Capítulo X

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Joe e seu garoto Luke já se encontravam em outra cafeteria, uma bem na entrada da cidade, não escolheram a Lemmon's Free para evitar qualquer tipo de comentário, já que algumas pessoas de Londres já sabiam do tal pedido de divórcio. Estavam aguardando a esposa do senhor Blaine, que por sinal estava demorando o suficiente para Luke comer as três porções de batata frita com cheddar e Joe tomar dois dos maiores copos de Affogato. Quando Joe se sentia nervoso aumentava a ingestão de açúcar, como amava café, o Affogato era a mistura mais doce com cafeína que já tomara. 


Atentos com a chegada dela, respiram de alívio ao ver a própria estacionando o carro, de imediato descendo e vindo de encontro aos dois rapazes. Joe a conhecia a anos, ele não a via daquela forma, cheia de vida a anos. 

—  OLHA SÓ PRA ESSA MULHER, SALTO, PELE CORADA, E ONDE ESTÃO AQUELES ÓCULOS? MEU DEUS DO CÉU, O OLHO DELA VIROU AZUL! — Joe sorrir orgulhoso ao vê-la entrando.  


—  Bom dia rapazes! —  Luke  e Joe se entreolham, estavam esperando uma senhora acabada e triste pela situação que passara e pela forma que descobrira, mas não, eles se deparam com olhos vívidos, roupas um tanto luxuosas para aquele horário e ambiente, como também unhas totalmente bem feitas, destacando o esmalte, que pareciam pepitas de rubi.

Joe fazia a linguagens de sinais e Luke interpretava tudo. Ele recontou toda a história e optou pela verdade, pois a verdade compra muitas coisas, inclusive confiança. Ele começou pela cafeteria, o que o esposo dela fizera com a garçonete e a reação da mesma, ele ainda continuou dizendo que não gostou do tipo que ele se mostrou naquela manhã e que ele se lembrara que sim, ele tinha relacionamento extra conjugais. A ideia de segui-lo e das fotos era somente para destacar a família na qual ele estava sempre presente sem ser a dele, o que ele não esperava foi o estopim, a ida do Senhor Blaine para encontros com garotas de programas. Ele continuou contando sobre o plano de Luke, hackear o celular dele, para ter provas mais concretas sobre isso, mesmo sabendo que era crime, era necessário. Conotu que acabou descobrindo fotos de mulheres despidas e decidimos colocar essas fotos no envelope também.


Mercedes, era assim que ela se chamava, aposentada como professora da língua inglesa, casada há quarenta anos com o aposentado oficial da marinha, mãe de três filhos, avó de apenas um. Levantou a mão em sinal de interrupção e apenas falou:


—  O que vocês querem? —  Mais uma vez ambos se entreolham, fazem uma pausa e continuam. 


Joe explica sobre a ameaça de Blaine diante a Emilly, e que ele só tiraria a ameaça se Mercedes voltasse para ele. 


— Joe, eu sei que você deseja que alguém não seja morta a suas custas, mas olhe para mim, hoje eu percebi que não preciso do Blaine, talvez eu só não quisesse enxergar isso, mas chega uma hora que cansamos de nos sentir um nada nas mãos de alguém. Relacionamentos são aprendizados, aprendizados estes que nos mostram qual as nossas limitações, essa foi a minha limitação, Blaine não sabe o conceito de família e tomara que não seja tarde demais pra ele descobrir, afinal de contas errando que se aprende, mas essa descoberta não será mais comigo! — Joe respira fundo e Luke rouba a cena. 


-Senhorita Mercedes, o que podemos fazer pra Emilly não correr esses riscos, nosso professor não está dormindo? 


—  Garotinho, as vezes não é necessário muita coisa, apenas o óbvio, DPL! (Distrito Policial de Londres). Prestem uma queixa contra o Blaine...

—  Não temos provas da ameaça. —  Mercedes segura a mão dele.


-Olha pequeno, você hackeou o celular do Blaine, por qual motivo não pode fazer isso novamente? Tente encontrar algo que fale sobre ameaça com a nossa garçonete. — Ele sorriu aliviado e decidiram que fariam isso, tentar juntar provas, enquanto isso Joe tinha em seu coração ficar sempre de olho nela, afinal de contas, poderia existir pessoas mandadas para fazer isso.

Não consigo dizer: Eu te amo!Onde histórias criam vida. Descubra agora