Já havia se passado um mês desde aquele dia, em que tudo virou um terrível pesadelo. Verônica virou uma irmã pra mim, afinal, só tem sido eu e ela; nos damos muito bem, e ela me trata com carinho. Às vezes eu não aguento e começo a chorar pensando no pior, e ela vem e fica comigo.
Ela parece ser bem forte, e bem legal, e ela tenta me fazer esquecer que tudo lá fora não é mais como eu conhecia.
Eu ainda sinto medo, de que aquelas coisas que eu vi na escola, possam invadir a casa de Verônica e nos mate. Verônica disse que os militares estavam tentando conter tudo, mas não temos notícias deles há umas 3 semanas, o que me deixa preocupada, eles são como o nosso cinto de segurança, sem eles estaremos desprotegidos.
Bom, mais um dia começa e a comida está para acabar, uma hora ou outra teremos que sair daqui. Não dá para viver eternamente presa aqui dentro.- Bom dia, Nalie- diz Verônica, ela inventou esse apelido pra mim, até que é legal.
- Bom dia Vie- digo, eu também inventei esse apelido pra ela.
- Você conseguiu dormir? -pergunta ela, preocupada.
- Bom, eu dormi bem melhor do que nas outras noites.- respondo, sincera.
Ficamos um tempo em silêncio, até que eu resolvo falar.
- Ultimamente eu tenho pensado muito em uma coisa...
- Em quê?- ela pergunta, ansiosa.
- Em sairmos daqui! -falo rápido, e ela me olha como se não acreditasse no que eu havia dito, e parece pensar em que dizer.
- Natalie, se sairmos daqui e passarmos por aqueles walkers com vida, pra onde iremos?
- Eu... Eu não sei, mas acho que temos que ir embora daqui!- digo.
- Mas por quê?- ela pergunta,sem entender- Estamos nos virando muito bem aqui. E se tiver sobreviventes, eles podem estar fora de si, eles podem nos machucar, nos separar... Não quero que te machuquem.
- Também não quero que isso aconteça com você...
Mas acho que devemos tentar. Eu vi que a comida está acabando e que aqueles walkers, como você chama, estão se movimentando pra muito perto da casa e...- Verônica me interrompe.- Natalie, não precisa se preocupar, eu vou dar um jeito nisso. Agora eu vou tomar um banho, vê se não faz nenhuma besteira, cuidado!- e assim ela sobe as escadas e me deixa sozinha na mesa.
Ah como eu queria que tudo fosse como antes.**********
Estava deitada no chão do quarto de Verônica olhando para o teto e relembrando de coisas que nunca mais aconteceriam de novo.
- Tudo bem?- diz Verônica, e me assusta.
- Tá, tudo bem. Por quê?
- Não sei, talvez porquê você tá aí a mais de 5 horas.
- Como assim? Pareciam ter sido minutos.- digo, sentando de pernas cruzadas e olhando para os olhos de Vie.
- Eu estive pensando no que você falou sobre sairmos daqui e cheguei a conclusão de que você está certa.
- Sério?- pergunto, não acreditando.
- Sério.- ela diz, e me puxa pra um abraço. E me deixa com a cabeça em suas coxas e fica passando seus dedos pelo meu cabelos, e, assim eu durmo.
**********
Dia 52. Já faz 52 dias em que estou morando com Vie, 52 dias sem ver minha família, 52 dias presa. Presa até agora, já faz 2 semanas desde que Vie, aceitou e percebeu que temos que sair dessa casa.
Termino de fazer dois nós nos cadarços do tênis.
Desço as escadas e vejo Vie, fazendo um rabo de cavalo em seu cabelo,e acho que ela sente minha presença por que, ela vira e olha pra mim, não consigo entender sua expressão e apenas vou em sua direção e a abraço, e, ela retribui.
- Vai dar tudo certo.- digo pra ela.- Espero que sim, Nalie. - ela se solta do abraço,se afasta um pouco, se ajoelha, e diz:
- Agora eu quero que você repita para mim mais uma vez o seu brilhante plano.
- Ok, nós vamos pra Atlanta, pro centro de refugiados especificamente. Até chegarmos lá, nós devemos ser como ninjas...
- Isso aí, continua.
- E se algo acontecer, devo correr até achar um local seguro.- termino de dizer o nosso plano, que eu fiz com Vie.
- Bom, vamos lá. O carro dos meus pais tá na garagem.
Fomos até a garagem, abrimos o portão, entramos no carro e assim, saímos em rumo de Atlanta.
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TWD - Sobrevivência(em pausa)
FanfictionNatalie Walsh, uma menina de apenas treze anos, se vê em meio ao caos quando uma doença se espalha pelo mundo todo. Sem saber se defender, ela precisará aprender a se cuidar sozinha, para viver nesse novo mundo que surgiu instantaneamente. E em mei...