçando a coceira dos sete anos
Você sabe o que eu acho?
Karma ruim é uma vadia...

(Bad Karma - Ida Maria)

Batia os pés incansavelmente, enquanto esperava o meu falso namorado entrar na sala de aula

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Batia os pés incansavelmente, enquanto esperava o meu falso namorado entrar na sala de aula. Finalmente havia chegado o dia da apresentação da atividade de artes, e eu devo admitir que estava bem nervosa com o que viria. Estava falando de Stuart, afinal, e ele iria falar de mim, céus, eu devia me preocupar?!

Olhei para a minha mão sobre a mesa, especificamente, para a pulseira de ouro que continha alguns pingentes de coração. Havia sido um presente do meu pai de quando completei quinze anos. Eu havia gostado na época, na verdade, ainda gosto, embora o presente do ano seguinte tenha a superado totalmente, um carro.

Desviei o olhar das minhas mãos, à tempo de presenciar a chegada do garoto que habitava frequentemente os meus sonhos, e também, meus recentes pesadelos, ele, Edward Boyer, com seu lindo sorriso matinal. O acompanhei com o olhar, até ele se sentar em sua mesa, ao lado de Nancy, e lamentei mentalmente eu não ser a pessoa à quem ele direcionava o seu sorriso.

— Bom dia, sol do dia.  –Escutei a voz de Stuart ao meu lado e quase dei um pulinho de susto. Passei tanto tempo esperando por ele, e quando me distraí por míseros segundos, ele apareceu bem ao meu lado. A vida é bem irônica as vezes.

— Deixa eu ver.  –Estiquei um dos meus braços em direção à tela ao seu lado, encostada no chão. Stuart franziu as sobrancelhas, à princípio, mas não tentou me impedir. Ele se encostou em sua cadeira, e até me ajudou à pegar a tela.

E no momento em que eu a vi, quase soltei um grande palavrão. Mas que...

— Que porra é essa, Stuart?!  –Exclamei. Ops, acabou escapando.

— Você.  –Falou como se fosse óbvio, em um tom de riso. Afinal, ele estava zombando de mim?

— Então é assim que você me vê?  –Perguntei indignada, enquanto encarava aquela pintura horrível. Nela, havia uma garotinha feia, pernas de palito sobre uma grama verde, tendo como cenário um céu azul, do tipo que aprendemos à desenhar ainda na creche. Em seguida, olhei Stuart novamente. Ele deu de ombros, ainda com um sorriso zombeteiro no rosto.

Antes que ele pudesse responder, a professora entrou na sala, dando início à primeira insuportável aula do dia. Quando ela mencionou que começariam as apresentações, apoiei a minha cabeça sobre as mãos, que estavam em cima da mesa, tendo vontade de sumir dali.

Não troquei mais nenhuma palavra com Stuart, já que passei a prestar atenção em algumas telas bonitas que passaram por ali, na verdade, algumas eram bem medianas, mas comparadas à de Stuart, eram uma obra de arte. Céus, eu previa que iria passar mais uma vergonha, e não fazia nem uma semana da catástrofe da festa de Jennifer. Minha reputação se destruía à cada dia mais, só que eu não podia aceitar isso, e eu não iria.

O Plano de Summer - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora