Capítulo 49

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Quando Lurdes a viu passando correndo em direção à porta, pegou o telefone e ligou para Joshua, realmente as coisas não estavam nada bens.

Lurdes: Alô, Josh? – balançando Clara, que chupava a mãozinha.

Josh: Oi tia, aconteceu algo? – franziu a testa, afinal era extremamente raro ela ligar para o seu trabalho.

Lurdes: Aconteceu uma coisa muito estranha. – suspirou preocupada. – Agora pouco a mãe da Any chegou aqui e elas estavam conversando dentro do quartinho da Clara, daí a Any ficou muito nervosa, começou a gritar e a mãe dela acabou de sair daqui chorando, está tudo muito estranho.

Josh: Estou indo para casa. – desliga.

¨¨¨¨

Any estava trancada no quarto da filha, chorando dolorosamente agarrada a uma bonequinha de pano.

Any: Porque mamãe? – soluçando, encolhida no cantinho do quarto. Estava se sentindo sozinha outra vez. – Por que me odeia tanto? – se perguntava, abraçando a bonequinha como se aquilo pudesse extravasar a sua tristeza.


Sua mãe estava se sentindo da mesma forma, sentia como se um pedaço estivesse faltando, nunca pensou que receber o desprezo de um filho pudesse doer tanto, mas quem dá recebe, um dia ela deu desprezo a Any, hoje é sua vez de receber.

Priscila: É Priscila, isso já era de se esperar. – enxugando as lágrimas. – Agora você perdeu seu marido, perdeu sua filha caçula e ainda tem a maluca da Maria Gabriella que está desaparecida. – fechou os olhos. – Ah meu Deus, por que isso tem que acontecer justo comigo? – com a mão na cabeça, num ato desesperado. – Minha vida está acabada! – o sinal abre e ela segue rumo a sua casa, com o coração apertado.

¨¨¨¨

Assim que chegou em casa, Joshua encontrou Lurdes com Clara no colo, a mulher andava de um lado para outro, aparentemente preocupada.

Josh: Tia, onde está a Any? – perguntou também preocupado.

Lurdes: Está trancada no quarto da pequenininha. – apontou. – Ela não quer sair de jeito nenhum. – balançou Clara de leve no colo. – Vai lá. – pediu.

Joshua se dirigiu até o quarto da bebê e tentou abrir a porta, mas era impossível, pois estava trancada.

Josh: Any, abre a porta! – batendo insistentemente na porta. – Meu amor, abre pra mim.

Any: Eu quero ficar sozinha! – soluçando.

Josh: Meu amor, sou eu. – mordeu o lábio. – Abre pra mim meu bem, vamos conversar. 

Any se levantou e abriu a porta, precisava de Josh.

Any: Josh me ajuda. – pediu o abraçando, seu choro estava doloroso, coisa que deixou o noivo agoniado.

Josh: Any, o que aconteceu? – tocou os cabelos dela. – O que a sua mãe fez, que te deixou assim tão mal? – beijando sua cabeça.

Any: Eu não quero falar disso. – negava com a cabeça.

Josh: Tudo bem. – assentiu compreensivo. – Mas você sabe que pode me falar. – a soltando e limpando uma lagrima dela. – Ei, para com isso princesa. – lhe deu um selinho. – Me dói muito te ver chorando.

Any: Dói igual quando a Clarinha nasceu? – franziu a testa com os olhinhos vermelhos, estava traumatizada, tadinha.

Josh: Isso, mas dessa vez a dor é no coração. – pôs a mão no coração e ela fungou.

Uma Sereia Em Minha Vida || BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora