IMAGINE (SSSRAG) || Can't Be Erased

3.1K 72 9
                                    

|| Gênero: horror profano, angst, AU

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

|| Gênero: horror profano, angst, AU.

Prompt: "Ao homem que um dia amei intensamente ao ponto de querer arranca-lo dos braços da morte e à criatura que criei para traze-lo de volta, vos dedico esta carta"

Tags: inspirado em "Frankenstein", de Mary Shelley; horror sugestionado; menções a violações de túmulo; descrição detalhada de gore; narrativa contada em carta; o Dante/Gaspar é mencionado; amor não correspondido; suicídio sugestionado; menções à Céu, Inferno e Purgatório; não há menções à uma época especifica da carta, mas [Nome] usa uma linguagem mais rebuscada.

Não há o uso de pronomes para se referir ao leitor. ||





















Talvez o meu erro tenha sido achar que um dia eu o traria de volta de seu leito de morte. Talvez o meu erro tenha sido pensar e achar que, de fato, poderia criar vida através da morte, mas acho que meu maior erro tenha sido agir como Deus, erguendo cadáveres por meus desejos egoístas. No entanto, a punição divina não falha. Ele me condenou ao Inferno em vida enquanto minha Criatura continuar a procurar-me.

O luto proporciona sentimentos e pensamentos inimagináveis ao ser humano, provocando reações singulares de cada um que o prova. Eu, por minha vez, deixei com que ele, a melancolia e a tristeza me absorvessem, tornando-me, assim, um vislumbre antigo e longínquo da pessoa que um dia fui. Não mais [Nome], mas uma simples casca vazia.

De mim, me foi arrancada uma grande parte desse coração maldito, gélido e sem compaixão que ainda bate incessantemente: Gaspar. Meu querido amigo e único amor.

Deixe-me contar um pouco sobre ele - sobre nós. O conheci quando ainda éramos crianças, ele sendo um pouco mais velho do que eu. Sendo órfão, Gaspar morava no orfanato logo ao fim da rua e durante alguns períodos específicos da manhã e da tarde costumava - normalmente acompanhado de Lilian, ou melhor, Beatrice - sair para brincar no parquinho que havia ali por perto. Como costumava ser uma criança muito tímida, não falei com nenhum dos dois inicialmente - embora sempre o observasse com certa curiosidade -. Foi minha cara Bea quem nos aproximou, com seu sorriso gentil e oferecendo-me flores todos os dias sem importar-se de ser uma pessoa desconhecida. A partir de então, viramos amigos - embora Beatrice tenha sido adotada um ano depois e levada do Orfanato, mantivemos contato.

Gaspar sempre foi gentil, ouvinte e companheiro e foi somente quando completei por volta dos meus 20 anos que percebi que não o olhava com os olhos amigáveis que deveria. Eu não o queria mais somente como um amigo, eu o desejava. Queria o possuir e que ele me possuísse, mas Gaspar nunca me olhou com olhos maliciosos - acho que, para o meu caro amigo, nunca fui um objeto de desejo -. Para minha desilusão, ele se casou alguns meses depois. Não me interessei em saber muito sobre ela, mas seu nome era Jasmim e ela o amava profundamente, assim como ele a amava de corpo e alma.

A Ordem Paranormal - ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora