Capítulo 6

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Priscila: Eu já falei que isso não foi culpa minha! – disse, abaixando o tom.

Silvio: Não é culpa sua? – a olhou, chocado. – Simplesmente vai passear com a criança e volta sem ela, como se fosse a coisa mais natural do mundo!

Priscila: Ela foi roubada! – enfatizou. – Do que adiantaria procurar?

Silvio: Adiantaria tudo! – indagou, sem acreditar que a esposa fosse tão indiferente ao desaparecimento da filha caçula há vários anos atrás. – Ela era nossa caçulinha, minha Any Gabrielly! – dizia com os olhos brilhando de emoção ao lembrar-se da filha. – Minha filha! – apontou para si mesmo.

Priscila: Era minha também! – fechou os olhos. – Onde estão os seus detetives? Não disseram que a trariam de volta se estivesse viva? – indagou. – Silvio, são dezoito anos, não são dezoito dias! – abriu os olhos. – Ela está morta! – disse engolindo o seco.

Silvio: Você se alegra com essa possibilidade não é? – ergueu a sobrancelha. – Você a rejeitava e eu nunca entendi por que. – suspirou pesadamente, lembrando-se de como a mulher era indiferente ao pequeno bebê. – Não sei por que você agia assim, se ela era perfeita, era o bebê mais lindo que eu já vi!

Priscila: Já chega Silvio! – tapou os ouvidos. – Eu não a rejeitava, não a rejeitava! – repetia.

Silvio: Quer saber Priscila? – se levantou. – Eu vou dormir no quarto de hospedes outra vez! – sai, batendo a porta com força.

Priscila: Droga! – bufou fechando os olhos. Aquele assunto sempre gerava brigas.


¨¨¨¨

No dia seguinte, Any acorda e vê Joshua se arrumando, sorriu sonolenta, com certa preguiça de levantar daquela cama tão gostosa.

Josh: Bom dia, linda! – sorriu de lado, indo até ela. – Desculpa, eu não queria te acordar. – dando um selinho nela.

Any: Bom dia. – bocejou. – Você não me acordou, eu acordei sozinha Josh. – riu.

Josh: Olha meu amor. – disse enquanto dava um nó na gravata. – Eu estou indo para a empresa trabalhar, você quer vir comigo? – perguntou e viu Any ficar séria. – Não tem nenhum problema se você quiser vir, ninguém vai te machucar. – garantiu.

Any: Promete? – receosa.

Josh: Eu prometo minha linda. – sorriu, dando um beijo na testa dela. – Ninguém vai te fazer nenhum mal enquanto eu estiver por perto. – pincelou o nariz dela. – Vem, veste alguma roupa que a Joalin te trouxe. – a ajudando a levantar. – Se arruma, que eu estou te esperando na cozinha, certo?

Any: Sim. – assentiu, tirando a blusinha de baby-doll e descobrindo os seios.

Josh: Meu amor. – fechou os olhos, tentando se controlar. – Assim, eu não aguento... – com a expressão chorosa. – Eu não vou aguentar até o seu sangue ceder não. – mordeu o lábio, analisando aquelas duas tentações.

Any: Será que vai demorar Josh? – perguntou confusa.

Josh: Demorar o que? – ergueu a sobrancelha. – A ceder o seu sangue? – ela assentiu. – Não meu amor, é rapidinho. – piscou.

Any: A sua demora? – o olhou curiosa.

Josh: A minha? – franziu a testa, sem entender.

Any: Sim, a sua menstruação demora a ceder? – soltou e ele quase se engasga com a própria saliva.

Josh: Os homens não menstruam! – disse de maneira pausada. – Ouviu? Homens e menstruação, não rola!

Any: Por quê? – fechou a cara.

Uma Sereia Em Minha Vida || BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora