• Capítulo 22 •

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LISA POV'S

Ultimamente as coisas não estavam andando muito bem no meu relacionamento com Rosé. A cada dia que passava, a falta de confiança uma na outra se fazia mais presente, eu me pergunto como que deixamos chegar a esse ponto.

Hoje vou pra casa de Rosé, marcamos de passar a tarde inteirinha assistindo filme agarradinhas e comendo um monte de besteiras, nem o irmão e nem a mãe dela vão estar lá, ou seja: vamos ter a casa inteirinha pra gente. Era pra eu estar saíndo às 15:00 horas, mas decidi ir mais cedo pra gente poder ter mais tempo juntas, mesmo estando um pouco afastadas e com as brigas constantes, eu ainda sinto tantas saudades dela que sinto que vou morrer.

Desço as escadas correndo devido a hora e vou até a sala, chamando a atenção da minha mãe que estava completamente vidrada no dorama que passava em algum canal aleatório.

— Mãe, pode me levar até a casa da Rosie? — Pergunto, fazendo minha mãe se virar pra mim.

— Bem agora Lalalalalisa? — Minha mãe pergunta fazendo uma expressão de completo drama.

Torço minha cara ao ouvir minha mãe me chamar pelo apelido chato que ela inventou.

— Sim mãe, decidi ir mais cedo pra aproveitar mais. — Falo chegando mais perto de a sacudindo quando vira toda a sua atenção para o dorama.

— Vai ser rápido eu prometo. — A sacudo mais ainda quando ela não responde nada. Continuo sacudindo até que ela levanta rapidamente se dando por vencida.

— Se eu chegar em casa depois do meu incrível e maravilhoso Gong Yoo ter dado o grande beijo da vida dele, você está frita Lalalalalisa Manoban. — A mais velha disse apontando pra mim, ameaçadora.

Revirei os meus olhos ao ouvir o apelido chato novamente e andei em direção até a porta.

[...]

— Comporte-se ok? Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo me liga ouviu Lala- quer dizer. Lisa? — A mais velha segurou as minhas bochechas com força e falou, enquanto eu assentia com tudo que ela falava.

— Ok mãe, já pode voltar pra não perder o Gong sei lá o que dando o grande beijo da vida dele. — Falei saindo do carro.

Antes de dar partida com o carro minha mãe levantou uma sobrancelha e disse: — Se liga em garota. — Dando uma risada de leve, logo colocou os seus olhos escuros e deu partida com o carro me deixando em frente a casa de Rosé.

Vi que a porta estava aberta e decidi não tocar a campainha, tudo isso era uma surpresa, ela obviamente não sabia que eu viria mais cedo. Entrei sem fazer nenhum barulho, inclusive ela não pode deixar a porta aberta assim, é perigoso ainda mais quando se está sozinha em casa. Logo quando já estava vendo subi as escadas em direção do quarto de Rosie, comecei a ouvir uns ruídos estranhos e logo tremi. Será que algum estranho tinha entrado aqui?

Só de pensar nessa possibilidade meu coração apertou tão forte que eu jurava que podia sentir minha alma saindo do meu corpo. Conforme eu ia me aproximando os ruídos iam ficando mais fortes, acompanhado de alguns ruídos de Rosé. Meu coração palpitava forte, decidi então correr o mais rápido que eu pude, ela poderia estar precisando da minha ajuda agora. Então corri, o mais rápido que consegui até o quarto de Rosé e abri a porta rapidamente.

— Rosie! Você está bem... — Minhas palavras morreram aos poucos, com a cena que se fazia presente ali.

Park Sooyoung estava em cima de Rosé na cama, as duas estavam aos beijos quando interromperam para olhar pra mim, os olhos arregalados de Rosé se faziam presente na tão delicada face dela, os de Sooyoung também estavam arregalados, mas não na mesma intensidade dos olhos de Rosé. Meu coração apertou, as lágrimas subiam rapidamente nos meus olhos. Uma mistura de raiva, tristeza e mágoa lutavam se misturando dentro de mim, não pensei duas vezes e fui até Sooyoung, a tirando de cima de Rosé com toda a força que eu tinha.

— O que pensa que está fazendo? — Segurei com força na gola da camisa de Sooyoung e a imprensei na parade.

— Lisa pelo amor de deus calma! — Rosé falava com a voz trêmula tentando me puxar trás, o que foi completamente em vão.

