Alguns dias se passaram e ainda não achamos Sophia, Carl ainda está se recuperando mas não continua de cama como antes.
Passamos quase a manhã toda conversando sobre todo tipo de assunto.
Andrea atirou sem querer em Dary, por sorte foi de raspão.
- Ei, Natalie.
- Huh?
- Pode contar pra mim? Aquela música do Elvis... aquela que...
- Minha mãe cantava para dormirmos?
- É.- diz, com os olhos brilhando. Parece uma criança quando pede um doce dos pais.
- Wise men say, only fools rush in. But I can't help falling in love with you.
Shall I stay, would it be a sin.
If I can't help... falling in love with you.
Like a river flows surely to the sea, darling so it goes.
Something's are meant to be.-Take my hand.- Carl diz, começando a cantar.
- Take my whole life too.
For a can't help falling in love with you.
Like a river flows surely to the sea, darling so it goes.
Something's are meant to be.
Take my hand, Take my whole life too. For a can't help falling in love with you... For a can't help falling in love with you.Terminamos de cantar e sorrimos um parar o outro.
Carl pega a minha mão.
- Eu nunca te disse mas sempre quis te levar ao baile, só pra poder dançar todas as músicas lentas e triste que você gosta.
- Nem todas são tristes, Carl.- digo, fazendo bico.
- Quando eu escutava elas sentia vontade de morrer,- diz rindo- mas dançaria com você porque sei que deixaria você feliz.
- Talvez se ainda tivessemos a mesma vida normal de antes, poderíamos dançar.
- Você ficaria muito bonita naqueles vestidos cheios de babado, ou seja lá o que aqueles troços brilhantes são.
- E você não ficaria muito feio em um terno.- digo, rindo.
- Eu estava tentando ser um pouco legal dessa vez.
- Tá bom, pequeno Grimes.
- Você acha que teremos uma vida normal de volta? Sabe, com faculdades, os bailes e os empregos entediantes.
- Não sei Carl, não gosto muito de ficar pensando em como era antes e como as coisas serão.
- Eu sei, é que ainda sinto falta de ir nas lojas e comprar o máximo de gibis que conseguia pegar.
- Também sinto falta.- digo, encostando minha cabeça em seu ombro- Acho melhor mudarmos de assunto.
- É.- Carl diz.
- É.- repito.
Depois disso não falamos mais nada, ficamos apenas deitados. Provavelmente Carl estava pensando em como nossa vida era antes, não o culpo por sentir falta porque também sinto, mas toda vez que lembro disso fico com uma enorme vontade de chorar.
- Toc. Toc.- diz tia Lori e Rick, entrando na cabana.
- Nossa que climão é esse?- tia Lori pergunta.
- Estão com os olhos murchos.- Rick diz.
- É só uma tristeza repentina.- Carl diz.
- Só isso.- falo, concordando com Carl.
- Ah, vocês estão aí.- papai diz, entrando no quarto- Precisamos conversar.
Fomos até Dale, que nos esperava debaixo de algumas árvores.
Não soube decifrar o olhar do papai, mas Dale parece estar aflito.- Qual de vocês dois pegou a arma?- papai pergunta.
Encaro os adultos ali, confusa.
Olho para Carl que estava de cabeça baixa. Não acredito que pode ter sido ele.
- Não sei do que estão falando.- digo- Nós dois não nos separamos em nenhuma hora.
Verônica aparece atrás de Dale.
- Carl?- Lori, o chama.
Carl tira a arma que estava presa na sua calça.
- Não acredito que você fez isso.- tia Lori diz.
- Ele tinha me pedido pra ensinar ele a atirar, e a Natalie também por isso achei que fosse um deles dois.- papai diz.
- A culpa foi minha,- Dale diz- eu o deixei entrar no trailer. Disse que procurava o walkie talkie que Rick havia perdido.
- E ainda mentiu?- tia Lori estava pocessa. Sempre é ela que dá a bronca.
Carl continuava de cabeça baixa, me senti estranha apenas pelo fato dele não ter me contado sobre a arma, normalmente contamos tudo um pro outro.
- Olha, não é assunto meu mas eu posso ensinar ele. Vocês decidem.- papai diz, para Lori e Rick.
- Não gosto muito da idéia.- ela responde.
Rick e Lori com certeza vão discutir isso até dormir.
- Devia ter falado pra mim, não sou dedo duro.
Ele continua calado.
- Não quero meu filho brincando com uma arma, Rick.
Carl levanta.
- Mãe, não é um brinquedo. Eu juro que vou levar a sério. Quero ajudar a proteger nosso grupo e procurar a Sophia, mas não dá pra fazer isso sem uma arma.
Lori encara Carl, ainda pensativa.
- O Shane já treinou crianças mais novas que ele...- Rick diz.
- Tudo bem, mas por favor leve isso a sério.
- Ele vai levar isso a sério.
Carl fica animado e depois dessa pequena briga papai nos levou para treinar.
Carol e Andrea também estavam aprendendo, Andrea está ficando melhor. Se ela atirasse assim quando acertou o Daryl, ele teria levado um tiro de verdade e não de raspão.
- Mantenha o foco no seu problema.- papai diz, virando minha cabeça de frente para o meu alvo.
- É só ficar calma,- ele diz e eu respiro fundo- relaxa os ombros, mira e atira. Agora tenta.
Destravo a arma, e miro no alvo.
Seguro bem forte para que ela não caia pra trás depois de atirar.Aperto o gatilho e a garrafa se desfaz em pedaços.
- Essa é a minha garota.- diz, me dando um beijo na cabeça.
- Treinando mais um pouco vai ficar melhor que eu.- Verônica diz, parando do meu lado.
- Aliás, você não me disse com quem aprendeu a atirar Verônica.- papai diz.
- Meu avó me ensinou, aprendeu quando lutou no Vietnã.
- Ele deve ter sido um bom professor.
- E foi, mas fico nervosa quando é preciso atirar em algo em movimento.
- Você vai melhorar.- digo, sorrindo para ela.
Depois de mais de duas horas de treinamento, e de ter acertado 4 de 7 alvos me senti vitoriosa.
Voltei o caminho sorrindo até que meus pensamentos me lembraram da mentira de Carl, se é que posso chamar de mentira.
" Ele apenas não comentou isso e você já está toda paranóica"
Bato minha mão na testa.
Talvez eu deva conversar com o Dale, que parece ser o pai da nossa família.
****
Boa noite besties:D
Eu pensei muito sobre deixar o Shane vivo ou não, e não vou dizer agora pq se não vai acabar com o mistério. Mas de qualquer jeito vai ter um impacto na história da Natalie.
É isso, bebam água, comam, e durmam pq vcs precisam de um descanso.Até o próximo capítulo, amo todes vocês<3
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TWD - Sobrevivência(em pausa)
FanficNatalie Walsh, uma menina de apenas treze anos, se vê em meio ao caos quando uma doença se espalha pelo mundo todo. Sem saber se defender, ela precisará aprender a se cuidar sozinha, para viver nesse novo mundo que surgiu instantaneamente. E em mei...