— Quantos refúgios vou precisar saber que você tem, Joe? — Joe levara Emilly em um pequeno monte que ficava um pouco longe da urbanização Londrina, dele dava pra se ver um verde denso em contraste com uma pequena paisagem que embelezava ambos. — Antes de pegar seu papel, Joe, eu aprendi algumas coisas em libras.
Emilly timidamente soletra em libras o nome dela e o de Joseph. Para combinar o sorriso tímido dela, Joe conclui que ela também o deixava tímido e com um "bom receio."
— "Eu vinha aqui quando menor, eu e meu pai, acho que nesse lugar que descobrir minha verdadeira paixão pela arte. Mas, eu gostaria de saber mais de você Emilly, acho que você sabe muita coisa sobre mim, principalmente sobre a arte que habita em mim, mas é mais do que necessário eu conhece-la mais do que as redes sociais mostram, ou mais do que já sei (risos)."
— Eu sou péssima para falar sobre mim, principalmente quando me acho tão sem graça, acho que não conseguiria me expressar tão poeticamente como você...
— CARA, EU ACHO QUE ELA NÃO ENTENDEU, QUE SE VOCÊ FALASSE SERIA IGUALZINHO A ELA... — Joe, faz o ato primordial de rir sozinho diante das falas do Tob, e escreve...
— "Por isso mesmo, eu quero saber a realidade sobre você, não o que você acha que eu quero que seja."
— Enfim, eu nasci numa pequena cidade, no interior mesmo, e sim cresci no ambiente rural, com pais fazendeiros, um total de quatro irmãos, todos homens. Deles somente eu me interessei, entre aspas, pelo estudo, mas na verdade acho que me pareço com eles, meu sonho é em abrir uma cafeteria própria, mas a realidade é que eu nem sei por onde começar. Para ser sincera, eu só aceitei o emprego de garçonete e larguei a faculdade, pensando em ser uma administradora da Lemon's Free, queria que pelo menos eles vissem algo em mim, mas não sabia que me depararia com a filha do dono sendo tudo, praticamente. Mas, acredito que é só isso, sou movida na verdade por isso...
— PERGUNTA A ELA A COR PREFERIDA, O GÊNERO MUSICAL, PERGUNTAS CLICHÊS EM ENCONTROS FUNCIONAM BEM...
— "Eu acredito que você vai conseguir, consigo ver em você a famosa força interior..." — Joe tira do seu bolso da frente um papel dobrado em quatro partes e entrega a Hall.
Era um esboço somente a lápis, do rosto dela. Emilly não esperava aquela demonstração de afeto, Joe parecia se esforçar muito, assustada só sabia expressar-se através de sorrisos para ele.
— Por que está fazendo isso, Joe?
— PELO AMOR DE DEUS, ELE ESTÁ NA SUA, EMILLY... SERÁ QUE SÓ EU QUE PERCEBO ISSO AQUI?
— "Eu gosto de você, Emilly, eu sei que parece loucura, mas não consigo fazer nada a não ser pensar nos pequenos momentos que passamos..." — Antes de mostrar o que escreveu Joe respira... —ENTREGA LOGO, JOE! — Decide ouvir o impulsionamento do Tob, mas para falar a verdade, ele super queria isso.
— Joe, você é incrível, e confesso que sinto algo por você também, acredite, mas eu sou a pior pessoa para relacionamentos, pense numa pessoa indecisa... —Emilly sorrir, mas percebe que o clima no rosto do Joe não estava para isso. — Eu preciso de mais tempo, mas sugiro não por expectativas, eu já namorei, além de tentar várias vezes, e foi uma decepção atrás da outra, não só pelo gênero masculino, mas por minha causa também, sabe, minhas incertezas são ativas para tudo, inclusive romances.
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Não consigo dizer: Eu te amo!
RomansaJoe Stevens e Emilly Hall, duas pessoas distintas, com o mesmo empecilho: Não conseguem dizer eu te amo.