Capítulo XXIV

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Um dia me perguntaram: "Qual o sabor do amor?" Andei refletindo durante exatamente uma semana e cheguei a uma conclusão: O sabor do amor é diverso. Um é doce, outro amargo e outro insípido. Na verdade, isso vai depender muito mais do que você passou e de como lidou com isso. 

Um dia o amor pode virar algo amargo, ou quem sabe um dia o amor amargo pode virar doce, ou o amor insípido (nunca sentido), se fundirá em alguns dos gostos acima. 


"Será que as pessoas estão prontas para encarar as realidades trazidas pelo amor? Não, esse livro não trará essas respostas, apenas será duas vidas enfatizadas, com rumos diferentes, gostos diferentes, classes diferentes, ambições diferentes. "Lembra deste trecho, do primeiro parágrafo, das apresentações? Pois é, às vezes esperamos respostas sobre o amor, pegamos um livro, uma série, um música, para lembrarmos da pessoa que amamos, mas não fazemos nada, só queremos viver de lembranças, ou quem sabe namorar nosso ego e passado.


Por isso esse livro, não evidencia as respostas, mas sim o desenrolar de Joe e Emilly, apenas uma entrelinha de um vasto universo, onde estrelas se amam, ou tentam se amar.


Foi necessário um encontro... Uma dança ridícula, pra confirmar (principalmente no coração de Emilly), que ela estava apaixonada, já Joe, já tinha a certeza, a forma a qual ele se apaixonara foi além das ficções, por ser um amante observador, desenhou os traços de Emi em sua cabeça, e tinha a certeza que nunca iria apagar, pois fazia questão de redesenha-los em qualquer lugar que estivesse.


O sol estava alegre e perfeito, depois de dá adeus a sua amada (a lua), retornou na gélida amanhã. Seus raios descobriram, Emilly e Joe, sob uma manta, enrolados por um fino lençol alaranjado, onde em pequenos movimentos despertavam uníssonos. 


 Foi o melhor Bom dia que Joe recebera, na sua cabeça, Tob já estava ao som de Sunny, enquanto o espreguiçar inundava as almas presentes. 


Emilly, era uma garota extremamente sem jeito, mas aquele "defeito" desaparecera, quando resolveu encostar perto de Stevens e deitar em seu ombro. O suspiro de satisfação, deixando de lado a inquietação que sentia, agora só conseguia sentir paz, depois de uma lista de caras, parecia que Joe não precisava fazer mais nenhum esforço.


Um beijo não era mais um beijo, um carinho não era mais um carinho, um momento não era mais um momento. É quando você deixa de escutar, mas ouve, deixa de ver, mas observa. Os sentimentos eram claros, assim como o pequeno riacho que cortava a floresta de bétulas. 


De braços dados, voltavam em passos leves, afinal de contas eram adultos, só restava uma pequena parte do domingo para o retorno à Londres, mas se sentiam adolescentes, não eles não lembravam  disso.


E o sol declamava: 

"Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando."

                                                                                            Pablo Neruda

Não consigo dizer: Eu te amo!Onde histórias criam vida. Descubra agora