- Jaemin sempre foi amado e bem cuidado desde pequeno. Por ser um lúpus e filho único, seus pais nunca fizeram com que o amor e a proteção faltasse em casa. Mas agora, Na já tinha dezesseis anos, a idade perfeita para algo que seu pai estava prepara...
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Na Jaemin
Corro de imediato até o mesmo e coloco o pé na porta do elevador, para que não fechasse e levasse o garoto desmaiado embora. Apoio sua cabeça sobre meu joelho e o tateio de leve em seu rosto gélido, na intenção de o animar de volta.
-- Garoto? Por favor, me responde - insistia, quase implorando para que o mesmo acordasse. No entanto, era em vão. Não havia outra alternativa que não fosse tirá-lo de lá carregado.
Saio do elevador com ele entre meus braços, com um pouco de dificuldade. Não que o ômega fosse pesado e sim por conta das minhas mãos, que ficaram trêmulas por conta do meu nervosismo em querer ajudá-lo o mais rápido possível.
-- Ei, você! - grito, assim que encarei um garoto que parecia estar indo para o refeitório - Por favor, me ajuda a levar ele para a enfermaria! - assim que o meu pedido é feito, aquele que chamei, se desloca em uma pequena corrida até chegar ao meu lado.
-- O que ouve com ele? - já próximo, o garoto que possuía uma pequena pinta ao lado do olho, pega o garoto de meu colo e o segura no seu, enquanto dava longos passos para chegar o mais rápido na enfermaria.
-- E-eu não sei, eu juro que não fiz nada. A gente estava no elevador...
-- Ei, calma - o moreno abre a porta da enfermaria com o pé, em seguida colocando o ômega com muito cuidado encima de uma maca - Eu não tô te culpando, só perguntei o que aconteceu - me encarou de canto, enquanto ajeitava o garoto.
-- A gente estava no elevador, ele já estava meio estranho mas mesmo assim ele disse que estava bem, só que aí eu me virei para sair e do nada... Ele desmaiou - o respondi, dando um suspiro no final.
-- Tudo bem, já entendi.
-- Olá meninos, o que aconteceu aqui? - um homem de cabelo rosa entra na sala, indo até a maca onde o menor estava.
-- Ele desmaiou, é tudo o que sabemos - o garoto que me ajudou o responde, que só pelo cheiro forte e marcante, já dava para saber que era um alfa. Suas condições físicas já dizia muito, mas seu rosto... Mais parecia um filhotinho.
-- Hmmm... ainda bem que o trouxeram - me alongando um pouco, percebi o nome Lee Taeyong escrito em seu jaleco branco - Pelo o que me parece, ele teve uma queda de pressão. Vocês poderiam ficar aqui de olho nele por alguns estantes? Eu vou pegar alguns equipamentos - apenas demos um sinal positivo, e o enfermeiro saiu correndo para fora da sala.
-- Eu posso saber o seu nome? - o alfa ao meu lado me encarou, tendo seus lábios contraídos e um olhar atento.
-- Na Jaemin - falei com um pouco receio. Nunca havia ficado tão perto e sozinho com um alfa antes que não fosse meu pai. O jeito que Chenle e o Haechan falavam dos alfas homens, o meu medo por eles apenas aumentou, ainda mais por dizerem o quanto que eles podiam ser violentos e se irritarem por qualquer coisa.
-- Prazer, Na Jaemin, eu sou o Lee Jeno - o mesmo estendeu sua mão em minha direção, com um sorriso simpático, formando um eyes smiley, que mesmo sem ser da minha vontade, me fez soltar um sorriso espontâneo - Aluno novo, não é? - aceno que sim - Sabia, seu cheiro é diferente dos demais. Na verdade... - Jeno começou a fungar o ar, assim como vi Haechan fazer antes - Seu cheiro é bem parecido com o dele.
O ômega tinha um cheiro realmente adocicado e atrativo, mas não percebi que se assemelhava ao meu.
-- Vocês são parentes? - perguntou.
-- Não, na verdade não o conheço - respondi. Jeno ainda me encarava, como se tivesse esperando por algo, como se quisesse falar algo - Está tudo bem? - perguntei, quebrando o pequeno silêncio que o alfa havia feito.
-- Você é um lúpus, estou certo?
-- Sou...
-- Legal - sorriu novamente - É a primeira vez que vejo dois lúpus em um só dia, já posso me considerar uma pessoa de extrema sorte - o encaro curioso - Esse ômega também é um, o cheiro diz tudo e também... O rosto dele parece de porcelana, parece que foi perfeitamente desenhado - e quando menos esperava, lá estava Jeno e eu encarando o rosto do ômega, que ao menos eu havia parado para perceber o quão belo era.
Assim que encarei com mais foco, vi um leve movimento em seus olhos, eles se mexiam devagar e com esforço, até que finalmente, os abriu, revelando a nos seus olhos castanhos brilhantes. O contato com a luz forte acima de seu rosto o fez fechar na mesma hora, mas Jeno, fez questão de criar uma sombra com a mão para não o incomodar.