— Caralho me solta Chaeyoung! — Me soltei do aperto de Rosé e soltei uma mão da gola da camisa de Sooyoung. Soltei uma mão porque eu precisei da outra pra puxar ela e lhe transferir um soco no maldito rosto bonito dela.

Sooyoung caiu cambaleada no chão enquanto Rosé chorava, eu não estava conseguindo raciocinar nada, minha cabeça girava e girava, meu peito apertado não me deixava respirar normalmente.

— Por que, Rosie, por que? — Perguntava com a voz nervosa, eu já estava um poço de emoções. A raiva de antes se transformou em tristeza profunda, lágrimas rolavam pelas minhas bochechas e não cessavam nunca.

— Eu confiei em você com a minha vida, eu amei você com todas as forças que eu tinha, e você... teve mesmo coragem de fazer isso? — Falei entre lágrimas e soluços. — Todos os momentos que passamos juntas não significou absolutamente nada pra você não é? — Falei encarando o chão, não tinha coragem de olhar pro rosto de Chaeyoung.

— Lisa eu-

— A quanto tempo? — A cortei.

Eu ainda encarava o chão, minhas lágrimas secaram por completo, eu não tinha mais lágrimas pra chorar.

— U-um pouco depois da nossa primeira briga. — Respondeu nervosa.

— A um mês, Chaeyoung? — Perguntei. Recebi a resposta pelo silêncio da mais velha. Tomei coragem levantei o meu olhar para Rosé, estava descabelada, acredito que por ter estado deitada na cama, um botão de sua camiseta estava aberto, e é nesse momento que eu agradeço por ter chegado mais cedo.

— Você não quis passar pelas dificuldades junto comigo, não quis supera-las juntas. Podíamos ter conseguido se você ao menos tivesse se esforçado. — Falei a encarando profundamente. — Você apenas quis a opção mais fácil, foi procurar outro brinquedo pra satisfazer as suas vontades e preencher o vazio, não pensou em como eu me sentiria não é mesmo? Pensou somente em você. Porra, você é tão egoísta Chaeyoung. — Cuspi tudo o que ela tinha que ouvir, os seus olhos se encheram de lágrimas novamente.

— Eu pensava que o nosso amor era maior do que qualquer coisa nesse mundo, eu pensava que você era a garota mais extraordinária do mundo também, e sabe por que Chaeyoung? — Perguntei, esperando uma resposta sincera, eu pensei que pelo menos ela soubesse o motivo dela ser tão importante pra mim, que soubesse o quanto que eu a amava, mas a única coisa que eu recebi foi ela abaixando a cabeça e olhando pro chão. 

— Eu vou embora... — Sooyoung se levantou rapidamente e saiu batendo a porta. Nenhuma de nós duas falamos nada.

— Você era a pessoa que me fazia sorrir todos os dias, sempre quando eu estava triste e te via, o meu humor melhorava o resto do dia. Isso não acontecia desde quando a gente começou a namorar Chaeyoung, começou desde quando a gente se conheceu, desde quando nos tornamos amigas, melhores amigas. Eu jamais pensei que um dia você fosse capaz de me magoar tanto quanto você magoou. Você era tudo pra mim garota, era a rosa mais bonita que eu já tinha visto, você era a minha flor rosa. Agora, essa flor rosa murchou e perdeu todo o brilho e importância que tinha pra mim, você mesma causou isso.

— Lisa... — Chaeyoung pegou na manga do meu moletom e se aproximou, as suas lágrimas misturado com o rímel caiam e sujavam o meu moletom branco. — Stay, stay with me. — Sussurrou, agarrando o meu pescoço e descansando a sua cabeça no meu ombro.

Não retribuo o abraço e por mais que não me tenha coragem de afasta-lá eu o faço.

— Não me peça ficar quando foi você que não me deixou ficar. — Falo por último, tirando o celular do meu bolso enquanto saio do quarto de Rosé, a deixando lá sozinha e ligo para minha mãe, que no mesmo instante atende.

Diga Lalalalalisa. — A ouço do outro lado da linha.

— Mãe me tira daqui o mais rápido possível. — Peço quase suplicante. Minha voz estava fraca, eu estava fraca, e minha mãe percebeu isso mesmo que do outro lado da linha.

Mamãe já está indo.

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