36. Aquele com a Má Companhia

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Então é isso , cara, me encontre nas arquibancadas, sem diretores, sem alunos e professores
Nós dois queremos ser o vencedor, mas pode haver um
Então eu vou lutar, vou dar tudo de mim, vou fazer você cair, vou zombar de você
É isso , eu sou a última de pé, mais um comendo poeira...

(Hollaback Girl - Gwen Stefani)

Suspirei pela milésima vez, enquanto ouvia o barulho das minhas unhas batendo contra a mesa

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Suspirei pela milésima vez, enquanto ouvia o barulho das minhas unhas batendo contra a mesa.

Depois da mensagem peculiar e com um certo tom de psicopatia que recebi mais cedo, me mandaram outra, desta vez, com um horário e um endereço anotados, que me levaram até uma lanchonete de qualidade duvidosa, bem inferior ao Cherry Bomb's.

Eu deveria ter ficado com medo, ou ter chamado alguém para vir comigo, já que estava considerando seriamente que o autor daquelas mensagens era algum maluco. Mas se não fosse, e ele realmente soubesse algo constrangedor ou muito pessoal sobre mim, vir acompanhada só pioraria as coisas.

Eu estava aqui desde as quatro da tarde, e já eram quatro e meia. Ótimo, o idiota ainda estava atrasado.

Quando a porta abriu, e Marcus entrou no meu campo de visão, senti meu queixo cair. Conforme ele caminhava, implorei mentalmente para que não fosse ele o dono daquelas mensagens, mas quando o garoto puxou uma cadeira de frente para a minha, comecei à me desesperar.

— Eu estou esperando uma pessoa.  –Anunciei rapidamente, sem questão de ser educada, depois que coloquei a mão sobre a mesa.

Ele riu ironicamente, acabando com o pingo de esperança que ainda restava em mim.

— Bem, não está mais.  –Ele afastou a minha mão da mesa, antes de se sentar.

Marcus cruzou os braços e se encostou de um modo desleixado em sua cadeira. E enquanto ele me encarava com um sorriso zombeteiro e sarcástico, eu o fuzilava com o olhar.

— Fala logo a merda que você quer.  –Ordenei, realmente sem paciência para as provocações daquele imbecil.

— Oh!  –Ele exclamou indignado, colocando as mãos sobre o peito com uma falsa indignação, me fazendo revirar os olhos para aquele teatrinho.  — Isso é jeito de tratar um amigo que você não conversa há muito tempo?

Me inclinei sobre a mesa, prestes à lançar uma resposta ácida para ele, mas antes que eu pudesse sequer abrir a boca, uma garçonete com a cara de poucos amigos apareceu.

— Já sabem o que vão pedir?  –Ela mascava chiclete e nos olhava com desinteresse, como se não quisesse estar ali. Não deixei de notar o excesso de lápis preto em seus olhos.

O Plano de Summer - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora