Se passaram algumas semanas, e ainda não encontramos ninguém. Talvez uns 4 meses, sem ver alguém que esteja vivo.
Estou no banco de trás, Liz no banco do passageiro e Vie está dirigindo. Ela me olhava de relance, preocupada comigo eu presumo."Quero comer algo." É o pensamento que vive em minha cabeça.
- Ei!- Liz me chama, eu estava um pouco sonolenta.
- Tem uma conveniência ali, vamos ver se conseguimos algo.Saímos do carro.
Não tínhamos muitas balas para nossas armas, então eu usava uma faca.
Verônica bate na porta, para atrair os walkers. Por sorte ou não, nenhum apareceu. Adentramos o lugar, nos separamos para procurar alguma coisa para comer.
Encontrei algumas revistas, um óculos maneiro e uns salgadinhos; coloquei tudo em uma cesta e fui atrás de Verônica e Liz.
- Não achei nada demais.- falo.
- Tem um pacote de biscoitos de côco. Vamos dividir.- Liz diz.
- Acho que podemos passar a noite aqui.- Verônica diz, sentando no chão.
- Eu posso ficar de vigia.- digo.
- Você tem que descansar, vive caindo no sono de dia.
Abaixo o olhar. Ela não disse nenhuma mentira.
- Eu fico de vigia.- Liz fala- Descansem aí.
A noite estava fria e tranquila. Fizemos uma pequena barricada na porta, usando as prateleiras e algumas cadeiras da loja.
Fiquei deitada no chão, encarando o teto. Só queria sair daqui, fazer algo, tanto faz pra mim, eu só quero ver minha família.
Me assusto quando vejo Liz parar na minha frente, tirando a luz da lua que iluminava meu rosto.
- Quer sair pra uma ronda?- ela pergunta.
- E a Verônica?
- Deixe ela dormir.
Pego a faca, seguro firmemente.
Saímos pela porta dos fundos, eu fico olhando para todo os lados possíveis. Escuto um barulho na floresta.
Liz faz um "Shh" e faz um sinal para eu ficar parada. Ela vai em direção ao barulho, meu coração estava acelerando com os pensamentos ruins que rondavam em minha cabeça. E se for alguém ruim? Não sabia se estava tremendo de frio ou medo.
Me sinto aliviada quando vejo Liz retornar.
- Quase morri de susto.- ela diz- Mas era só um coelho, olha só, ele é bem fofinho.
Guardo a faca no cinto, tinha feito algumas modificações para ter um lugar pra faca.
- Conheço alguém que já estaria cortando ele para comer.- digo e toco em seu pelo branco- Que macio.
- Vamos, dar um pouco de água para ele, deve estar com fome também.
- Como tem certeza se é um macho?
- Meus pais eram veterinários, eu conheço apenas algumas coisas sobre.
Voltamos para dentro, Liz com o coelho nas mãos.
- O que acha de Roberto?
- Parece nome de gente velha.- digo e rimos.
- Vamos chamá-lo de Drácula.- ela diz.
- Drácula. Gostei.
Faltava pouco para amanhecer, então disse para Liz descansar também.
O pequeno Drácula estava em uma caixa, dormindo. Imagino se ele também tinha sonhos, e com o que ele sonharia.
Olho para Verônica e Liz, que dormiam abraçadas. Tenho sorte de ainda ter Verônica comigo e agora também tenho Liz, como duas irmãs mais velhas que eu sempre quis ter.
Talvez não seja tão ruim assim, só nos três e agora com Drácula.
Podemos recomeçar de novo, tentar achar um lugar fixo; posso estar sonhando demais, porém, não posso deixar de fazer isso.
Toda a esperança que eu tinha antes é tão diferente da que eu tenho agora, não tenho mais meu pai ou Carl comigo mas irei seguir em frente. Mesmo que doa, mesmo que eu perca o pouco de esperança que tenho, irei viver por eles. Porquê não só Carl e papai, mas todos os outros fizeram quem eu sou hoje. Tudo o que aprendi com eles está me mantendo viva.
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TWD - Sobrevivência(em pausa)
Fiksi PenggemarNatalie Walsh, uma menina de apenas treze anos, se vê em meio ao caos quando uma doença se espalha pelo mundo todo. Sem saber se defender, ela precisará aprender a se cuidar sozinha, para viver nesse novo mundo que surgiu instantaneamente. E em mei...