𝗙𝗿𝗼𝗺 𝗛𝗮𝘁𝗲 𝗧𝗼 𝗟𝗼𝘃𝗲

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𝙹𝚘𝚜𝚑

- QUE PORRA É ESSA? - O Carlos grita da porta não sabendo se olha pra Savannah ou pra mim.

- Carlos o que você tá fazendo.. - E ele é grosso e corta ela.

- Que porra é essa Savannah?

- Eu só estou ajudando ele, só isso - Ela diz calma mas eu sei que não está nem um pouco calma por dentro, me mexo um pouco no sofá e ele me encara irritado, eu viro o rosto e abro um sorriso.

- Tá rindo é palhaço? Vai achar engraçado quando eu te encher de porrada também? - E o cara tá dentro da minha casa e ainda quer vir me ameaçar.

- Eu só não te bati ainda porque estou com o tornozelo ferrado mas se aumentar o tom de voz com ela mais uma vez o meu tornozelo não vai ser problema nenhum pra eu te bater - Falo mais sério vendo que a Savannah suspira e vai até o Carlos.

- Porque você não me espera lá fora aí a gente conversa e vamos almoçar, que tal? - Ela diz com a voz mansa e eu fico imaginando mil e uma formas de como bater nele mesmo machucado.

- Eu não vou esperar lá fora coisa nenhuma

- Carlos, por favor.. eu só preciso falar com o Josh só mais um segundo e já estou indo com você, agora por favor, espera lá fora - E ele apenas me encara com sangue nos olhos e se vira sem fechar a porta quando saí, me viro pra ela e vejo que está absorta no mundo dela.

- Tudo bem?

- Sim, ah, eu acho que você já pode se virar sozinho até alguém chegar, chama o Noah ou o Lamar pra vir aqui se precisar de ajuda e mais uma vez me desculpa - Ela diz baixo.

- Sav, fala comigo, tudo bem? - Ela fica me encarando acho que pensando se deve ou não me falar mas no fim sua máscara sobe e ela balança a cabeça.

- Eu preciso ir mesmo Josh, tenha um bom dia - E ela saí sem mais nem menos, fechando a porta e me deixando sozinho.

Ver o Carlos gritando daquele jeito com ela me deixou puto, mas ver que ela não retrucou me deixou pior, ela sempre foi de responder, nunca abaixou a cabeça ou deu explicações para ninguém, eu conheço a Savannah e sei que ela não é assim, me pergunto se é a primeira vez que ele grita com ela ou se já teve outras vezes pra isso acontecer.

Eu fico pensando tanto que só percebo que se passou duas horas quando meu telefone toca e vejo o nome do Lamar na tela, pego o aparelho e abro na caixa de notificações, tem vinte e cinco do Lamar e cinquenta e duas do Noah, abro na do Lamar e logo dou um jeito de levantar mesmo mancando chamando um Uber.

🍁

- O Bailey tá em que hospital? - Pergunto quando chego na casa do Lamar vendo ele na porta e o Noah do lado dele com a chave do carro na mão enquanto fala no telefone.

- O Noah que sabe, vai levar a gente assim que terminar de falar no telefone - E eu percebo que nunca vi de fato o Lamar desesperado, mas ele está com medo, não julgo, o Bailey é como um irmão pro Lamar, eles dois são como eu e o Noah.

- Entrem no carro, vamos logo - O Noah fala, dou a volta no carro e entro.

- Tá mancando por que? - O Lamar observa.

- Tive um problema mais cedo, vai Noah - Digo começando a ficar preocupado
- Sabem se foi muito grave?

- A gente só sabe que ele foi atropelado - Ele diz e eu nego.

- Não acredito, se o Bailey não estiver bem eu juro que mato ele - Falo baixo mas o Lamar escuta.

- Relaxa cara, tudo que rolou entre vocês está anulado enquanto um de nós estiver doente, relaxa que ele tá bem.. se Deus quiser - Ele fala e eu concordo, mesmo nervoso tento aparentar calma, minha tela liga e vejo que é a minha mãe ligando.