A Batalha de Saturno - Parte dois

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Ano: 2349

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Ano: 2349

Local: Planeta Terra

O hangar, tal como sempre, recebia-o com a sua magnitude inigualável, tendo uma altura de centenas de andares, e uma largura equiparável, tanto em tamanho como em espanto. Por toda a sua estrutura, várias naves espaciais repousavam, preparadas para os desígnios fatais dos seus destinos, no que parecia uma letargia ansiosa, vibrante em cada centímetro de metal construído, capaz de ressoar por todo o espaço. Gostava de as mirar, deixando-se encantar com a sua beleza abstrusa, gostava de ver os ângulos arrojados de todos os cabos e fios que se ligavam a elas, proporcionando-lhes a energia que tanto necessitavam. No entanto, naquele dia, não tinha tempo para esses deleites, sendo fitado por todos os oficiais de relevo, que em expectativa, olhavam para si em busca de respostas.

Como alguns de vocês já devem ter ouvido, estamos a ser atacados em Saturno. Informou Rami, avaliando as reações dos seus ouvintes. A grande maioria, não expressou nenhum tipo de surpresa, tendo já escutado as notícias espalhadas, já outros, levaram as mãos à cabeça, em lamúrias enfatizadas, acentuadas pelo medo de perder os entes queridos que lá viviam. Alfat, neste momento, está a combater para as defender, contudo, as estatísticas não estão a nosso favor. Concluiu, mostrando um holograma através do seu dispositivo braçal, que, timidamente, iluminou o ambiente escuro do hangar.

A desvantagem é grande. Comentou Pete, esfregando o queixo em preocupação, enquanto via os ícones alusivos à frota terrestre a serem rodeados pelos alusivos aos Colonizadores, numa imagem real e dura do que os esperava. Como pretendes atacar?

Tenho algumas sugestões, mas queria saber a vossa opinião primeiro.

Senhor, se me permite. Interrompeu um dos oficiais mais novos, movido pela ânsia de dar o seu contributo. Tal como a maioria dos homens que o servia, tinha um passado militar que se espelhava no seu estilo aprumado, com o cabelo, totalmente, rapado e a barba bem aparada, aliados a uma postura rígida e profissional, que lhe davam uma certa confiança. Para além de todos esses predicados, o seu intelecto e capacidade tática em combate destacavam-no de todos os outros, sendo considerado o recruta mais promissor a seguir a Rami.

Diz, Zeal. Permitiu Rami, sabendo que devia ouvir o que o jovem prodígio tinha a dizer.

Eles aparentam ter uma estratégia muito comum em quem tem superioridade numérica, tendo conseguido rodear a sua presa de forma eficaz. Ainda que simples, é bastante eficaz. Comentou, movido pelo orgulho de ter sido autorizado a falar.

Isso nós podemos ver, rapaz. Atirou Pete, impaciente.

Apesar de ser eficaz, é uma tática que deixa os flancos muito desprotegidos, totalmente à mercê de um ataque coordenado. Sugeriu, com um sorriso orgulhoso. A meu ver, a investida devia ser feita nestes pontos, em simultâneo. Continuou, apontando para as laterais da frota inimiga exposta no holograma.

Ponto de Fuga - Dois DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora