Caravela Negra - Parte seis

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Ano: 2328

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Ano: 2328

Local: Nave de Classe M, Hades, em órbita ao redor de Ganimedes

Os segundos que precederam a ativação do salto quântico, foram preenchidos pelo caos de uma batalha sem precedentes. Pela janela da ponte, dezenas de naves inimigas, apareciam, pujantes e magníficas, com o seu desenho retilíneo, sem qualquer curva, arrancando o fôlego de qualquer inimigo, corajoso suficiente para as enfrentar. Sem perderem tempo, soltaram uma corrente de lasers esbranquiçados, que no breu do universo, iluminavam o trajeto, daquele disparo letal. Uma camada, dotada de um verde vivo, aparecia, sempre que um dos tiros embatia no escudo da nave da Caravela, produzindo um temível tremor por toda a embarcação, no que parecia o momento de despedida.

Soldados Temporais, travar coordenadas. Mandou Pete. Salto quântico em 3.

Ao lado da nave em que estava, viu mais três embarcações aliadas aparecerem, pelo clarão típico do salto, começando, imediatamente, a disparar na direção dos Colonizadores, sem lhes dar qualquer tempo de resposta. Uma verdadeira palete de cores, misturava-se, sobre aquela tela escura, com os tons de diferentes lasers a embaterem, uns nos outros, produzindo explosões ávidas por destruição. Se aquela batalha durasse muito, iriam conhecer, ali, o seu fim, estavam em devastadora inferioridade numérica. Merda! Temos que nos despachar, não vão aguentar muito. Pensou Rami, travando as coordenadas.

2.

De uma zona mais abaixo, viu o que parecia um enxame de insetos, compactos e organizados, a deslocarem-se em direção ao Planeta, começando a verdadeira manobra de distração. Já lançaram os caças! Agora é conosco. Boa sorte.

1.

Carregando no botão do seu dispositivo braçal, fechou os olhos, esperando que o clarão passasse, voltando a abri-los, agora na escuridão absoluta do território desconhecido. Como habitual, segundo o protocolo, todos acenderam as suas lanternas, direcionando os focos luminosos, um pouco por toda a parte, na ânsia de entender onde estavam. Tinham saltado, aparentemente, para uma divisão quadrangular, com capacidade de albergar uma dezena de pessoas. As paredes, estavam totalmente revestidas por cabos e fusíveis, num emaranhado de dimensões épicas, mimetizando os inúmeros ramos de uma densa floresta tropical. Não era possível ver um único centímetro de argamassa a revestir as paredes. Que merda é esta? Está tudo rodeado por cabos. Indagou Rami, mais para si mesmo. Seguindo a direção dos fios, reparou que todos convergiam para um ponto central da sala, onde um dispositivo, com quatro cadeiras, viradas de costas entre si, jazia adormecido. Acoplado à traseira de cada cadeirão, estava um tubo grosso, por onde os cabos das paredes afunilavam.

O que é isto? Perguntou um dos homens, olhando, com admiração, para o dispositivo.

Não faço ideia. Respondeu Pete, confuso. Será que é este aparelho que usam para controlar o exército? Questionou, ajoelhando-se à beira do dispositivo, estudando-o melhor. Pelos nossos dados, é aqui que os Regentes vivem.

Ponto de Fuga - Dois DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora