˚₊· ͟͟͞͞➳ ━ 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐅𝐓𝐘-𝐅𝐈𝐕𝐄 ✔︎

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Bárbara analisava através da janela do trailer como Carolina estava há quase uma hora deitada entre o matagal, admirando o céu. Ela só pôde identificar pois ela havia deitado com as pernas para fora.

Bárbara não queria ir até lá, afinal Carolina queria ficar sozinha, mas a maior sentia que parte de sua vida era sugada a cada segundo que estavam naquele clima ruim, então ela decidiu que iria até lá sim e, caso Carolina não quisesse falar com ela, então ela esperaria.

Abriu a porta do trailer e caminhou até ela, parando em sua frente com uma expressão triste em seu rosto.

── Posso falar rapidinho com você? ─ Bárbara perguntou e Carolina a fitou. ─ Eu vou ser rápida e prometo ir embora assim que eu falar.

── Como assim ir embora? ─ Carolina perguntou rapidamente.

── Para o trailer. ─ Bárbara esclareceu e Carolina suspirou aliviada.

── O que foi? ─ Carolina indagou se sentando e Bárbara se jogou ao lado dela, empurrando matos compridos com o corpo ao se sentar.

── Preciso que acredite que eu não fiz de propósito. Eu sei que você não quer filhos agora, mas preciso que saiba que se você estiver grávida, nem que eu trabalhe dias seguidos, você vai ter uma gravidez segura.

── Não é que eu não queira um filho agora. ─ Carolina disse e Bárbara segurou sua mão.

── Nos tempos antigos seria estranho ter filho com tão pouco tempo estando juntas. ─ Bárbara disse e Carolina mordeu seu lábio inferior. ─ Você quer se certificar de que dará certo, não é? O transplante de cromossomo.

── Em um mês vai ser a primeira tentativa. E se der errado e eu estiver grávida? Não vou ter tempo de trabalhar tanto com uma criança.

── Suas amigas nos ajudarão nisso e, bem, eu vou estar lá. Não é como se você estivesse sozinha nisso. ─ Bárbara disse e Carolina encostou sua cabeça no ombro da maior. ─ Mas pense por outro lado, talvez você não esteja grávida. Sua menstruação acabou antes de ontem, os óvulos estão apenas amadurecendo ainda. Temos mais chances do que se estivesse no período fértil.

── Mas mesmo assim, a gente transou muito. Conheço a porcentagem de chance de estar grávida. ─ Carolina disse e Bárbara a olhou.

── Desculpe. ─ Carolina negou com a cabeça.

── Eu que peço desculpas, não deveria ter falado daquele jeito com você. ─ Carolina disse e Bárbara passou um braço pela cintura da menor. ─ E se tivermos um bebê ele será bem-vindo.

── E se estiver, bem, faltarão só quatorze. ─ Carolina riu e se aconchegou nos braços de Bárbara.

── Não teremos quinze filhos, esqueça esse sonho. ─ Carolina disse e Bárbara riu.

── Está bem. ─ Bárbara disse sorrindo.

── E se eu estiver grávida, o vírus voltar e nosso bebê for menino? ─ Carolina perguntou baixinho, deixando sua respiração tocar o pescoço de Bárbara. ─ Da outra vez morreram mesmo na barriga das grávidas, Bárbara.

── Não vai acontecer. O babaca do Reid morreu. Não teremos outra catástrofe dessas.

── Eu tenho medo. ─ Carolina confessou e Bárbara a abraçou mais forte. ─ Se essa merda voltar pode me tirar você.

── Eu não vou a lugar nenhum. ─ Bárbara disse acariciando as costas de Carolina.

── Obrigada. ─ Carolina sussurrou, sentindo um beijo em sua testa antes do silêncio se instaurar.

𝐎 𝐔́𝐋𝐓𝐈𝐌𝐎 𝐏𝐄̂𝐍𝐈𝐒 || 𝕭𝖆𝖇𝖎𝖙𝖆𝖓 - 𝘽𝙖𝙧𝙤𝙡𝙞𝙣𝙖 Onde histórias criam vida. Descubra agora