— Então, homem londrino, sabe quais sãos os cuidados específicos em uma plantação de lavandas? — Joe respondeu negando com sua cabeça e aproveitou para cruzar os braços, pois sentia que estava decepcionando a família de Emilly, mas pelo menos estava sendo ele.
— POIS É, JOE! VOCÊ HOMEM LONDRINO, ACHANDO QUE IRIA PASSAR UM FINAL DE SEMANA TRANQUILO COM A SENHORITA HALL... — Joe retrucou, pensamento contra pensamento, laçando ódio para a verdade nua crua que Tob enfatizou.
— O segredo é saber quando vem a primavera, pois nela nós cortamos os ramos da terceira bifurcação...
— Pelo amor de Deus, pai... O Stevens aí é um pintor, ele vai lá saber o que é bifurcação...
— Por acaso, pintor... Você sabe pintar paredes? O celeiro precisa de uns reparos... — Aparentemente pai e filho já estavam resolvidos do caso da arma no Alabamas, pois as piadas eram de alto calão e altos risos pelos dois, enquanto Abraham apenas olhava decepcionado.
"Se o Abraham me ajudar, tenho certeza que posso deixar o celeiro em perfeito estado ;)"
— Lógico que topo... — Imediatamente, Joe despertara o jovem Abraham, que era conhecido como cabeça nas nuvens.
O por do sol na fazenda dos Hall's era diferenciado, o toque quente do alaranjado, misturado com a doçura da lavanda, dos pequenos girassóis que ali também existia e de um delicioso clima que vinha de uma pequena floresta ao lado. Era exuberante, e nada comum.
Joe caminhava até a pequena casa, seu andar continuava o mesmo, passos leves e olhar baixo, mas agora aquele andar se tornava mais altivo e presunçoso, talvez pois estava completamente sem graça, como se não soubesse o que ele exatamente estava fazendo ali, só sabia que estava, grato em viver aquele momento, um pouco, claro, fora do seu habitual, e mesmo não passando um minuto com Emilly, ainda, tinha gostado daquela tela verdadeira (menos do Christopher).
Estava com a sensação que Deus o amava, pois as horas não estavam passando, aquele lugar era diferente de Londres, e olha que eram menos de 2 horas de viagem. E que bom por isso, pelo menos estava confiante de ainda ter um bom diálogo com Emilly, do jeito deles óbvio, embora preocupado, "o que iriam falar?", Joe era um falso racional, sua mente se dominava através do seu coração, e era uma das coisas na qual ele mais se preocupava.
— O que aconteceu com você? — Emilly estava com um bule de chá em mãos, quando quase deixou cair ao ver o suéter que de azul estava lilás.
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Não consigo dizer: Eu te amo!
RomanceJoe Stevens e Emilly Hall, duas pessoas distintas, com o mesmo empecilho: Não conseguem dizer eu te amo.