-💚Huang Renjun
(alguns dias depois)
*TARDE*
Aproveitando que estava com tempo livre, fiquei na arquibancada pensando naquilo que escreveria na minha carta que o Sr. Qian havia me pedido para fazer.
Aquilo era mais difícil do que eu achei que seria, eu nem ao menos sabia o que queria escrever e muito menos o que eu achava sobre mim mesmo. No entanto, meus pensamentos foram interrompidos por um aroma forte, sendo acompanhado de mãos grandes cobrindo meus olhos.
-- Ah... Jeno? - seu nome foi o primeiro a vim na minha mente, pois seu cheiro de chocolate meio amargo com certeza foi algo que havia me marcado nós últimos dias.
-- Que bom que lembrou do meu nome - ele aproximou seu rosto ao meu e sorriu, em seguida, desceu um degrau da arquibancada e se sentou ao meu lado - Como você está, Renjun?
-- Estou bem, obrigado - o encaro se sentar ao meu lado - E você?
-- Também estou bem - Jeno se virou para frente, encarando alguns dos ômegas que estavam jogando futebol, e um deles era um amigo nosso em comum - Vi que você e o Jaemin ficaram bem próximos.
-- Sim, sim, o Nana se tornou um dos meus melhores amigos, ele é tão carinhoso e bondoso comigo - dou um sorriso sem querer, apenas por me lembrar do quanto o ômega havia se tornado especial para mim - Jeno, por que se afastou?
-- Não me aproximei mais porque... sei lá, sou meio desinteressante, talvez não quisesse a minha amizade ou coisa assim - falou o mais alto.
-- Lógico que não, quero sim me aproximar de você - sorrio para o mesmo - Eu e Jaemin, na verdade, você amaria conhecê-lo assim como eu o conheço.
-- Podemos jantar juntos essa noite, então? Claro, se não quiserem eu vou entender.
-- Bom, pela minha parte eu aceito e aposto que o Nana também vai querer.
O coreano sorri e volta a prestar atenção no jogo assim como eu. Jaemin não estava mais jogando e sim, sentado no banco e pela a sua feição exausta estava bem cansado. Mesmo sendo um pouco mais sensível que os outros ômegas, o Jaemin jogava muito bem e não se deixava intimar pelos outros jogadores.
Assim que Na percebe que ambos estavamos o observando, o mesmo se levanta e começa a acenar para nós dois, com um sorriso lindo em seu rosto. Jaemin estava vindo em nossa direção, quando foi surpreendido por uma bolada no rosto, o fazendo cair no chão inconsciente.
Tanto o professor quanto a todos os alunos, inclusive Jeno e eu, correram até o garoto desmaiado no chão, formando uma roda em volta do inanimado.
-- Todos para trás! - falou o professor Nakomoto, logo pegando o ômega no colo e com passos rápidos e cuidadosos, o levou para a enfermaria.
-- Calma Renjun, ele vai ficar bem - falou o mais alto, me abraçando de lado, pois meu rosto já estava molhado por lágrimas em ver Jaemin naquela situação.-- Eu quero ver ele... - falei com a voz falha.
-- Acho que podemos ir vê-lo.
Seguimos o professor até chegar na enfermaria, a porta estava fechada e não sabíamos se podíamos entrar ou não, mas mesmo assim, iria ver Jaemin de qualquer jeito.
Por impulso, abro a porta e entro, sendo encarado pelo professor japonês e o enfermeiro coreano, que estava ajeitando o lúpus na mesma maca que eu estava a uma semana atrás.
-- Jeno e Renjun - o professor nos encarou, sério, cruzando os braços - Vocês não deviam estar aqui, principalmente você, Jeno, que nem está no seu horário de aula.
-- Me desculpa, professor Nakomoto - Jeno se curvou minimamente, se desculpando.
-- O que aconteceu com o Nana? - ignoro completamente a repreensão de Yuta e me coloco ao lado de Taeyong - Ele está vivo?
-- Claro que sim, ele está bem, só desmaiou por causa da pancada - o de avental me respondeu, colocando um pano humido na cabeça de Jaemin.
-- Não vamos incomodar o Sr. Lee garotos, deixa que agora o Jaemin está em boas mãos - disse o professor, enquanto depositava suas mãos sobre nossos ombros na intenção de nos expulsar da sala de enfermagem.
-- Eu não vou a lugar nenhum sem o Nana! - falei bravo, de braços cruzados e batendo firme o pé no chão - Só saio daqui quando ele estiver acordado! - podia até ser um ato de criança teimosa de seis anos, mas costuma funcionar.
-- Renjun, não seja teimoso, daqui a pouco o Jaemin vai voltar.
-- Não! - falo mais bravo dessa vez.
-- Tá tudo bem, Yuta, deixa os meninos aqui, eles são amigos do Jaemin - agora era a vez de Taeyong.
-- Tem certeza de que não vão atrapalhar? - o Lee mais velho negou a pergunta com um balançar da cabeça - Escaparam dessa vez - o mesmo sorriu de canto e saiu da sala, batendo a porta assim que já estava do lado de fora.
-- E mais uma vez, os três estão aqui - Taeyong brincou, encarando a Jeno e eu - Eu gosto de vocês, mas não quero mais vê-los nessa situações.
-- Não temos culpa - falei, fazendo bico.
-- Eu sei que não, não estou os repreendendo - Taeyong bagunçou meu cabelo, em seguida dando um sorriso - E vocês sabem o que aconteceu dessa vez?
-- Jaemin estava acenando para a gente, quando algum brutamonte arremessou a bola de futebol na cabeça dele - o respondi.
-- Calma, Renjun, pode ter sido sem querer - Jeno tenta me acalmar.
-- Sem querer, Jeno? Então o pé do garoto é torto, porque não é possível - os dois Lee riam.
Jaemin havia começado a se mexer na maca, conseguindo acordar do desmaio aos poucos. O mesmo parecia confuso e com uma expressão de dor, assim que sentiu a luz da sala bater contra seus olhos.
-- Oi Jaemin, lembra de mim? - o garoto acena que sim para Taeyong - Pode me falar o que está sentindo?
-- Dor... - falou o mesmo, levando a mão a cabeça - E um pouco de tontura - Jaemin geme de dor.
-- Eu vou te passar um remédio de dor de cabeça, talvez isso ajude - Taeyong o entrega uma pílula branca, em seguida Jaemin a engole com ajuda de um pouco de água - Recomendo que descanse e beba muita água, se voltar a sentir mais tonturas pode voltar aqui.
-- Obrigado Sr. Lee - Jaemin desce bem devagar da maca e agradece ao mais velho.
-- De nada, agora deita um pouco e descansa.
-- Quer ajuda para ir ao seu quarto, Jaemin? - Jeno o ofereceu ajuda - Se é que alfas podem ficar no andar de vocês.
-- Se eu que sou um ômega e durmo no andar de alfas, o que um alfa faria de mal no andar dos ômegas? - ambos sorriram com o meu comentário.
[...]
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The Boarding School | NORENMIN
Fiksi Penggemar- Jaemin sempre foi amado e bem cuidado desde pequeno. Por ser um lúpus e filho único, seus pais nunca fizeram com que o amor e a proteção faltasse em casa. Mas agora, Na já tinha dezesseis anos, a idade perfeita para algo que seu pai estava prepara...