XII- Noite de mortes

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Depois de comer o pudim e ler alguns gibis com Carl. Decidimos acompanhar Jacqui que iria procurar algumas frutas. Bom, apareceu um walker comendo um veado. E essa cena tocou meu coração. Carl, tenta gritar eu eu tapo a sua boca e faço sinal para que ele fique em silêncio, saímos de lá correndo, alertamos o pessoal que ficou apavorado. Tia Lori se aproxima de nós preocupada.

- Ah, meu Deus. Vocês estão bem?

Carl balança a cabeça positivamente.

- Não nos machucamos, só levamos um susto.- digo.

- Vocês dois algum dia ainda vão me matar de tanta preocupação.- tia Lori diz e nos abraça.

- Natalie, você está bem?- pergunta Verônica preocupada.

- Sim, ele nem nos viu.

- Vocês dois por favor não saiam de onde eu possa ver.

- Tá bom, mãe.- diz Carl.

- Tia Lori.- a chamo.

- Será que a senhora poderia cortar o meu cabelo, quando estiver com tempo livre é claro.

- Tudo bem querida, daqui a pouco eu posso fazer isso. Verônica pode olhar eles pra mim?

- Claro.

- Então, o que vocês querem fazer?

Eu ia responder até que aparece um cara aparece chamando o Merle. Ele era o Daryl? Só pode ser, por favor que não aconteça nada ruim.
De longe vejo Rick e o pessoal que estava em Atlanta conversando com ele, não deu muito certo a conversa pois vejo ele tentando ir pra cima de Rick, mas papai o impede.
Ele começa a gritar feito louco, até que se acalma e papai o solta.

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Já estava anoitecendo, e tio Rick com Glenn, T-dog e Daryl foram para Atlanta para buscarem o Merle. Mesmo Merle sendo um pouquinho maluco, ele não merecia ficar preso daquela forma, e espero que não nada de inesperado aconteça. Percebi que papai ficou estressado quando tio Rick falou que voltaria a Atlanta, também não concordo, mas fazer o quê né? Mais cedo ele levou Carl e Vie pra pegar rãs e eu fiquei conversando com Dale. Agora eu estou atrás da tia Lori para cortar meu cabelo, isso vai fazer ela se distrair por um tempo, ela deve estar bastante preocupada e eu também estou. Me aproximo da barraca e já vejo Carl deitado com tia Lori lendo gibis.

- Toc, toc.- digo.

- Oi, Natalie.- diz tia Lori- Veio por causa do cabelo?

- Sim.- digo sorridente.

- Como assim cabelo?- pergunta Carl.

- Eu vou cortar, bobinho.- digo.

- Ah tá.- diz Carl com cara de bobo.

- Achei!- diz tia Lori com uma tesoura na mão- Sente-se aqui, meu bem. Então, como quer que eu corte?

- Não sei, mas quero que fique curto.

- Hm, tenho algo em mente.

Alguns minutos depois, já de cabelo cortado, tia Lori me dá um pequeno espelho para ver o resultado e eu me senti bonita.

- Você ficou bem bonita com esse corte!- elogia, tia Lori.

- Você tá muito mais que bonita.- diz Carl.

- Natalie?- diz Verônica- Estava procurando você, seu pai disse para nós juntarmos aos outros e jantar.

- Okay. Obrigada, tia Lori.- digo e dou um beijo em sua bochecha.

- Não tem de quê.- fala tia Lori.

- Vocês não vem agora?- pergunto.

- Eu vou tirar os cabelos do chão e arrumar. Não se preocupe, daqui a pouco nos vemos.

- Gostei do corte.- diz Verônica.

- Obrigada... Verônica, você acha que tio Rick está bem?

- Sinceramente, sim. Ele mais do que qualquer um de nós sabe se cuidar e defender. Glenn também, sei que está preocupada com ele.

- Ele nos salvou, não há nada nesse mundo que posso dar pra ele em troca.

- Você tá certa, o que nos resta é ser eternamente grata.

Sentamos ao redor da fogueira e jantamos todos juntos. Andrea e Amy pescaram alguns peixes, agradeço à elas pela refeição. O peixe assado estava delicioso.

O grupo conversava sobre Dale e o seu relógio, sempre tinha algo por trás das suas manias. Está tudo calmo, essas conversas me lembram os almoços e jantares em família, que saudade.
Amy se levanta e Andrea pergunta onde ela vai, chamando a atenção de todos.

- Fazer xixi. Credo, tô tentando ser discreta.- diz Amy e rimos.

Continuamos conversando e Amy abre a porta do trailer.

- A gente tá sem papel?- ela pergunta.
E do nada, aparece um Walker e morde seu braço, depois começam a aparecer vários walkers. Todos se assustam e pegam algo para se defender.

- Natalie, não sai de perto da Verônica e procurem um lugar pra se esconder- diz meu pai começando a atirar.
Meu coração acelera e o medo toma conta de mim.
Um Walker se aproxima de nós e Verônica o acerta com dificuldade.

- Natalie!- grita Carl e outro walker aparece, desta vez atrás de mim. Dale atira nele.

- Fiquem comigo.- diz papai e fico junto de Carl, Sophia, Carol, Lori e Vie, atrás dele. Parecia que não acabavam, já morreram várias pessoas do nosso grupo.

- Todos pro trailer!- diz papai gritando- Morales! Morales! Vem pra cá! Todos pro trailer!

Nesse momento tio Rick aparece heroicamente atirando nos walkers, e ele não estava sozinho, Glenn, Daryl e T- dog, estavam atirando também e todos pareciam bem. Fico um pouco mais aliviada.

- Lori. Carl. Eu tô aqui.- tio Rick grita.
E Carl o abraça aos prantos.
Olho ao redor e não vejo mais nenhum walker, vejo Amy ensanguentada e Andrea chorando com ela nos braços.
Meu pai se aproxima e me abraça.

- Tá bem filha? Não se machucou?- ele pergunta desesperado.

- Eu tô bem.- digo- Mas a Amy, ela... Ela morreu...- digo e começo a chorar em seus braços.

- Tá tudo bem filha, tá tudo bem.

TWD - Sobrevivência(em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora