2.08

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CAPÍTULO DEZOITO
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ESSA COISA NO seu peito é baseada em tecnologia inacabada. — Nick Fury aponta, sentado ao lado de Tony Stark na mansão destruída, de frente para o mar tranquilo no amanhecer.

Elizabeth estava de pé, escorada na vidraça da sacada, ouvindo a conversa.

— Não, foi acabada. Nunca teve um efeito específico até eu miniaturizar e colocar no meu... — Tony explica calmamente, mas é interrompido.

— Howard disse que o reator Ark era um passo para uma coisa maior. Para iniciar a corrida energética. que é praticamente deixar de lado a corrida armamentista. Ele pesquisava uma coisa tão inovadora, tão revolucionária, que ia fazer o reator nuclear parecer uma pilha alcalina. — Nick diz.

— Só ele? Ou Anton Vanko também estava nisso. — Tony questiona.

— Quem é Anton Vanko? — Elizabeth pergunta.

— Anton Vanko é o outro lado dessa moeda. Anton, viu isso como um meio de enriquecer. Quando seu avô descobriu fez com que o deportassem. Quando os russos descobriram que ele não podia dar informações, despacharam ele pra Sibéria, e ele passou 20 anos destilando ódio e bebendo vodca. Não é um ambiente em que se deve criar um filho. O filho que vocês tiveram a infelicidade de encontrar em Mônaco. — Fury responde, intercalando o olhar entre pai e filha.

— Você me disse que eu não tentei tudo. Como assim não tentei tudo? O que eu não tentei? — Tony se inclina.

— Ele disse que você era a única pessoa com os meios e o conhecimento para terminar o que ele começou, além de contar com a mente genial da sua própria filha. — Nick explica.

— Ele disse isso? — Elizabeth pergunta, estranhando que o avô pudesse ser tão sentimental em relação ao filho.

— Você é essa pessoa? Hm? Porque, se você for, então você pode desvendar o enigma do seu coração. — Fury diz, mais especificamente para Tony, que nega com a cabeça.

— Eu não sei onde tá conseguindo suas informações mas ele não era meu maior fã. — O mesmo rebate, cabisbaixo.

Elizabeth odiava ver seu pai assim. O homem, antes extravagante e genial, parecia um pássaro ferido, que apenas esperava a morte.

— O que lembra sobre o seu pai? — Nick pergunta.

— Ele era frio, era calculista. Ele nunca disse que me amava, ele nunca me disse sequer que gostava de mim, nunca gostou da ideia de eu ter assumido a paternidade da minha própria filha. Então pra mim é difícil digerir quando você me fala que ele disse que o futuro depende de mim, e que ele tá passando a responsabilidade... Eu não entendo, tá?! O dia mais feliz do meu pai foi quando me despachou para um internato. — Tony despeja as informações, magoado.

— Isso não é verdade. — Nick responde, enquanto Elizabeth absorvia aquelas palavras.

— Ah, então conhece o meu pai melhor do que eu. — Tony afirma com ironia.

— Se quer saber eu conheço sim. Ele foi um dos fundadores da S.H.I.E.L.D. — Fury revela.

— Ah, usaram o nome que sugeri. — Elizabeth comenta e sorri levemente.

✓ ORLON ── NATASHA ROMANOFFOnde histórias criam vida. Descubra agora