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𝐋𝐄𝐗𝐈𝐄 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 𝗹𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗴𝗲𝗹𝗲𝘀
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2º MÊS
Por algum motivo que eu ainda desconheço, Lindsay cismou que queria preparar o almoço de hoje. Depois de ela quase arremessar a tampa da panela de pressão na minha cabeça, não tive outra escolha à não ser permitir que ela fizesse a comida. Lindsay quando queria algo, ou tinha que ser na hora ou ela infernizaria minha vida até me convencer. Seu gênio é forte igual ao meu, mas não sou tão chata no mesmo nível que ela.
Eu me sentia em paz. Tudo estava correndo bem e, milagrosamente, Lind tinha chamado Vinnie para uma conversa e eles se entenderam. Nesse momento estávamos esperando ele chegar para o almoço. Lindsay não mente e nem consegue forçar simpatia. Deixou claro que não havia esquecido do que Vinnie tinha feito comigo e fez questão de me lembrar de que não esqueceria tão cedo. Mas, como ela viu minha cara de cachorro abandonado e sabia que era o certo a se fazer, eles dois deram uma trégua. Não quero começar a minha gravidez num ambiente conturbado e muito menos receber meu filho num pé de guerra. Nem eu muito menos o bebê mereciam algo assim.
— Arruma a mesa pra mim! — Lindsay gritou da cozinha. Eu bufei.
— Poxa, estou com preguiça. — Eu gemi manhosamente.
— Problema é seu, deu a xibica sem camisinha porque quis. Se apressa antes que eu jogue esse inferno na sua cara! — Aumentou sua voz novamente e eu reviro os olhos. Me levanto do sofá e arrumo a mesa, colocando os pratos em seus devidos lugares junto dos copos, deixando um espaço no meio da mesa para seja lá o que ela tinha colocado naquela travessa. Sim. Ela não tinha me dito o que cozinharia pro almoço. Queria fazer uma "surpresa". Juro por Deus que se eu vomitar por conta das surpresas doidas dessa garota, eu faria ela limpar e deixei isso bem claro.
Em poucos minutos Lindsay apareceu com as mãos cobertas por luvas e carregando a travessa de vidro que estava visivelmente quente por conta da fumaça que saía da mesma. Ela coloca o recipiente no meio da mesa e eu estico meu pescoço, abrindo um sorriso ao ver que ela tinha feito lasanha. Corro até ela e a abraço forte, provocando um gemido de dor pela força na qual eu a apertei contra meu corpo.
— Está carente? — Me questiona e eu aperto mais meus braços em volta do seu corpo.
— Obrigada por isso. — Falei emotiva.
Me afastei do corpo da garota que ergueu a cabeça e encarou meu rosto com uma expressão incrédula. Eu mordi meus lábios e cruzei os braços, abaixando a cabeça envergonhada.
— Você tá com o olho cheio de lágrima, Lexie — Ela diz e eu assinto, passando a costas das mãos no meu rosto e limpando a água que havia descido dos meus olhos.
