Bárbara mantinha os olhos no par de coxas que Carolina tinha exposto sobre o sofá. Ambas conversavam naquele fim de tarde, contudo era difícil não olhar quando a garota em sua frente era extremamente simpática e gostosa.
Bem gostosa.
— Seria tão mais fácil se tivéssemos um pênis. — Carolina reclamou e automaticamente Bárbara apertou mais a almofada contra seu colo.
— Vocês usariam como rato de laboratório a pobre pessoa. — Bárbara disse. — Minha mãe me dizia isso.
— Não seria bem assim. — Carolina se defendeu. — Precisamos procriar. Talvez pediríamos para ele nos doar seu sêmen, para tentar recriar o cromossomo Y mudando a genética, assim não seria filho dele.
— E implantaria no útero de todas as mulheres? — Bárbara indagou e Carolina riu.
— Bem, as que quisessem ter filhos.
— Você quer? — Bárbara perguntou por impulso.
— Na verdade, sim. Só não agora. — Carolina explicou.
— Mas minha mãe disse que vocês prenderiam a pessoa que tivesse pênis. — Bárbara arriscou continuar o assunto.
— Somente por proteção enquanto realizássemos os exames de sangue. Não seria nem três horas isso. — Carolina explicou. — Sua mãe tinha um péssimo conceito de nós.
— Talvez ela tenha visto todos morrerem. — Bárbara disse com frieza.
— Ela não foi a única. Todas perdemos alguém. — Carolina disse com veemência. Bárbara queria contar a Carolina que talvez poderia servir de grande ajuda, porém seu medo ainda falava mais alto. Foram anos fugindo, anos ouvindo sua mãe dizer para não contar a ninguém que tinha um pênis.
Ela sequer conseguia decifrar o porquê de não ter sido atingida. Se era um vírus do ar que atingia o cromossomo Y, por que ela ainda estaria viva? Sendo que o ar ainda estava, possivelmente, contaminado.
Por ser intersexual? Impossível, afinal ela não era a única mulher intersexual do mundo.
— Você ficava com homens antes disso acontecer? — Bárbara perguntou e Carolina negou.
— Eu era muito nova. — Carolina explicou rindo. — Tive as paixonites na escola, aquelas da infância, sabe? — Disse. — Mas, apesar de o brinquedinho deles ser bastante atrativo, pelo menos nos vídeos, eu nunca vi graça em homem. São... não sei explicar. Parece que não têm sabor. Totalmente sem sal ou açúcar, sabe?
— Entendo. — Bárbara disse, comemorando internamente a parte onde Carolina disse que o brinquedinho deles era bastante atrativo.
— E você? — Carolina perguntou, causando um constrangimento terrível em Bárbara.
— Sempre gostei só de mulheres. — Disse baixo, baseando-se no que seus olhos viam, afinal ela nunca havia se relacionado com ninguém. Quando tudo aconteceu ela tinha apenas doze anos, e agora com vinte e cinco ainda era virgem.
Já havia dado alguns beijos em algumas garotas ao longo dos anos, mas sempre fugia, afinal não poderia avançar na relação; não poderia revelar que era intersexual.
— Bianca foi comprar algumas cervejas na cidade. Você bebe?
— Nunca bebi. — Bárbara revelou e Carolina a olhou boquiaberta.
— Pois bem, hoje será sua primeira vez. — Bárbara sorriu, porém inevitavelmente maliciou a frase.
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🎭 - Espero que todos tenham gostado, capítulo dessa adaptação que vai ser incrível, lembrando que os créditos é todos para autora.
🎭 - Até logo, seus gatos e gatas.
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𝐎 𝐔́𝐋𝐓𝐈𝐌𝐎 𝐏𝐄̂𝐍𝐈𝐒 || 𝕭𝖆𝖇𝖎𝖙𝖆𝖓 - 𝘽𝙖𝙧𝙤𝙡𝙞𝙣𝙖
Hayran Kurgu☦︎ᬉ͜͡🥀 ─ 𝐎 𝐔𝐥𝐭𝐢𝐦𝐨 𝐏𝐞𝐧𝐢𝐬 | 𝗖𝗼𝗻𝗰𝗹𝘂𝗶́𝗱𝗮! Quando, por algum motivo misterioso, todos os homens são infectados por um vírus fatal, só se resta mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram ficaram definhando, o que levou as m...