21. Aquele com a Festa de Dois

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Meus convites desapareceram?
Por que eu coloquei meu coração em cada letra cursiva?
Me diga por que diabos ninguém está aqui
Me diga o que fazer para tudo ficar melhor
Talvez estejam fazendo uma piada cruel comigo
Tanto faz, tanto faz...

(Pity Party - Melanie Martinez)

Tudo pareceu acontecer em câmera lenta: Em um momento, eu estava sob os olhares de todos, me segurando ao máximo para não acabar chorando com as palavras duras de Jennifer, e passar mais vergonha do que eu estava passando, acabando por ser conside...

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Tudo pareceu acontecer em câmera lenta: Em um momento, eu estava sob os olhares de todos, me segurando ao máximo para não acabar chorando com as palavras duras de Jennifer, e passar mais vergonha do que eu estava passando, acabando por ser considerada fraca pelos outros. No outro, com apenas um passo em falso, acabei caindo tão fundo, levando todo o meu resto de reputação que sobrou naquela noite. E não, não era apenas uma metáfora.

A água fria da piscina, juntamente com o baque repentino, foram capazes de congelar até os meus ossos.

É até engraçado como as coisas são. Quero dizer: eu passei o resto da semana convicta de que esta noite seria espetacular. Fiz uma produção super incrível, realçando o que eu tinha de melhor, para depois descobrir que, merda, ninguém quis ir à porra da minha festa. E até aí tudo bem, porque de qualquer forma, não estava tudo perdido, eu iria para a festa de Jennifer Gurmont e mais uma vez roubaria toda a cena. E de certa forma, eu roubei, mas não do jeito que eu queria.

Aquela cretina desgraçada, argh! Além de dar em cima descaradamente do meu falso namorado, tentou me humilhar em público, e ainda teve a audácia de tocar no nome da minha mãe. Ela não tinha esse direito.

No que eu me transformei, afinal?! Na grande piada da noite, com certeza, no assunto à ser comentado pelos próximos dias na escola, e acredite, não era por um bom motivo.

Tentei me segurar nas paredes da piscina, com o intuito de ficar o máximo possível de tempo embaixo da água, que estranhamente, parecia ser mais reconfortante do que ir para a superfície e encarar centenas de adolescentes com olhares maldosos e palavras afiadas na ponta da língua. Céus, com que cara eu iria sair dali?!

No entanto, a sensação reconfortante logo passou, quando a falta de ar me atingiu, e o cloro da água entrou em contato com os meus olhos. Minhas mãos começaram à vacilar, escorregando constantemente das paredes, me deixando em pânico. Calma, Summer, aguenta firme. Era o que eu repetia para mim mesma mentalmente, mas tendo total noção de que eu não aguentaria nem mais um minuto ali, definitivamente era demais para mim, e eu preferia ser conhecida como a garota que foi humilhada em uma festa e caiu dentro da piscina, do que ser conhecida como a garota que morreu dentro da piscina em uma festa. Céus, seria humilhante!

O Plano de Summer - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora