2.02

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CAPÍTULO DOZE
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OS TRÊS CHEGARAM a Washington, DC uma hora antes da reunião marcada. Compraram roupas na própria cidade, apenas para se vestirem a caráter. Elizabeth retirou o vestido de gala e usava um terninho padrão em azul escuro, que acentuava suas curvas perfeitamente, a dando um ar de seriedade.

— Sr. Stark, podemos retomar de onde paramos? Sr. Stark? — O senador Stern, da Comissão das Forças Armadas, chama a atenção do homem, que não fazia questão de prestar a mínima atenção nas palavras da figura de autoridade.

Elizabeth estava com uma postura reta e perfeita, apesar de preferir mil vezes estar em casa comendo pizza com o pai e a Pepper, talvez até num bar ou balada. Ela cruzou os braços, impaciente com tudo aquilo, e se recostou na cadeira.

— Fala, "amor". — Tony se vira para a bancada de pessoas importantes, gerando um riso nos que estavam atrás de si.

— Quero sua atenção.

— É toda sua.

— O senhor e a senhorita possuem ou não uma arma especializada? — Stern pergunta.

— Não mesmo. — Tony responde, dando de ombros. — Depende da sua definição de arma.

— As armas Homen de Ferro e Orlon. — O Senador continua.

— Nossos dispositivos não se encaixam nessa descrição. — O Stark os defende.

— E como os descreveria?

— Eu o descreveria o definindo pelo que eles são. Próteses de alta tecnologia. — Elizabeth toma a palavra, gerando um riso em muitos pelo tom óbvio. — E a descrição mais apropriada para leigos que posso fornecer. — Ela volta a cruzar os braços.

— É uma arma, Srta. Stark. — O senador volta a afirmar.

— Se a sua prioridade fosse o bem estar do cidadão... — Tony começa, mas é interrompido.

— Minha prioridade é entregar as armas Homem de Ferro e Orlon para o povo dos EUA. — Stern insiste, gesticulando.

— Pode esquecer. Eu sou o Homem de Ferro. Minha filha é a Orlon. As armaduras e nós somos um só. Entregá-las seria nos entregar, o que equivale a trabalho escravo, prostituição, dependendo da lei do Estado que estiver. Não vou entregá-las. — Tony responde, novamente gerando riso ao fundo.

— Eu não sou um perito... — Stern tenta, mas Tony o interrompe novamente.

— Em prostituição? Claro que não. O senhor é um senador! — Ele alfineta, e até Elizabeth ri levemente.

— Eu não sou perito em armas. Temos aqui alguém que realmente é perito em armas. Quero chamar agora, Justin Hammer, atualmente o nosso principal fornecedor de armas. — O senador o apresenta, e um homem louro de óculos entra em cena.

— Quero deixar registrado que eu observei o Sr. Hammer entrando no recinto e gostaria de saber quando o perito de verdade vai estar presente na audiência. — Tony alfineta, vendo Justin sentar-se ao lado da cadeira da filha.

— Com certeza. Eu não sou perito, e eu concordo com voce, Anthony. Você é o menino prodígio, e você a garota prodígio. — Ele aponta, com uma tranquilidade quase desdenhosa na voz, se levantando. — Posso até não ser um perito, mas você sabe quem era um perito? Seu pai, seu avô! Howard Stark. Realmente um pai para todos nós, e para a era industrial militar. Mas vamos ser bem claros: ele não era um hippie, ele era um leão. Sabemos por que estamos aqui. Nos últimos seis meses, Anthony Stark e Elizabeth Maccinan Stark criaram espadas com possibilidades ilimitadas, só que eles ainda insistem que são escudos. — Justin dá um passo à frente, apontando para os Stark.

✓ ORLON ── NATASHA ROMANOFFOnde histórias criam vida. Descubra agora