Joseph Stevens se esforçava muito para o ritual do almoço em família continuar, desde pequeno todos almoçavam juntos à mesa, mas a tradição virara um tremendo delay, sua mãe, era a típica viciada no celular, o que lhe restava mesmo era o Tob, fazendo-lhe companhia e alguns dos empregados que passavam toda hora ali, o que era totalmente desnecessário pois ali só habitava duas pessoas.
Enquanto se deliciava do seu prato preferido: Shepherd's Pie, uma espécie de torta com carne moída de cordeiro, sua mãe falava das calorias que no prato continha, pois sua vida era resumida em nunca atingir a velhice, embora estava atingindo-a de certa forma, embora nunca deixava de querer parecer mais nova. Seu prato só continha folhas e tomates banhadas com o famoso azeite inglês.— NÃO SEI COMO ESSA MULHER CONSEGUE SÓ COMER ISSO, TÁ NA CARA QUE ELA QUER A SUA TORTA, JOE!
A campainha soa ecoando no "castelo", Anelise Stevens e Joe se entreolham, quem poderia ser numa quinta feira, exatamente na hora do almoço? Peculiar.
Um dos empregados vai até a porta e de imediato volta:
— Joe, tem um senhor querendo lhe ver lá fora! — Era bem difícil a ida de visitas na casa desde o falecimento do patriarca, Joseph estava chateado, pois estava bem na hora do seu Shepherd's. Pelo menos conseguira a atenção de sua mãe, com um rosto interrogativo.
A olhar pelo vidro da porta já imaginava o problema que o aguardara: Senhor Blaine.
Uma semana atrás...
— QUEM QUER SER PSICOPATA DE ALGUÉM? —Tob deu uma ideia genial a Joseph, que fingia esta corrigindo algumas provas, mas na verdade tinha um plano, um plano que ia de encontro com seus princípios, mas como ninguém ouvira a jovem garçonete, ele sabia dos seus sentidos. Bom, ele já havia pagado o gesto obsceno que ela remeteu a ele e agora só faltava pagar o quase acidente que causara a ela.
Necessitou de apenas dois dias para investigar o Senhor Blaine, contou com a ajuda do Luke, um jovem garoto, muito inteligente da academia de artes, seu aluno gênio e brilhante, conhecido por poucos como: pequeno detetive.
— Então professor, como vamos fazer? Chegou o grande dia e por mais que tenha inúmeras ideias eu confesso que tenho medo. — Joe falava em libras para Luke, que ele não podia aparecer por ser muito conhecido pela família do Blaine, que precisava mais do que nunca dele.No mesmo momento ele lhe entregara um boné amarelo, comprado em um site chinês e um par de óculos escuros. A missão já iria começar.
O pequeno detetive tinha que fazer a vontade do seu professor predileto, afinal de contas imaginava contar suas histórias para sua futura geração e quem sabe iluminar os olhos de um grande amor, pois assim como o Joe, ele se achava a pior pessoa para um encontro com mulheres.
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Não consigo dizer: Eu te amo!
RomanceJoe Stevens e Emilly Hall, duas pessoas distintas, com o mesmo empecilho: Não conseguem dizer eu te amo.