• Capítulo 5 •

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#ImprevisivelCHAELISA

LISA POV'S

Eu estava no banheiro do meu quarto nesse momento, minha mãe está junto com Chaeyoung provavelmente limpando a bagunça que a idiota fez. Ela vai ter o que merece, vingança é um prato que se come frio. Tirei minhas peças de roupa até ficar completamente nua e entrei no chuveiro.

O vapor da água quente ia tomando conta do banheiro inteiro, a água descia conta o pelo meu cabelo e em seguida o meu corpo, me fazendo relaxar e me mantendo levemente calma.

Ouvi um barulho estanho vindo do meu quarto e estranhei, pois ele estava trancado. Apenas ignorei voltando a me concentrar no meu banho. Peguei o shampoo e passei pela minha raíz, massageando suavemente até formar várias espumas. Quando não senti mais o cheiro do álcool presente em mim suspirei aliviada e enxaguei para tirar o produto.

Os ruídos continuavam presentes e mais perto, eu estava começando a ficar moderadamente com medo conforme os ruídos continuavam mais e mais perto. Tentei ignorar, permanecendo de baixo do chuveiro com os meus olhos fechados, até que a porta do banheiro se abre, me fazendo abrir os olhos como um raio caindo.

— Pobre gatinha assustada, pensou que fosse quem? Algum tipo de assombração? — Chaeyoung falou enquanto fechava a porta atrás de si e se virou, me analisando de baixo pra cima.

Park Chaeyoung.

Arregalei os meus olhos na presença da mais velha. O que fazia aqui? Eu estou completamente nua. Me apavorei.

— Ah, vamos lá, não é a primeira vez que eu te vejo nua, Manoban. — A mulher falou, colocando a muda de roupas em suas mãos sobre o vaso tampado.

Mas que diabos?

— O que está fazendo aqui Chaeyoung? Por favor, saia. — Falei séria. Não estava afim de discutir, nem de brigar, por mais que eu estivesse borbulhando de raiva eu tinha que manter a calma.

— Realmente eu já estou de saída, só vim deixar essas roupas pra você, não sabia o que pegar então peguei qualquer coisa. — A mulher falou já se virando, sem muito interesse.

Olhei para a muda de roupa e lá estava a minha calça moletom de gatos e uma regata branca, essa mulher não tem um senso de moda mesmo.

— Es-espera. — Pedi. Por que diabos eu gaguejei?

A mais alta que já abria a porta pronta para se retirar, parou imediatamente, fechando a porta e... trancando?

— Quer que eu fique Lisa? Uh... bem que eu adoraria. — Chaeyoung falou ironicamente como sempre, provocante com a sua voz rouca. Mas que ódio eu tinha quando ela fazia isso.

Decidi entrar na brincadeira, apenas para ver no que exatamente ia dar. Eu não iria levar desaforo no meu próprio banheiro, não mesmo.

Desliguei o chuveiro, para poder economizar a água, me dei conta que já estava ligado a um bom tempo.

— Então você quer ficar? Gosta do que vê, Park? — Ri ironicamente, mas com uma pitada de malícia em minha voz e Chaeyoung riu também, se aproximando do vidro que nos dividíamos.

— Para ser sincera? Gosto, gosto muito. Seu corpo... —A mesma começou. — Evoluiu bastante Lalice. — Maldita voz rouca, maldito apelido, maldita seja Park Chaeyoung.

Apenas ri de leve, me mantendo calma, ainda.

— Que bom que gosta do que nunca vai ter ao seu dispor. — Falei, não desmanchando o meu glorioso sorriso.

— Gosto de desafios.

— Eu sou um desafio para você, Chaengie? — Debochei.

— Você é alguém que... eu gostaria de desvendar, novamente. — A mulher alta falou, depois mordendo o seu lábio inferior.

— Desperdiçou quando teve a chance, não adianta mais chorar pelo leite derramado. — Finalizei, me virei agora ficando de costas para a mais velha e senti o seu olhar quente em mim, contagiando com o que seria chamas.

— Bela bunda. — A mesma elogiou. Park Chaeyoung elogiando a minha bunda, devo estar em algum universo alternativo.

Nada respondi, apenas liguei o chuveiro novamente para molhar o meu corpo, que já estava seco. Desliguei e peguei o condicionador, passando por toda a extensão dos meus fios e eu ainda sentia o maldito olhar sobre mim. Por que ainda está aqui?

— Já pode se retirar Park. — Falei. Por mais que a mulher atrás de mim não visse o meu rosto eu sorria maldosamente, já tinha pensado em minha perfeita vingança. Não pelo o vinho, mas sim por tudo que ela já me fez.

— Ainda vamos nos encontrar muito Manoban. — Por fim finalizou. O seu sotaque australiano era estranhamente atraente. Quando crianças, eu inventei de ficar imitando o sotaque dela até que eu realmente peguei, deu um pouco de trabalho pra me livrar disso.

Ruídos ecoavam pelo banheiro silencioso, indicando a sua saída. Finalmente podia terminar o meu banho em paz.

[...]

— Mãe, deu a chave pra ela né? — Perguntei para a mais velha, que agora estava apoiada na ilha da cozinha.

— Dei, precisava que alguém levasse a sua roupa até o banheiro, pois meu instinto de mãe me avisou que você esqueceu por estar tão nervosa. — Minha mãe falava naturalmente, sem nem um pingo de remorso.

— E por que você não foi até lá? — Perguntei outra vez, dando ênfase no "você" levemente irritada.

— A-ah... por que eu estava limpando aqui e... —A Manoban mais velha respondeu, suas mãos massageavam a sua nuca e a sua expressão estava confusa. — Aish, pra que tantas perguntas em mocinha? Já pra cama. — Respondeu e dei uma risada, minha mãe ficava engraçada toda atrapalhada quando não tinha uma resposta.

— Mãe, são 21:00h ainda, relaxa. — Falei rindo da mais velha, que me olhava divertida.

— Ok então... — Me respondeu, parecendo pensar em algo, seu polegar e indicador seguravam o seu queixo e sua visão estava em um ponto cego, indicando que realmente estava pensando em algo. — Noite das garotas! — Exclamou, me fazendo pular de susto, pelos minutos de silêncio esse pulo me pegou de surpresa, não parecia tão ruim ter uma noite das garotas. — Filmes, pizza, pipoca e soju. Tudo o que precisamos agora. — A mais velha falou empolgada, seus olhos brilhavam ao falar nas comidas e em soju.

— Me parece uma boa ideia! — Assenti a minha cabeça com um sorriso em concordância.

— Então que comece a noite das como vocês hoje jovens de hoje em dia falam... bad bitches. — A mais velha falava emocionada, com os punhos pra cima em animação.

— Não sou jovem Mãe. — Afirmei divertida.

— Realmente, mas olha essa aparência. — Minha mãe se aproximava com as mãos abrindo e fechando em punhos. A não. — Olha essa carinha de bebê da mamãe. — Minha mãe agora apertava a minha bochecha e falava fino, eu tentava me livrar do aperto dela mas tudo foi em vão. — Tão fofinha, pra sempre o bebê da mamãe. —Terminando os seus apertos, minha mãe me deixou um beijo na bochecha.

Confesso que senti saudades disso, fazia muito tempo que eu não via a minha mãe pois estava sempre ocupada na Tailândia com o meu pai. Mas agora que ela está aqui vou aproveitar o tempo que eu puder com ela.

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