ORLON ── Homens e armas não são a solução. Mas uma mulher numa armadura pode fazer milagres.
A GENIAL ELIZABETH Stark quer levar ao mundo seu projeto. ORLON pode ser a solução para encerrar de vez a produção de armas da empresa do pai, mas tudo muda...
ESTAVA AMANHECENDO DO lado de fora do Quinjet. Elizabeth dormia no ombro de Natasha, quando foi acordada gentilmente pela mesma. A nave foi pousada no meio de algumas árvores de um campo bem extenso, com uma casa rústica e um celeiro antigo. Os sete Vingadores saíram do veículo e caminharam em fila, seguindo Clint Barton até a casa.
Romanoff se apoiava na namorada, ainda abalada por tudo o que aconteceu na missão. Elizabeth não estava melhor, mas se pudesse ser um porto seguro para a mulher que mais ama no mundo, com certeza ela seria.
— Que lugar é esse? — Thor quem pergunta, ao chegarem na porta principal.
— Um refúgio. — Tony responde, repetindo as palavras de Clint.
— Espero que seja. — O próprio adiciona, permitindo a entrada dos colegas.
As mulheres entraram primeiro, sendo seguida dos outros heróis.
— Amor? — Barton chama por alguém. — Cheguei. — Ele diz, quando uma mulher morena e grávida aparece para todos.
Era um belo lar. Aconchegante e gritava "família unida e feliz" por todo lado, com desenhos engraçados pendurados por toda parte, brinquedos espalhados no chão e roupas de crianças dobradas em alguns cantos. Mas havia uma pergunta que não queria se calar: Onde exatamente eles estavam e por que Clint não havia dito nada disso a ninguém?
— Oi. Temos visita. Desculpa não ter avisado. — Barton se aproxima da mulher, que o recebe com um beijo amoroso e um abraço.
— Ela deve ser uma agente nova. — Anthony comenta, tentando achar uma explicação plausível.
— Senhores, senhoras, essa é a Laura. — Clint a apresenta.
— Eu sei o nome de vocês. — A moça gentil diz, sorrindo levemente envergonhada.
Elizabeth sorriu de volta, tentou, na verdade. De repente, ouviram-se passos que desciam as escadas com pressa, revelando ser de duas crianças, um menino e uma menina.
— Ih, lá vem o ataque. — O Gavião pega a garotinha no colo e abraça o garoto de lado, formando um verdadeiro sorriso em Elizabeth.
A morena ama crianças e sempre quis ser mãe, isso é um fato. Ver Barton recebendo com tanto carinho seus filho, aqueceu seu coração de uma maneira incrível. Natasha havia notado o brilho nos olhos cor de mel esverdeados da parceira, e sabia que era a hora de terem uma conversa.
— Você trouxe a tia Nat? — A filha de Clint pergunta, chamando a atenção da ruiva.
— Por que não me dá um abraço e descobre? — Natasha pergunta, abrindo os braços e recebendo a menina com carinho.
Mais uma flecha certeira num coração repleto de uma única vontade. Elizabeth não conseguiu desgrudar os olhos da cena, captando cada detalhe e não conseguindo tirar da cabeça a cena de Natasha Romanoff segurando um filho —ou filha — com ela.
— Desculpe termos vindo assim. — Steve se pronuncia.
— É, teríamos ligado mas estávamos ocupados não fazendo ideia de que existiam. — Tony comenta com sarcasmo, cruzando os braços.
— Fury me ajudou a escondê-los quando eu entrei. Manteve oculto dos arquivos da S.H.I.E.L.D. Queria deixar assim. Acho que aqui é um bom esconderijo. — Clint explica.
Natasha falava com Laura Barton, acariciando sua barriga e descobrindo que o afilhado que esperava não iria ser uma mini-Natasha, e sim Nathaniel. A filha do casal se aproximou de Elizabeth com grandes olhos curiosos, sorrindo gentilmente.
— Oi! Você é a namorada da Tia Nat? — A menina de trancinhas pergunta, fazendo a Stark se abaixar na altura dela.
— Sou sim. Me chame de Lizzie, qual seu nome? — Ela pergunta, sorrindo e segurando as mãozinhas da criança.
— Lila. — A pequena responde timidamente, correndo de volta para a mãe em seguida.
Thor decidiu procurar respostas pelo mundo de algo que viu no sonho que a Maximoff provocou, e então os demais se acomodaram nos quartos que Laura disponibilizou. Elizabeth, obviamente, ficou com Natasha, e tomava um banho quente enquanto pensava na visão perturbadora da missão.
Como fez com o acidente anterior, ignorou aquilo e finalizou seu banho, saindo enrolada numa toalha cinza, dando de cara com Natasha a esperando.
— Oi, amor. — Ela a cumprimenta, secando os cabelos com uma toalha menor.
— Eu teria entrado aí com você. Mas não pareceu a hora certa. — A ruiva comenta, fazendo a morena sorrir.
— Sabe, te ver com aquelas crianças, foi bonito. A Lila, o garoto... até o bebê que ainda nem chegou. — Elizabeth comenta, sugestiva.
— Sabia que diria isso, sei como adora crianças. — Natasha diz, se sentando na cama, respirando fundo e pesarosamente. — Na Sala Vermelha, onde fui treinada...
— Nat, não precisamos falar disso se você não quiser. — A Stark a interrompe, já sabendo por alto o que aconteceu lá.
— Não, eu preciso falar. Se esse é o seu sonho, você precisa saber. Lá eles tem uma cerimônia de formatura. — A ruiva continha a voz embargada e os olhos levemente marejados. — Eles nos esterilizam. — Ela revela, fazendo o coração de Elizabeth errar uma batida. — É eficiente. Nada pra se preocupar. A única coisa que pode importar mais que uma missão.
Natasha gostaria de uma família para chamar de sua, principalmente se fosse com a mulher que ela ama. Mas ela tinha medo, receio do que ela foi criada para fazer, mesmo não sendo mais assim. Como criaria uma criança assim? Como realizaria esse sonho perdido com Elizabeth? A vontade batia de frente com o pavor, e não foi uma boa colisão.
— Eu entendo. Entendo por que está me dizendo isso e sei que tem medo, Nat. Eu também tenho, o tempo todo. Mas se você quiser também, não importa o tempo que leve pra ficar pronta, eu espero. Porque acima de tudo, o que eu mais quero é você. — Elizabete declarou com sinceridade em cada palavra, sentindo os olhos marejarem também.
Ela queria muito formar uma família com Natasha, mas se ela não estava pronta, esperaria um infinito ao seu lado. Romanoff derrubava lágrimas de alívio, mesmo se sentindo culpada por ter que fazer a morena adiar um pouco seu desejo mais profundo. A ruiva avançou na Stark e a abraçou, não querendo sair dali nunca mais.
Dos braços da mulher que ama.
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GENTE IMAGINEM UM BEBÊ DESSAS DUAS AAAAAAAA
Lágrimas de fanfiqueira be like
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