Eram exatamente quatro horas da manhã, Emilly só devia acordar às cinco e meia, ou cinco e quarenta e cinco como de costume, mas sua cabeça ainda estava voltada ao acontecimento da manhã passada.
"Será que ele achou que eu fui uma tarada?", "Será que ele permitia que todas fizessem isso?", esses eram os pensamentos que rondavam a sua cabeça com uma pitada a mais das falas do Henrique em relação ao Stevens, por mais que o momento fosse ótimo, as palavras do colega de trabalho rodavam sim ainda sua mente.
As mãos no rosto eram um sinal de desaprovação do que fizera, ela não podia se jogar em um romance assim do nada, ela sabia que já havia aberto o coração várias vezes e seu histórico era de desilusões amorosas, embora soubesse que o amor verdadeiro era apenas uma metáfora para lutas.
Apesar da sua desaprovação por ter tido a atitude, ela não conseguia esquecer a cena e se perguntava se ele pensava da mesma forma, ou se era normal isso acontecer para ele. Ela pegou o smartphone que já estava em cima da sua cama, mas se lembrou que nem trocaram o telefone e como não bastasse ela ter tomado a iniciativa de um beijo, não podia pedir para segui-lo no Instagram, o famoso ego ou proteção.
— Nossa, que coisa de maluco... — Emilly decide levantar e reconhece que estava fria aquela manhã, veste um casaco qualquer e se direciona até a cozinha, pois a fome falava mais alto.
O que realmente sabem sobre está apaixonado? As pessoas têm suas dúvidas, principalmente quando se funde este assunto.
Andando pelos corredores da faculdade Joe analisava os rostos dos alunos que passavam por ele e imaginava calculista se eles apenas dormiam com alguém e esqueciam no dia seguinte, ou se havia uma alma amante do futuro amor, capaz de expressar em dedicação à tal pessoa "dos sonhos."
Mas, para tristeza de alguns, Emilly não era a pessoa mais perfeita no meio de uma multidão de possibilidades, mas até que enfim ele sentia algo completamente diferente depois de muito tempo. Enquanto caminhava até a saída, começou a pensar nos livros clichês românticos, tudo fazia sentido, até mesmo os platônicos, ou qualquer um que o apresentasse, e mesmo diante aos cruéis pensamentos ,ele prometera não dar bola, afinal de contas Hall era a junção de todas as cores, foi isso que sentira naquele momento e era impossível retirar aquilo da mente.
— Professor, o senhor está com um semblante diferente! — Joe apenas sorriu sorrateiro e sentiu um vento ameaçador quando saiu da Universidade, que balançou seus cabelos e destacou a câimbra que sentia no maxilar, por culpa dela.
—ELA BEIJA MUITO BEM! — A empolgação de Tob foi cortada quando o celular de Joe tocara, Anelise Stevens, sua mãe.
—Joe? Então, me encontre no Italian agora, não precisa ir almoçar em casa, estarei lhe esperando.
—VOCÊ NEM PODE DIZER NÃO, VOCÊ É MUDO! — Apesar do Tob está certo, era necessariamente estranho sua mãe chamá-lo para almoçar, como era deveras curioso ele entrou rapidamente em seu carro a caminho do Italian, seu restaurante preferido, somente porquê a cafeteria era só uma cafeteria.
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Não consigo dizer: Eu te amo!
RomanceJoe Stevens e Emilly Hall, duas pessoas distintas, com o mesmo empecilho: Não conseguem dizer eu te amo.