47. Aquele com o Novo Trio

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Oh, eu encarei os meus pecados e desejei que fosse fácil
Agora eu durmo com a luz acesa, até superarmos
Então eu vou fazer as pazes e vou comprar flores para mim mesma
E então quando elas murcharem, ficarei feliz que elas tenham me feito superar...

(I Love You's - Hailee Steinfeld

Eu estava chorando mais que o normal

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Eu estava chorando mais que o normal.

De odiada, louca e egoísta, passei à ser uma garota insuportavelmente sensível, que há dias chorava assistindo comédias românticas no seu quarto. Mas, certo, eu poderia muito bem culpar a minha tpm.

Eu havia virado uma rata de filmes românticos, totalmente obcecada por um final feliz que não encontrava na minha própria vida. E céus, eu chorava desde os filmes mais emocionantes, até o mais bobinho. Agora, por exemplo, eu chorava assistindo o final de As Patricinhas de Beverly Hills.

Eu havia mesmo chegado no fundo do poço, quero dizer, aquele filme era mais comédia do que tudo, então por que eu estava chorando?!

Limpei as lágrimas com cuidado e assoei o nariz em um lenço. Eu com certeza estava horrível. E era irônico, porque eu só queria ficar no meu quarto para assistir outro filme, e talvez chorar mais um pouco, mas batidas na porta me interromperam.

— Eu estou ocupada, Marla. –Tentei gritar diante da minha voz embargada, e até estranhei um pouco, porque às vezes Marla era tão metida, que nem sequer batia na porta antes de entrar de vez.

Funguei, passando a mão pelo nariz, que com certeza estava vermelho de tanto assoar. Já estava prestes à pegar o controle da televisão do meu quarto e escolher o outro filme, mas o barulho da porta novamente me fez parar.

No entanto, não eram batidas, dessa vez ela foi aberta de vez, revelando Claire e Samantha, o que me fez ficar incrivelmente confusa.

— Nossa, você está... –Claire começou, enquanto adentrava o quarto sem ser convidada. Ela olhava ao redor, e então parou o seu olhar em mim, ambas franzindo as sobrancelhas. — Que situação, amiga.

Baixei o olhar para mim mesma, me dando conta do meu pijama felpudo de cor rosa, que consistia em calça e blusa, e no meu cabelo preso em um coque mal feito, que eu nem me dei ao trabalho de penteá-lo hoje. Eu também estava sem um pingo de maquiagem hoje. As garotas à minha frente com certeza nunca me viram assim antes.

— O quê vocês querem? –Fui direto ao ponto.

— A sua empregada nos deixou entrar. –Samantha apontou para a porta, e então desviou o olhar para mim.

— E? –Arqueei as sobrancelhas. O motivo delas estarem aqui ainda não havia ficado muito claro para mim.

E sinceramente, mesmo que eu tivesse doado dezenas de roupas para elas ajudarem os menos necessitados, eu não considerava aquilo como um acordo de amizade ou algo do tipo. Quero dizer, embora eu não as achasse tão irritantes, não éramos amigas, muito menos ao ponto de visitar umas às outras em pleno domingo.

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