✓ ┊𝗦𝗘𝗫 𝗚𝗔𝗠𝗘, 𝗏𝗁𝖺𝖼𝗄𝖾𝗋

손 𓍢 ★̶̲ . episode 𝗍𝗐𝖾𝗇𝗍𝗒 𝗌𝖾𝗏𝖾𝗇

𝐋𝐄𝐗𝐈𝐄 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂
𝗹𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗴𝗲𝗹𝗲𝘀

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Senti meu corpo se arrepiar quando a sola dos meus pés descalços encostaram na madeira gelada que era o chão da casa de Vinnie. Era aproximadamente 20:30, o que pra mim, não era muito tarde. O tempo estava extremamente frio e me repudiei trezentas vezes mentalmente por não ter vestido um casaco quando saí de casa. Mais cedo estava bem mais calor, essa mudança repentina do tempo com certeza iria me trazer algum resfriado ou alergia mais tarde.

Enquanto esfregava as mãos nos meus braços numa tentativa de me aquecer, vi Vinnie se direcionar até um cômodo da sua casa e fiquei parada. Olhei em volta e logo senti o cheiro forte de manteiga e pipoca invadir meu nariz. Respirei fundo e me deliciei com aquele aroma por alguns segundos até não aguentar mais sentir aquele cheiro de longe e me direcionar até a cozinha.

Quando chego lá, tenho a visão de Hacker de costas enquanto alguns milhos estouravam na panela. Ele ainda não havia notado minha presença. Ri sozinha quando o cara à minha frente se virou e deu um pulo de susto ao me ver parada ali.

— Eu podia ter um ataque cardíaco, sabia? — Ele cruzou seus braços.

— Pensou que eu era um fantasma? Não sabia que tinha medo. — Gargalhei. Ele negou com a cabeça enquanto ria fraco.

— Precisa de ajuda? — Apontei pra panela com os milhos.

— Não sou tão burro assim. Eu sei fazer uma pipoca. — Ele revirou os olhos. Levantei minhas mãos em forma de rendição.

— Eu ia te avisar que esse cheiro de queimado não é normal, mas já que tem tanta certeza, tudo bem. — Disse antes de virar minhas costas.

Olhei rapidamente por cima do ombro e vi Hacker olhar a panela correndo para ver se tinha alguma pipoca queimada. Soltei uma gargalhada alta com sua cara de tacho ao ver metade dos milhos extremamente torrados.

— Você é muito invejosa. Essa porra é culpa sua. — Ele bufou enquanto desligava o fogo. Eu gargalhava altamente com a mão pousada sobre a barriga.

— É pra você aprender a parar de ser orgulhoso e aceitar ajuda.

Ao dizer isso, me direcionei até o fogão e o empurrei pro lado, fazendo todo o processo de fazer as pipocas sozinha. Do canto da cozinha, Vinnie me olhava atentamente com os braços cruzados. Confesso que aquilo estava me dando muitos nervos.

Ao terminar, joguei todas as pipocas num balde e enchi dois copos com refrigerantes. Bati minhas mãos uma na outra e me virei pra Vinnie com um sorrisinho vitorioso.

— Não é justo. — Ele resmungou, pegando o balde de pipoca e saindo dali. Ri baixo e peguei os copos de refrigerante nas mãos, me direcionando até a sala. Vinnie já estava sentado no sofá escolhendo um filme qualquer para assistirmos na Netflix.

Me sentei ao seu lado e coloquei o balde entre nós enquanto ajudava Hacker a escolher o filme que veríamos. E por incrível que pareça, eu não estava me sentindo tão desconfortável naquele momento quando me senti todos aqueles dias. Eu e Vinnie estávamos conseguindo criar uma amizade muito boa e sei que não passaria disso.

Por fim, acabamos escolhendo um filme aleatório do Noah Centineo nos mil e um clichês que ele faz. Eu sempre gostei muito de clichês adolescentes.

Enquanto eu assistia o filme, senti a mão de Vinnie pousar sobre a minha coxa. Eu estava pronta pra dar um tapa em cheio no seu braço, mas pela primeira vez, eu resolvi deixar tudo como estava. Talvez não tivesse com nenhuma intenção. Afinal, somos amigos, certo?

Em alguns minutos que se passaram o filme, senti os dedos de Vinnie acariciarem a minha perna. De imediato senti um frio percorrer por toda a minha espinha. Merda, o que eu estava sentindo? Eu não podia. Havia prometido pra mim mesma que não deixaria mais ninguém se aproximar dessa forma de mim.

Antes que eu pudesse perceber, os lábios quentes de Vinnie percorriam uma trilha pelo meu pescoço. Umedeci meus lábios com a língua e apertei minhas unhas na palma das mãos, já sentindo a minha calcinha umedecer. Merda, merda, mil vezes merda.

— Vinnie, o que tá fazendo? — Eu disse em um fio de voz. Estava totalmente confusa.

— Para de falar, Lexie — Ele afastou um pouco seu rosto do meu pescoço para poder me olhar. Pude ver uma chama acesa naqueles fundos olhos castanhos. — Só curte.

Eu suspirei e, sem dizer mais uma palavra, apenas assenti.

Senti sua mão quente passear pela minha perna e parar em cima da minha bunda, na qual seus dedos apertaram minhas nádegas. Mordi meus lábios de uma forma nervosa enquanto sentia meu corpo se arrepiar por completo à cada toque. Eu não acreditava que estava deixando isso acontecer.

Senti Vinnie distribuir algumas mordidas e beijos pela pele do meu pescoço antes de se afastar daquela área e beijar meus lábios. Relutei mentalmente comigo mesma, mas deixei me levar ao colocar as mãos no seu rosto e o trazer mais pra mim. Senti Vinnie colocando seu corpo no meu num ato lento, o que acendeu mais ainda o fogo que já nascia entre nós. Eu podia jurar que se essa cena tivesse passado na minha cabeça há alguns dias atrás, eu não acreditaria e provavelmente estaria vomitando de nojo, mas eu cansei de lutar contra o meu desejo. Estava deixando me levar e não ligava se me arrependeria depois.

Num ato de impulso, subi em cima do colo de Hacker enquanto o beijava. Rebolei meu quadril lentamente contra o dele enquanto o envolvia em minha boca de um jeito feroz. Pude sentir um fogo aceso dentro de mim nunca sentido antes, e confesso que era bom, mas também me assustava.

— Porra, Lexie. Você é muito gostosa. — Sua voz rouca sussurrou em meu ouvido no momento em que ele deu um tapa estalado na minha bunda.

Eu estava me deixando levar, mas também, precisava pensar nas coisas que eu fazia. Ao sentir as mãos de Vinnie irem de encontro à minha blusa para tirá-la pra fora do meu corpo, desgrudei meus lábios do dele para poder encara-lo. Vinnie me olhou com um olhar intenso, mas também confuso.

— Vinnie, eu... Não me sinto pronta. — Suspiro. — Podemos não passar dos limites?

Hacker sustentou seu olhar no meu e um silêncio predominou. Parecia pensar. Por fim, ele apenas concordou com a cabeça lentamente e voltou a me beijar.

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