IMAGINE || Chrysanthemum Denil

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|| Gênero: angst, fluff, inspirado na série Wandavision, spoilers de Wandavision, spoilers do episódio final de Desconjuração

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|| Gênero: angst, fluff, inspirado na série Wandavision, spoilers de Wandavision, spoilers do episódio final de Desconjuração

Prompt: [Nome] só queria viver um "felizes para sempre" com seu grande amor, Cesar Cohen, e se a vida real não pode lhe conceder esse desejo, ela mesma faria sua própria realidade.

Uso de pronomes femininos

Xx_LittleGhost_xX espero que goste do capítulo. ||











[Nome] e Cesar Cohen eram um casal absolutamente comum, exceto pelo fato de que ela era uma ocultista e ele tinha metade do rosto queimado.

A casa comprada pelos recém casados ficava em Acácia, uma simpática cidade no interior de São Paulo, perfeita para crianças, idosos e com um índice de criminalidade quase nula - tudo que dois agentes da Ordo Realitas poderiam querer após árduas batalhas contra o outro lado.

Para os moradores daquele local, Cesar era um honorável soldado que acabou se machucando em campo de batalha e teve que se aposentar, enquanto que sua esposa, a adorável e simpática senhora Cohen, era uma dona de casa dedicada que cuidava de seu lar com maestria, delicadeza e perfeição. Nenhum cidadão em sã consciência imaginaria as barbaridades que o casal viveu, o banho de sangue interminável, as decisões dolorosas que tiveram que tomar para salvarem a si mesmos ou seus companheiros ou até mesmo cogitariam a existência de criaturas e seres aterrorizantes que se escondiam nas sombras.

Mas isso não importava naquele momento, pois era hora do jantar e o chefe de Kaiser, juntamente com sua esposa, viriam jantar. [Nome] contou com a ajuda de um simples ritual e sua vizinha xereta para preparar a comida deliciosa que se estendia pela mesa: frango assado, arroz, feijão normal e feijão tropeiro, farofa, salada de batatas e suco de laranja natural. A decoração que adornava a madeira escura da sala de jantar era de alta classe, contando com a toalha de mesa e guardanapos bordados a mão, taças de cristais e a prataria e porcelana brilhando sob as luzes do lustre de vidro.

A ocultista se arrumou elegantemente para o primeiro evento que teria em sua casa nova. O vestido escolhido era de um tom azul claro com mangas que cobriam seus ombros, a saia rodada e cheia - graças a anágua - chegava até abaixo do joelho contando com um cinto preto para enfeitar sua cintura. [Nome] optou pelo uso de joias, o colar de pérolas e os brincos de diamantes dados por Cesar foram os escolhidos para aquela noite especial. Os sapatos altos que a mulher usavam eram brancos e de estatura média, simples, mas bonitos.

Tudo perfeito, ela se certificou enquanto passava da cozinha para a sala de jantar para ver a mesa mais uma vez e surpreendendo-se ao ver Kaiser sentado no sofá usando um terno elegantíssimo.

- Uau. - o casal soltou ao mesmo tempo ao se verem, ambos sorrindo como bobos.

- Você tá... linda!

A mulher continuou a sorrir enquanto abaixava a cabeça e alisava o tecido macio azulado de sua saia, claramente tímida pelo elogio sincero de seu marido. Ela tinha que se acostumar com isso.

- Obrigada, querido. Você também está lindo.

- Ou o quão bonito pode se estar com metade da cara queimada.

- Ei - [Nome] se sentou ao lado dele e segurou seu rosto delicadamente com ambas as mãos - Você está lindo e você é lindo. Sem depreciações.

O homem abriu um pequeno sorriso, suas próprias mãos cobrindo as de sua esposa e acariciando-as com o dedão. A ocultista pode observar e admirar mais de perto os olhos de Cesar, a cor violeta hipnotizando suas próprias orbes. Eles não foram sempre assim, lembrou-se. Quando mudaram? Por quê mudaram? O sorriso dela se desmanchou aos poucos, as lembranças atigindo-a como facas afiadas em seu peito.

Ah, sim.

Foi por causa daquilo.

- Querida? - ele a tirou das divagações - Tudo bem?

Sim, tudo estava bem, afinal o homem da sua vida estava com ela e nenhum dos dois precisava se preocupar em sobreviver à missões, agora eles poderiam viver juntos. Sim, juntos finalmente.

- Claro que sim. - [Nome] sorriu - Afinal estou com você.

Kaiser também voltou a sorrir, um pouco mais tranquilo depois da resposta de sua esposa.

O chiado alto que veio do rádio vermelho perto da janela chamou a atenção do casal, mas logo foi cessado e substituído por uma música familiar e lenta. O homem não sabia o nome, mas definitivamente a ouviu em algum filme. A ocultista não perdeu tempo, levantou do sofá e puxou seu marido consigo até um lugar na sala com um espaço maior, onde posicionou suas mãos nos ombros do Cohen e as dele em sua cintura.

- Eu não sei dançar. - ele se apressou em dizer.

- Não tem problema, eu te ensino. É bem simples: suas mãos ficam na minha cintura, as minhas no seu ombro e a gente balança de um lado para o outro bem devagar.

Inicialmente Kaiser se sentiu perdido, nervoso e ansioso, tinha medo de pisar sem querer nos pés de sua esposa. Ele queria ter aquela primeira dança com ela, em sua primeira casa e no seu primeiro dia como casado. Espera, aquele era o primeiro dia? Quando se casaram? Como foi a cerimônia? Ele não se lembrava e mesmo assim o anel de ouro pesava em seu dedo.

Não demorou muito para que eles encontrassem um ritmo e dançassem conforme a música. [Nome] encostou a cabeça no peito de seu marido, sua audição sendo dividida entre as batidas calmas do coração de Cesar e a voz melancólica de Harry James.

A mulher se sentia completa. Tinha sua casa e a vida simples e pacata que sempre almejou com o hacker, onde o maior problema deles seria deixar a janela aberta em um dia de chuva ou o sinal ruim de televisão. Poderiam ter seus filhos correndo pelo quintal florido enquanto brincam entre si. Não havia mais Ordem em suas rotinas, não havia senhor Veríssimo, Gal ou Kian para os impedir de ficarem juntos.

Quem ligava se aquela não era a realidade de [Nome] e sim uma criada mesma? E daí que as pessoas que residiam em Acácia, a cidade fictícia, eram cidadãos comuns que foram sequestrados e tinham suas mentes sob lavagem cerebral para atuar nesse teatro doentio da ocultista? Quem ligava se o verdadeiro Cesar Cohen estava morto, engolido pelas sombras e pela escuridão em sua batalha contra Kian? E daí que todos os agentes da Ordem que tentaram parar aquela mulher encontravam-se gravemente feridos? Ela estava feliz em sua falsa realidade enquanto seus braços rodeavam a memória do que um dia já foi o amor de sua vida.









































Oi oi, meus amores. Como você estão? Espero que bem.

Bom, mais um pedido entregue e devo dizer que foi estranhamente fluída a escrita dele. Eu gostei bastante de escrever ele.

Espero que tenham gostado do capítulo e caso tenham peço que comentem e votem nele porque me anima a continuar escrevendo.

Beijos e até a próxima.

A Ordem Paranormal - ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora