✓ ORLON ── NATASHA ROMANOFF

1.05

CAPÍTULO CINCO
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QUASE DOIS MESES se passaram, e a fase de testes das botas iria acontecer em poucos minutos. Pai e filha abriram espaço na oficina, ficando lado a lado em alguns metros de distância, preparando-se para serem filmados por J.A.R.V.I.S.

— Tá, vamos fazer isso direito. Comece a marcar meio metro e volte para o centro. — Tony manda e J.A.R.V.I.S. posiciona a câmera.

— Fique atento, J.A.R.V.I.S., se isso começar a pegar fogo, já sabe. — Elizabeth comenta e o extintor de incêndio é devidamente posicionado. — Comece a filmar.

— Ative os controles das mãos. — Tony manda e começa a se aquecer rapidamente, assim como a filha. — Vamos ver se 10% da capacidade consegue levantar. Em 3, 2, 1... — Ele começa a contagem, mas quando os propulsores são iniciados, a falta de estabilidade e a porcentagem exagerada para um teste, lançaram pai e filha no teto e depois no chão.

— Essa doeu. — Elizabeth resmunga, quando J.A.R.V.I.S. ativa os extintores em ambos.

[...]

Alguns dias depois, pai e filha programaram luvas para estabilizar o voo com as botas, projetando dois hologramas táteis, manipulando antes de estarem prontas de verdade, dando um "toca aqui" com as mãos livres.

A construção foi iniciada, enquanto J.A.R.V.I.S. construía as outras partes para cobrir todo o corpo de ambos. Elizabeth ajustava alguns parafusos pequenos no exoesqueleto no braço de Tony, enquanto o mesmo também mexia em alguns detalhes, quando Pepper entra na oficina bagunçada, trazendo uma caixa embrulhada e dois cafés.

— Chamei você, Tony. Não ouviu o intercomunicador? — A ruiva pergunta.

— Está tudo... É o que? — Tony responde no automático, finalmente acabando os ajustes e olhando para a secretária, assim como Elizabeth.

— Obadiah está lá em cima. — Pepper informa. — Você não disse que tinha parado de fazer armas? — Ela pergunta, vendo o projeto dos dois, quando Tony levanta o braço do suporte.

— Eu parei, isso é um estabilizador de vôo, é inofensivo. — Ele responde, ativando o repulsor na palma da mão, sendo lançado longe pelo repulso repentino.

— Não era pra isso acontecer. — Elizabeth diz entredentes e uma expressão de dor compartilhada, correndo até o pai e o ajudando a levantar, retirando o protótipo do braço do mesmo e ficando na oficina enquanto ele e Pepper falavam com Obadiah. — J.A.R.V.I.S., quero a transmissão em tempo real da sala. Não confio nem um pouco no Stane. — A morena manda, e assim a IA projeta o momento ao vivo num holograma.

Na sala, Obadiah tocava o piano enquanto bebia um drink que ele mesmo serviu, tendo Pepper como companhia no sofá, e então, Tony aparece.

— Como foi? — O Stark pergunta. — Ruim, né?

— Só por que eu trouxe pizza de Nova York não significa que foi ruim.

— Claro que não. — Tony comenta sarcasticamente, pegando uma fatia da caixa quadrada.

— Teria sido melhor se tivesse ido. — Obadiah rebate.

— Você me disse para sossegar e é isso que eu tô fazendo. Tô tranquilo, cuidando de tudo.

— Eu disse em público, na mídia. — Stane sai do piano e se senta ao lado do sócio. — Eu fui a uma reunião do Conselho, disseram que você tem estresse pós traumático, querem interditar você. — Ele revela.